05/11/2025
“Renata, como psicóloga, eu posso ajudar um adolescente viciado em jogos?”
Atenção: o vício nunca é sobre o jogo; é sobre o que o jogo está tentando anestesiar.
Quando a gente fala de vício — seja em jogos, álcool, dr**as ou até relacionamentos tóxicos — estamos falando de uma tentativa de preencher um vazio.
E é esse vazio que precisa ser identificado e trabalhado no consultório.
Se a gente atuar só tentando limitar o acesso, o adolescente até pode se afastar do jogo por um tempo…
Mas se o equilíbrio emocional não for trabalhado, ele acaba trocando um vício por outro.
Por isso, a escuta clínica precisa ir além:
🔹 Qual o buraco que esse jogo está preenchendo?
🔹 Qual a angústia que ele tenta anestesiar?
🔹 Que espaço ele não consegue ocupar fora das telas?
É um trabalho delicado, mas absolutamente necessário.
E, na maioria das vezes, o adolescente nem sabe nomear o que sente — por isso a escuta precisa ser ainda mais atenta.
Você já atendeu um caso assim no consultório? Como foi trabalhar esse processo?
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