Psicóloga Stefania Kiefer

06/12/2025

16/11/2025

A obesidade muitas vezes é percebida como um problema isolado, mas na realidade, ela é multifatorial. Em algumas situações existe a manifestação visível de questões emocionais e comportamentais mais profundas. No caso que menciono hoje, uma paciente enfrentou essa realidade após 30 dias de sua cirurgia bariátrica. Durante o processo preparatório, trabalhamos juntos para identificar e traduzir os comportamentos de outras pessoas que a incomodavam, ajudando-a a estabelecer limites e a expressar suas emoções com clareza. Antes, ela retornava do trabalho estressada e faminta, o que resultava em escolhas alimentares inadequadas. Após a cirurgia, em um momento crítico, sua maior vitória foi aprender a verbalizar seus sentimentos, recusando-se a permanecer em silêncio ou ser manipulada. Com a confiança restaurada, ela não precisou mais recorrer à comida como um escape emocional. Esse aprendizado não só transformou sua relação com a alimentação, mas também proporcionou um crescimento pessoal que a acompanhará por toda a vida. A cirurgia pode ter remodelado seu corpo, mas foi o suporte psicológico que verdadeiramente transformou seu comportamento.

08/10/2025

A cirurgia bariátrica é uma intervenção significativa para a perda de peso, mas seu impacto vai além das mudanças físicas, afetando também a saúde mental, especialmente durante o pós-operatório imediato. A fase líquida, que geralmente dura duas semanas após a cirurgia, pode ser particularmente desafiadora. Durante esse período, os pacientes devem consumir líquidos claros e nutritivos para ajudar na cicatrização e adaptação do sistema digestivo. No entanto, essa mudança abrupta na dieta pode influenciar o bem-estar emocional, frequentemente levando a sentimentos de frustração, ansiedade ou até depressão. É crucial que os pacientes tenham apoio psicológico adequado, a fim de lidar com essas emoções, além de orientação nutricional para garantir que suas necessidades alimentares sejam atendidas de maneira adequada. Grupos de apoio, terapia individual e consultas regulares com profissionais de saúde mental podem ser recursos valiosos para ajudar a navegar por essa fase desafiadora e promover uma recuperação saudável e equilibrada.

28/08/2025

Algumas semanas chegou um paciente de 50 anos com 150kg para atendimento pré operatório.
Humor deprimido, teve várias perdas de familiares nos últimos 10 anos. Dentre essas perdas uma filha. Ele se entregou, mesmo tendo o neto para criar, se perdeu. Como ele mesmo diz “me larguei”.
O mais importante desse caso, que quero compartilhar com vocês é que em poucas sessões de terapia e nutricional esse paciente apresentou melhora.
Ele foi visto e acolhido pela equipe trazendo uma perda de 6kg. Mas não é isso o mais importante.
O que nos deixou contentes é a felicidade que ele está nesse momento. Ele verbalizou na última sessão que, se ele não tivesse buscado ajuda ele continuaria no caminho da morte.
Ele percebeu o quanto a obesidade estava o prejudicando. Com 6kg a menos ele consegue hoje caminhar, ficar mais tempo em pé, consegue dobrar os dedos da mão. Coisas simples do dia a dia que antes ele não conseguia fazer.
Hoje ele está feliz, cantando e rindo sozinho porque voltou a fazer as coisas simples e percebeu a sua enorme vontade de viver!
Ainda existe um grande caminho pela frente, mas esse resultado é muito gratificante.
Ver as pessoas voltarem a ser felizes nas pequenas coisas da vida não tem preço.

25/08/2025

E os 40 chegaram, com leveza e gratidão! Sim, gratidão aos meus pais que me deram a vida e seguem me apoiando em tudo. Aos meus filhos que me ensinaram e me ensinam até hoje. Ao meu marido que sempre está ao meu lado nos dias bons e nos dias ruins. Que nesse novo ciclo eu possa continuar evoluindo como pessoa e profissional. Gratidão a todos pelas felicitações!

27/05/2025

Comer com prazer e comer com gula são experiências distintas que refletem diferentes abordagens à alimentação e ao bem-estar. Comer com prazer envolve apreciar a comida de maneira consciente, saboreando cada mordida e desfrutando dos sabores, texturas e aromas que a refeição oferece. É uma prática que promove uma relação saudável com a alimentação, permitindo que as pessoas se conectem com a cultura, as tradições e as pessoas ao seu redor. Por outro lado, comer com gula frequentemente se caracteriza por um consumo impulsivo e excessivo, muitas vezes resultante de desejos emocionais ou de uma busca por conforto imediato. A gula pode levar a excessos e a sentimentos de culpa ou desconforto físico, além de estar associada a hábitos alimentares menos saudáveis. Portanto, promover o prazer na alimentação, em vez da gula, pode contribuir para um equilíbrio físico e emocional mais sustentável.

26/05/2025

Hoje o dia começou diferente, como se o universo tivesse decidido surpreender-nos com novos ventos. Era para ser um dia comum de muita correria, crianças na escola, academia e alguns atendimentos. Mas imprevistos aconteceram, a chave do carro tinha virado brinquedo e desaparecido. Fiquei nervosa. Levei alguns minutos para achar, perdi o horário do treino, mas consegui levar as crianças na escola. Os pacientes aos poucos foram desmarcando e quando percebi meu dia ficou vazio. Então fiz uma pausa, respirei e comecei a perceber que do lado de fora, o som dos pássaros parecia mais animado, e até a brisa que soprava carregava consigo uma promessa de mudança. Acolhi todo o desconforto em cada respiração, me acalmei e agradeci. Hoje coloco-me á disposição para os imprevistos e os presentes que o dia me reserva. Às vezes, são nesses pequenos detalhes que encontramos a inspiração para transformar nossa rotina, aproveitando a oportunidade de encarar o novo com entusiasmo e curiosidade. Assim, convido a todos a colocar um sorriso no rosto, abraçar o inesperado e deixar que o dia nos conduza por seus caminhos desconhecidos.