Psicóloga Glaucia Orth

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Brasil
Ponta Grossa, PR
Psicóloga Glaucia Orth

Psicologia Clínica baseada em evidências: meu foco de atuação é o trauma psicológico.

Meu objetivo é ajudar vítimas de violência a enfrentarem suas dores, medos, sintomas e a construir um significado para os eventos traumáticos.

02/08/2022

Proponho um exercício: “Pense nas experiências boas que você viveu até aqui, quais foram as mais agradáveis e alegres para você? Onde você estava? Quem estava com você?”

Talvez você se surpreenda ao pensar que em todos ou quase todos os bons momentos que você lembrou, seus amigos, familiares, companheiros ou companheiras estavam com você. Amigos fazem bem para a saúde e isso é cientificamente comprovado.

O isolamento e a diminuição das interações sociais estão intimamente relacionados à depressão, à maior vulnerabilidade e à diminuição da capacidade de enfrentar os desafios da vida. Redes de apoio não só lhe protegem em momentos difíceis, mas te fortalecem e te encorajam para a vida e para alcançar os seus propósitos.

Quando você pensar em se isolar, tente fazer o oposto do que tem vontade: tente interagir, porque “junto todo o stress é miúdo” (Emicida).
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27/07/2022

Você sabia que em geral, as pessoas se sentem menos deprimidas quando estão mais ativas? 🤔

Os três melhores tipos de atividades que estimulam o humor são:
✅ Atividades prazerosas;
✅Conquistas;
✅ Realização de tarefas evitadas;

Dentro dessas categorias, atividades relacionadas aos valores pessoais têm mais probabilidade de melhorar o humor do que atividades feitas apenas para ocupar o tempo.

A ativação comportamental altera positivamente o humor e aumenta a flexibilidade cognitiva, isto é, nossa capacidade de encontrar soluções para os problemas e desafios diários, adaptar-se a mudanças e novos acontecimentos.

e aí, gostou do post? Salve ou envie para alguém. 😉
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20/07/2022

Você não consegue tomar decisões? Vem comigo que hoje quero compartilhar um relato pessoal sobre isso. 😉👇

Dias antes do meu casamento, uma amiga querida me disse: “não vai sair como você planejou, mas vai ser lindo mesmo assim”. E realmente não saiu:

Planejamos um casamento na natureza, ao pôr do sol, rodeada de árvores e o azul do céu. Bom, choveu 2h antes da cerimônia e tudo ficou encharcado. As cerimonialistas tiveram que improvisar. Havia escolhido uma música para a minha entrada, era “La vie en rose” em uma versão francesa e bem fofinha, e o DJ colocou “La vie en rose” em inglês, em um ritmo meio de samba (!?).

Quando me dei conta que era a minha hora de entrar, eu lembrei do que a minha amiga havia me dito, de que as coisas não sairiam como eu havia planejado, mas seria lindo mesmo assim. Bom, lá fomos nós, meu pai e eu com aquela música diferentona. Quando avistei meu marido, até dei uma “sambadinha”, eu estava feliz. Minhas pessoas preferidas estavam lá e era só o que eu conseguia pensar. No dia seguinte, indo até Curitiba para pegar o voo para a lua de mel, eu me dei conta que havia esquecido meus documentos (meu marido passa poucas e boas comigo, rs). Não viajamos no dia que havíamos planejado, mas fomos no dia seguinte e foi lindo mesmo assim.

Quando paralisamos diante de decisões importantes, muitas vezes sentimos medo de que as coisas “deem errado”, não ocorram como planejamos. Desejamos tomar decisões perfeitas, com resultados perfeitos, sem incertezas e arrependimentos. Com frequência nós subestimamos nossa capacidade de lidar com as adversidades.

