22/08/2025
Pessoas dentro do espectro autista sentem tanto quanto qualquer outra pessoa. O que muda não é a emoção em si. É a forma de perceber, processar e expressar o que sentem.
Na neuropsicologia, entendemos que o TEA pode impactar áreas do cérebro relacionadas à comunicação não verbal, leitura de contexto social e identif**ação de estados emocionais, tanto no outro quanto em si mesmo.
Ou seja: o sentimento está lá, mas nem sempre é acessível em palavras, gestos ou expressões.
Enquanto o mundo espera uma reação “esperada”, a pessoa autista está tentando entender o que está sentindo, organizar esse sentimento internamente e buscar uma forma segura de expressá-lo.
E quando não consegue, é comum que seja mal interpretada como fria, distante ou indiferente. Mas não é desinteresse.
É sobrecarga.
É processamento interno.
É medo de errar a resposta emocional.
Por isso, quando falamos em criar vínculos com pessoas autistas, precisamos olhar além da forma e considerar o fundo: o que está sendo sentido, mesmo quando não é visível?
🧠 Psicóloga.
𝚿 Especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva.