12/10/2025
“Ele nos escolheu antes da criação do mundo para que sejamos santos e imaculados…” A santidade não é um projeto humano que depende do esforço; fomos sonhados, desejados e chamados antes mesmo de existirmos. Isso significa que a nossa identidade mais profunda não nasce do que fazemos, mas de quem somos em Cristo. Ser “santo e imaculado” não é ser perfeito no sentido moralista, mas viver enraizado no amor que nos gerou.
E quando descobrimos algo que nos foi de proveito, naturalmente procuramos compartilhar com os outros. A verdadeira experiência de Deus não pode permanecer isolada. O amor, por sua própria natureza, é expansivo. Quem encontrou a fonte da vida não consegue calar. Assim, evangelizar não é um dever pesado, mas o transbordar natural de uma alma agradecida.
Tudo isso se realiza plenamente no mandamento do Senhor: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente” — não parcialmente, não apenas quando sobra tempo, mas com inteireza. A santidade consiste justamente nisso: deixar de viver divididos, permitindo que o amor de Deus unifique o coração. A caridade é o elo que nos torna inteiros, porque reflete a bondade divina em nós.
Em resumo:
ser escolhidos — e acolher esse amor com humildade;
ser transformados — deixando que a graça nos purifique;
e ser enviados — para amar e conduzir outros à mesma comunhão.
Santidade, portanto, não é solidão sagrada, mas comunhão viva. É o amor que se faz caminho, vínculo e testemunho