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Luci Feijó Psicóloga - Especialista em Intervenções em Situações de Luto

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Brasil
Pelotas, RS
Luci Feijó Psicóloga - Especialista em Intervenções em Situações de Luto

Psicóloga Especialista em Intervenções em Situações de Luto.

30/11/2025

"Lembro de minha mãe uns passos enérgicos chegando, a voz me chamando no jardim, na sala as suas rosas com nomes secretos e um perfume igual ao dela. (...) Morreu numa véspera de Natal concedendo a si mesma e a nós que dela cuidávamos o último presente.
Depois de uma despedida sossegada, como convinha a sua discrição e a seus noventa anos, senti-me atropelada por um trator. Pois nessas horas todas as vãs filosofias se calam, e clamam os conflitos: as ocasiões em que não a visitei, em que não tive paciência, em que não fui a filha que podia ter sido, embora tenha feito o melhor que podia. ( Diante de certas doenças, a gente pode quase nada.)
Mas o autorretrato é inevitável, como a autopiedade e um tom meio patético: nunca mais serei pensada como filha."

Lya Luft em O tempo é um rio que corre.

💕Dezembro traz esta saudade, mais demorada, mais recheada de tudo que vivemos. Vem dizendo que a gente continua caminhando lado a lado, mesmo que não te veja, te sinto e te amo pra sempre!💕 Saudade...e ponto!
Com todo o meu amor, Luci! 🤍

11/11/2025

"Poucas coisas nos confrontam com a mortalidade com tanta força quanto a morte de uma pessoa especial."

Irvin Yalom

No Luto...

Puxamos o lençol, cobrimos a cabeça e então vem a dor da perda nos mostrar que ela precisa de nós, que precisamos cuidar dela, que ela é nossa e de mais ninguém.

A sensação é que a nossa vida está em outro compasso. Parece que erramos o passo, esquecemos o ritmo, perdemos o pé.

O lugar que conhecíamos nos causa estranheza. Parece que descemos antes do local de costume. Parece que falta um ato dessa peça, que acordamos no meio do sonho e queremos seguir sonhando!

Falar da nossa dor é dar espaço aos sentimentos. Quando permitimos esta conexão, aos poucos vamos conseguindo espiar este mundo novo, um mundo que se transformou sem nos fornecer um mapa para novo caminho que é viver o luto.

Luci Feijó - Psicóloga Especialista em Intervenções em Situações de Luto

02/11/2025

🌻A morte é um grande desafio a ser enfrentado por cada um de nós. Ao lidar com as perdas precisamos considerar que não existe um formato único ou uma sequência fixa.

🌻 Cada pessoa, mesmo dentro de uma mesma família e por uma mesma perda, vai reagir a sua maneira. O olhar cuidadoso, o respeito e a amorosidade devem estar presentes quando lidamos com o Luto.

🌻Os rituais de Luto não precisam de regras, precisam fazer sentido para o enlutado.

🌻Neste dia de Finados, e em todos os outros dias que desejar, estabeleça sua conexão com seus amores da maneira que te tranquiliza, te traz leveza e te permite a expressão de todo o teu amor.

🌻Abraço e meu carinho! 🤍

21/10/2025

Em seu livro: O Corpo de Luto, a psicóloga clínica e neurocientista, especialista em luto, Mary-Frances O'Connor, escreve sobre o impacto físico do luto, como o corpo passa por esse processo quando uma perda importante atravessa o nosso caminho.

No capítulo : O estresse de Restaurar uma Vida Significativa, O'Connor faz referência ao Modelo do Processo Dual ( Stroebe & Schut) que nos diz sobre a presença dos estressores relacionados a perda, ou seja, como lidar com a ausência e tudo que ela provoca no "nosso mundo"e também àqueles relacionados à restauração, os estressores que estão presentes neste novo e desconhecido caminho que se apresenta ao enlutado depois de uma perda significativa.

"Ao pensar no que é estressante durante o luto, a maioria de nós pensa na morte em si ou nas ondas de tristeza que nos dominam, nos pensamentos intrusivos que não conseguimos tirar da cabeça. (...) Além dos estressores relacionados à perda, as pessoas precisam lidar com aqueles relacionados à restauração. Embora existam diversos aspectos universais no luto, esse é um processo muito individual - cada um precisa descobrir o que a perda significa para si, como restabelecer os próprios valores e as próprias metas e o que o levará a sentir alegria, criatividade e orgulho."

