05/12/2025
Algumas pessoas me perguntaram sobre a técnica de neuromodulação não invasiva, seus usos e aplicações.
Bem, é uma técnica com evidência alta de efetividade para algumas patologias, por exemplo, depressão, podendo ser uma opção para os pacientes intolerantes aos fármacos ou aqueles não responsivos.
É segura, com pouquíssimas contraindicações dependendo da técnica.
As aplicações deverão ser seriadas podendo, após uma fase inicial, serem espaçadas no tempo. Os protocolos mínimos são de 10 aplicações.
São uma opção estratégica na psiquiatria intervencionista.
Para pacientes com dores crônicas, aqueles com dores neuropáticas ( lesões de nervos, diabéticos,…) ou nociplásticas, ou onde ocorra sensibilização central (como fibromialgia, dor pélvica crônica) são os mais beneficiados.
Para pacientes pós AVC podem ser úteis na reabilitação (inclusive para distúrbios da fala e marcha).
A neuromodulação é potencializada se combinada com outras técnicas como exercícios ou treinamentos específicos para as doenças de base.
Os tempos de aplicação variam de acordo com a modalidade e o protocolo desenhado para o paciente específico.
Na clínica de Paulínia (Sedar) trabalhamos com as duas modalidades: rTMS e tDCS.
Nossa equipe de neuromoduladores possui formação específica, conforme as normativas dos conselhos de classe, para a sua realização.
Para saber mais:
1. Lefaucheur JP et al.,
Evidence-based guidelines on the therapeutic use of repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS): An update (2014-2018). Clin Neurophysiol. 2020 Feb;131(2):474-528.
2. Baptista AF, Fernandes AMBL, Sá KN, et al.
Latin American and Caribbean consensus on noninvasive central nervous system neuromodulation for chronic pain management (LAC2-NIN-CP). Pain Rep. 2019 Jan 9;4(1):e692. doi: 10.1097/PR9.0000000000000692. PMID: 30801041; PMCID: PMC6370142.