02/09/2025
É comum ouvir que autoestima não emagrece.
E é verdade: ela não emagrece sozinha.
Mas os estudos são claros: quem tem autoestima preservada tem mais chance de seguir no cuidado, mesmo quando o resultado demora.
Mesmo quando a balança não mexe.
A autoestima não é vaidade. É ela que sustenta o recomeço depois do tropeço. É ela que faz você voltar pra rotina sem precisar se humilhar.
Porque vamos combinar: Obesidade não é preguiça. NÃO É ESCOLHA. É uma condição crônica, complexa, multifatorial — com influências genéticas, hormonais, sociais e emocionais.
A ciência já entende isso. Mas a sociedade ainda trata como “falta de vergonha na cara”.
E o efeito é cruel: Quem ouve que “só vai valer a pena quando emagrecer” começa a achar que não merece o próprio cuidado. Condiciona tudo ao número na balança.
Mas autoestima não é “extra” no tratamento. É estrutura.
Os estudos mostram: autoestima tem efeito direto na adesão ao tratamento, na qualidade da alimentação, na atividade física e até nos marcadores metabólicos.
A lógica é simples:
❤️ Quem tem autoestima preservada erra e volta
🥲 Quem vive se punindo erra e desiste
Aqui o ponto crucial: Quando você cuida do corpo com raiva, ele sente. Se move como punição, come como castigo, restringe como vingança… o corpo reage com compulsão, resistência, culpa.
Isso não é falta de foco. É resultado de cuidado construído em cima de autodepreciação.
O que sustenta o plano não é força. É repetição viável. E ninguém repete o que dói.
O cuidado real não nasce da culpa.
Tem gente que se cuida com amor. Tem gente que se cuida com raiva.
A pergunta é: esse cuidado tá vindo de onde?
O olhar cruel cobra perfeição. O olhar gentil permite continuidade. E quem continua… transforma.
Cuidar de si não é só o que você faz. É o lugar de onde você faz.
E esse lugar precisa ser seguro.
Autoestima é onde o cuidado mora.