03/12/2025
Muita gente acha que ser locutor é simples. Que a gente só aperta o play, fala umas frases bonitas e curte uma boa música no ar-condicionado. Mas por trás de cada palavra que vai ao ar existe dedicação, técnica, estudo, emoção e responsabilidade.
Ser locutor é viver com a voz a serviço dos outros. É segurar a bronca nos dias difíceis e transmitir alegria mesmo quando o coração não está no mesmo ritmo. É saber improvisar quando algo dá errado no estúdio. É estar atento ao tempo, à entonação, ao público, às notícias, às emoções.
E tem mais: muita gente não imagina, mas em várias rádios o locutor também precisa vender comerciais, bater perna no comércio, visitar clientes, fechar contratos, negociar, criar texto, gravar, editar e entregar tudo redondinho no ar. É ser comunicador e vendedor ao mesmo tempo. É colocar o programa no ar e, fora dele, buscar a receita que mantém a rádio viva.
E quando sai da rádio? A correria continua: blitz, ações promocionais, arrastar caixa de som, montar tenda, carregar inflável gigante, distribuir brinde, atender audiência, gravar vídeos, fazer presença em eventos, divulgar parceiros e dar conta de tudo com sorriso no rosto. Porque rádio é presença, é rua, é movimento.
Locutor não “só fala”: comunica.
Não “só ouve música”: cria a trilha sonora do dia de alguém.
Não “só f**a no ar-condicionado”: faz companhia, informa, diverte e transforma momentos.
Não “só vender propaganda”: é gerar oportunidades, movimentar o comércio local e fazer a economia girar.
E não “só vai nas blitz”: carrega a rádio nas costas, literalmente.
Pra muitos, é só mais uma voz.
Pra nós, é vocação, arte, trabalho duro e compromisso diário.