Mas e se você encarasse a tomada de decisão como um processo de experimentação? E se pensasse: Deixe-me ver o que acontece quando experimento isso? 🤔

A perfeição, como disse Eduardo Galeano, é um chato privilégio dos deuses.
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11/07/2022

Precisamos falar sobre violência sexual. Por isso separei um tópico importantíssimo! 👇

O sentimento de impotência diante da violência sexual tem diferentes origens. Importante destacar que a maior parte da violência é praticada por pessoas próximas das vítimas, tais como familiares, vizinhos e amigos.

Vítimas podem não denunciar a violência por medo de que não acreditem nela e não tenham o amparo necessário para sobreviver. Além disso, podem vir a se culpar por acreditar que "deixaram" que aquilo acontecesse, por "não terem tido força para lutar contra a violência". Faz parte do processo terapêutico explicar as reações fisiológicas de desligamento, que incluem imobilidade e analgesia para a dor, como forma evolutiva de preservar tecidos corporais frente ao contato corporal com o perpetrador. Isso significa que nossas reações corporais nos protegem.

E é sempre NECESSÁRIO lembrar que vítimas não são responsáveis pelo comportamento de autores de violência.

Temos que lembrar que denúncias são uma medida fundamental para o combate ao abuso e a exploração sexual, não tenha medo. Denuncie!
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05/07/2022

Olá pessoal, hoje gostaria de compartilhar um tema diferente.  A indicação do filme, “O segredo dos seus olhos”. Essa obra permite refletir sobre o processamento do luto quando a morte ocorre em circunstâncias traumáticas.

Quer saber mais? Arraste para o lado e veja o post completo. ☺️👉

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29/06/2022

O TEMPO, A MEMÓRIA E A JORNADA DA VIDA: “Ele não encostou um dedo em mim, mas levou minha alma embora, roubou minha identidade”. Howard Zehr, um teórico da justiça restaurativa, reconheceu que a vitimização representa um ataque às narrativas que nós contamos para dizer quem somos nós, e impactam em questões que para nós já estavam resolvidas:

▪Quem sou eu?
▪No que eu acredito?
▪Em quem eu posso confiar?

A jornada que vítimas percorrem, do trauma à sua superação, pode significar revisitar questões que acreditavam que há tempos haviam sido resolvidas: questões de ordem, empoderamento, conexão, identidade. A Terapia de Exposição Narrativa promove um processo de recontar as histórias da nossa própria vida, em busca não só de novos sentidos para a violência sofrida, mas também da transformação das histórias de humilhação e vergonha, promovidas pela violência, por histórias que incluem dignidade e coragem. 

Gostou do post? Salve ou envie para alguém. 😉
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23/06/2022

Mais do que feridas físicas, em algumas situações os acidentes de trânsito deixam marcas emocionais.

A terapia pode ajudar nesses casos, hoje vou falar sobre isso. Vem comigo! 👇

Quando estamos no trânsito, é muito importante sentirmos segurança. ACREDITAR que os motoristas dos outros automóveis irão parar nas ruas preferenciais ou diminuir a velocidade diante de um engarrafamento/obstáculo são essenciais para sentir segurança no trânsito. Entretanto, se fomos vítimas de um acidente, ao invés de sentirmos segurança ao dirigir, podemos sentir medo.

Por isso, estar no trânsito pode ser assustador, mesmo se estamos como passageiros. O trabalho da terapia de exposição narrativa consiste em situar estes eventos no seu devido tempo: o passado. Quem sente medo no trânsito após sofrer um acidente pode acreditar que será novamente vítima, razão pela qual tenta evitar a possibilidade disso se repetir, deixando de dirigir.

Se você sente isso ou conhece alguém que está passando por uma situação semelhante, saiba que a terapia pode ajudar. 😊

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18/06/2022

Seja qual for o tipo de violência, a culpa nunca é da vítima. Nesse post eu trouxe algumas frases para ajudar a desculpabilizar vítimas de violência.

Arraste para o lado e confira.

E se você conhece alguém que sofre ou sofreu, compartilhe, apoie. ❣
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ViolênciaDoméstica

15/06/2022

Essa semana eu preparei um post especial sobre a saúde mental dos profissionais de segurança.

