10/05/2023
Proteínas são as moléculas mais abundantes em nosso organismo. São responsáveis por diversas funções como transporte (hemoglobina, p.ex), estrutural (colágeno), sinalização hormonal (insulina, GH), defesa (imunoglobulinas), muscular (actina e miosina), entre outros. Logo, é fundamental que a alimentação garanta um aporte de proteínas suficiente. Mas quanto devemos ingerir de proteínas por dia?
A recomendação diária mínima é de 0,83 g/kg, porém há estudos mostrando que mesmo pequenos aumentos como 1,0 g/kg estão associados à redução pela metade da perda de massa muscular em um processo de emagrecimento.
Porém, deve-se levar em conta vários outros fatores para essas recomendações. Em primeiro lugar, é importante saber que o organismo consegue lidar com uma quantidade limitada de proteínas em cada refeição, por volta de 25-30g. Por isso a importância de fracionar o aporte de proteínas em várias refeições ao longo do dia,
e que se combinem itens com taxas de absorção diferente, para que se garanta um aporte protéico suficiente ao longo do dia.
As fontes animais de proteínas, como as carnes e ovos são consideradas de alto valor biológico, por serem melhor digeridas e pela disponibilidade completa de aminoácidos considerados essenciais, que são aqueles que não são sintetizados pelo organismo. Porém, há inúmeras fontes vegetais de proteína como amendoim, nozes, amêndoas e leguminosas como feijão e lentilhas, que combinadas fornecem um perfil completo de aminoácidos essenciais.
Dependendo do perfil do paciente e dos objetivos da intervenção nutricional, a quantidade diária de proteínas varia bastante. Para ganhos de massa muscular, é necessário um minimo de 1,6 g/kg, até 2,2 g/kg quando a porcentagem de gordura já estiver bem reduzida.
Por fim, devemos atentar para os excessos de ingestão de proteínas que não são isentos de risco. Pode haver a chamada disbiose, decorrente da presença de proteínas não digeridas, que promovem um desbalanço da flora intestinal, com produção excessiva de gases.
Por isso, a elaboração de uma dieta adequada precisa ser sempre acompanhada de forma profissional, para se obter a melhor relação benefício/risco em relação às proteínas.