24/10/2025
Nos últimos meses, as canetas emagrecedoras como a semaglutida, liraglutida e tirzepatida viraram o assunto do momento. Elas prometem uma grande ajuda na perda de peso e realmente podem ser ferramentas eficazes quando bem indicadas e acompanhadas por profissionais capacitados.
Mas o que muita gente não fala é que sem o suporte nutricional adequado, o uso dessas medicações pode se tornar um atalho perigoso.
O papel da nutrição nesse processo
As canetas atuam principalmente reduzindo o apetite e retardando o esvaziamento gástrico o que faz com que a pessoa coma menos. Só que comer menos não significa nutrir-se melhor. É aí que entra o papel fundamental do nutricionista:
Prevenir deficiências nutricionais: com a redução da ingestão alimentar, há risco de carência de vitaminas, minerais e proteínas, o que pode comprometer imunidade, massa muscular e saúde hormonal.
Garantir uma perda de peso saudável: o foco não é apenas ver o número da balança cair, mas preservar massa magra e otimizar a composição corporal.
Ajudar na adaptação alimentar: muitas pessoas relatam enjoo, aversão a certos alimentos e alterações no paladar durante o uso. O nutricionista orienta estratégias práticas para lidar com isso sem comprometer a nutrição.
Trabalhar a relação com a comida: mesmo com o auxílio da medicação, o comportamento alimentar precisa ser reeducado para evitar o temido “efeito sanfona” após a suspensão do medicamento.
Planejar a manutenção dos resultados: o verdadeiro sucesso do tratamento não está apenas em emagrecer, mas em aprender a sustentar o novo peso com prazer, equilíbrio e autonomia.
Emagrecer é mais do que usar um medicamento
A caneta pode ser um instrumento mas não é a solução completa.
O acompanhamento nutricional é o que transforma o uso do medicamento em um processo consciente, seguro e sustentável, promovendo saúde, energia e qualidade de vida em todas as fases.
Dra. Cristina Rosa da Silva dos Reis
Nutricionista