10/08/2020
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato). O objetivo é receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países.
Apesar de a violência doméstica ter várias faces e especificidades, a psicóloga norte-americana Lenore Walker identificou que as agressões cometidas em um contexto conjugal ocorrem dentro de um ciclo que é constantemente repetido.
Fase 1: Aumento da tensão. O agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva.
Fase 2: Ato de violência. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Fase 3: Arrependimento e comportamento carinhoso. Também conhecida como “lua de mel”, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que “vai mudar”.
NÃO SE CALE: Quando a vítima silencia diante da violência, o agressor não se sente responsabilizado pelos seus atos. Denúncias devem ser encaminhas a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, Ligue 180.
SAIA DO CICLO: Com o tempo, os intervalos entre uma fase e outra ficam menores, e as agressões passam a acontecer sem obedecer à ordem das fases. Em alguns casos, o ciclo da violência termina com o feminicídio, que é o assassinato da vítima.