Profissionais, tais como bombeiros, guardas e policiais, estão constantemente expostos a situações de ameaça à vida (à sua ou a de outras pessoas). Isso faz parte do próprio trabalho. Esta exposição está associada a um risco aumentado de desenvolver transtornos mentais, notadamente transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Wagner e outros (2020) publicaram uma revisão sistemática sobre o TEPT em policiais após a exposição a incidentes críticos durante a rotina de trabalho e concluíram que há prevalência elevada de TEPT entre policiais quando comparado com a população em geral. Outra pesquisa publicada em 2021, por Desrochers e outros concluiu que policiais com TEPT apresentam desempenho cognitivo inferior em funções executivas como atenção, memória e maior lentidão no processamento das informações em comparação com aqueles que não têm TEPT. Por estarem constantemente expostos a situações de risco, a saúde mental de profissionais da segurança merece muita atenção e cuidado.

Você pode acessar o artigo de Desrochers et al. (2021) em meu linktree, na pasta de artigos científicos.
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09/06/2022

Você já passou pela experiência de sofrer um assalto ou conhece alguém que passou por essa isso?

No post de hoje vou falar sobre como enfrentar o medo após ser vítima. Acompanhe! 👇

Ter sua casa invadida, ser assaltada enquanto caminha na rua ou mesmo no carro são experiências assustadoras. Depois disso pode ser difícil voltar a sentir segurança em lugares e situações que nos fazem lembrar do que aconteceu.

A sensação é de que aquilo vai acontecer novamente. Muitas vezes nós mudamos nossos hábitos na tentativa de evitar um novo assalto, deixamos de sair à noite, evitamos determinados lugares ou enchemos nossa casa com equipamentos de monitoramento e segurança. Mas, mesmo assim, podemos continuar nos sentindo inseguros e nesse caso é importante reconhecer que o medo pode estar fazendo com que nossas interpretações do mundo e das pessoas estejam erradas.

É importante admitir que não temos controle sobre os outros e sobre os eventos. Também é importante você saber que existe tratamento para isso e que não é preciso viver com medo o tempo todo.

Se você conhece alguém que passou por essa situação, compartilhe o post.
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04/06/2022

Olá, hoje vou falar sobre as emoções companheiras do transtorno de estresse pós-traumático.

Você sabe quais são? Vem comigo! 👇

O medo é, com frequência, a emoção mais intensa associada ao evento traumático, pois deixa fortes marcas na memória. Entretanto, além do medo, outras emoções podem ser sentidas, tais como vergonha, culpa, nojo e impotência.

Durante o tratamento da Terapia de Exposição Narrativa o foco não se restringe ao medo, mas a todas as emoções associadas ao evento traumático. Sentir culpa pode estar relacionado às ações que o sobrevivente possa ter optado fazer ou não fazer. Durante a narração, os pacientes percebem o quanto aqueles eventos eram imprevisíveis e por isso difíceis de evitar, e que a responsabilidade pode ser compartilhada por muitas outras pessoas.

A vergonha, por sua vez, tem a ver com os "olhares" de desaprovação dos outros e faz com que sobreviventes acreditem que são responsáveis pela transgressão, ao invés do agressor. Longos períodos de dependência entre vítima e agressor podem contribuir para atribuir a si mesma a responsabilidade pelas violências sofridas.

Gostou do post? Salve ou envie para alguém.
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02/06/2022

Muitas pessoas sofrem de traumas psicológicos que podem afetar as suas vidas de forma negativa.

Por isso organizei estas perguntas, com base no DSM-5 e na CID-11, para você observar se tem vivenciado alguns desses sintomas após a exposição a um ou mais eventos traumáticos. Esta auto-observação pode ajudar você a decidir procurar ajuda psicológica.

O link do arquivo está na bio, baixe grátis.

Endereço

Rua Nestor Guimarães, 77, Sala 805
Ponta Grossa, PR
84040-130

Telefone

+5542991661325

Site

https://linktr.ee/clinicaatmus

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