23/10/2025
A seletividade alimentar não deve ser vista apenas como uma “fase passageira” ou como resultado de “manias da infância”. Muitas vezes, ela está ligada a questões sensoriais, motoras e até comportamentais, que influenciam diretamente na forma como a criança percebe sabores, texturas, temperaturas e até a coordenação necessária para mastigar e engolir.
👩⚕️ É nesse cenário que o trabalho da fonoaudióloga se torna essencial. Através de uma avaliação detalhada, é possível identificar se a seletividade tem origem em dificuldades de coordenação oral, hipersensibilidade sensorial ou até mesmo em experiências negativas anteriores com a alimentação.
Com base nisso, o atendimento fonoaudiológico atua em diferentes frentes:
● Exercícios orais e motores para fortalecer a musculatura envolvida na mastigação e deglutição.
● Treino sensorial gradual, que ajuda a criança a aceitar novas texturas, cheiros e consistências de forma respeitosa e acolhedora.
● Orientação às famílias, para transformar o momento da refeição em um espaço de acolhimento e não de cobrança ou pressão.
💛 Cada pequeno avanço — aceitar uma nova cor no prato, tocar um alimento diferente ou experimentar um sabor novo — é uma grande vitória que aproxima a criança de uma relação mais saudável com a comida.
Mais do que ampliar o repertório alimentar, o acompanhamento fonoaudiológico reduz o estresse nas refeições, fortalece vínculos afetivos e promove qualidade de vida para toda a família.