16/10/2025

" A morte é abstrata porque nunca viveremos o tempo todo na presença de alguém. A ausência das pessoas faz parte da vida, sempre se dá, cotidianamente; nada indica que seja definitiva dessa vez. A pessoa estava longe porque ia trabalhar, viajava, ficava na sua casa ou dormia. Tudo está mais ou menos no mesmo lugar, vive-se na mesma cidade, a mesma rotina, então a consciência repentina e aleatória que nos assalta de tempos em tempos, de que a ausência agora é definitiva, causa também algum tipo de culpa como se, ao nos depararmos com o definitivo da morte, a estivéssemos provocando de novo."

Este trecho faz parte do livro: As pequenas chances, escrito por Natalia Timerman.

Esta leitura me prendeu desde o início. Ainda estou lendo, vou e volto no texto. Sou aquela pessoa que lê, dois ou três livros juntos. Normalmente mesclo livros diferentes, mas a temática do tempo, do luto, da perda e do amor, sempre está presente.

Natalia conta a sua história de perda e luto, dos rituais, dos últimos encontros, que nunca temos certeza que serão os últimos, do tempo passado e da perspectiva de viver o agora e futuro com ausências que são tão presentes. Tudo envolvido pelo amor que guia esta caminhada.

F**a minha sugestão de leitura! 🌻

15/10/2025

As perdas trazem um caminho de transformação, já que nunca seremos os mesmos após essa experiência. 🌻

08/10/2025

A partir da perspectiva sistêmica, a morte é apresentada como um grande desafio a ser enfrentado pelas famílias. A forma como cada família se organiza diante de uma perda é um indicador importante do grau de funcionalidade do sistema. A rede de apoio social, a disponibilidade da família extensa e a fluidez na comunicação também assumem um papel importante no processamento das tarefas adaptativas, contribuindo para um clima de apoio e confiança entre os membros da família.
A flexibilidade do sistema familiar pode favorecer as mudanças nos padrões preexistentes para que se façam as acomodações necessárias no momento em que a família vivencia a perda de um dos seus membros. Por outro lado, a rigidez do sistema é fator de risco para uma adaptação mais funcional.
A habilidade de lidar com as perdas não apresenta um formato único ou mesmo uma sequência fixa, variando de indivíduo para indivíduo mesmo dentro de uma mesma família. Esta habilidade é influenciada pelas complicações envolvidas na perda, como por exemplo: perda traumática, repentina, morte violenta, suicídio, morte previsível dentro do ciclo vital, perda prematura, o momento do ciclo vital familiar que ocorre a perda.

Texto de referência: Um tempo de chorar:
A morte e o ciclo de vida familiar.
Mcgoldrick & Walsh

18/09/2025

Envelhecimento e Luto - Reflexão sobre as perdas na velhice, livro da Psicóloga Manuela Cendon Barral, traz questionamentos e reflexões importantes sobre esta etapa do ciclo vital.

Impossível não se inquietar com esta leitura que abre uma discussão importante sobre um tema atual e complexo, com uma abordagem que vai muito além dos processos biológicos do envelhecimento.

A Profa. Dra. escreveu o prefácio do livro e logo no início faz questionamentos instigantes:
" Quantos lutos cabem em uma existência ?
Quem vive muito terá mais lutos? (...)"

Boa leitura pra vocês!🌻

18/09/2025

Lembrete importante para hoje e todos os outros dias da nossa vida:

🍃Seja gentil com vc você mesma. Você está fazendo o melhor que você pode!

09/09/2025

"Uma morte termina uma vida, mas não um relacionamento. Em vez de se separar do morto, o luto adaptável envolve laços contínuos: transformar o relacionamento de presença física em conexão espiritual, memórias, histórias, fotografias e ações que honram os mortos e são transmitidas através de redes de parentesco e através de gerações."

Walsh & McGoldrick

🍃 Cada pessoa vai vivenciar o luto a seu modo, no seu tempo, no seu ritmo e com as oscilações que fizerem parte desta caminhada, mesmo dentro de uma mesma família e por uma mesma perda.

🍃 Colocar luz e oferecer escuta a vivência de cada membro da família em relação a sua experiência de perda, torna-se valioso na medida em que conseguem ouvir a dor do outro, sem procurar comparar ou invalidar diferentes formas de expressão do sofrimento.

🍃O olhar sistêmico proporciona também espaços individuais e são eles que podem ajudar a configurar este desenho do luto no contexto da família. Como se estivéssemos diante de um grande quebra- cabeças.

🍃 Possibilitando que surja desta experiência de compartilhamento um espaço de união e validação das diferentes formas de expressão da dor pela perda.

Luci Feijó - Psicóloga Especialista em Intervenção em Situações de Luto

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