Paloma Psicóloga

04/12/2025

“Firmeza no passo, apenas atravesse.”
Às vezes, a vida pede exatamente isso: não pressa, não perfeição, não respostas prontas — mas firmeza.
Chega dezembro e, junto com ele, aquela sensação de balanço interno, como se o ano inteiro se sentasse ao nosso lado pedindo explicações. Mas a verdade é simples e libertadora: o ano termina… e você permanece.
Permanece com tudo o que aprendeu, com o que superou em silêncio, com as partes de você que ninguém viu brotar.
Permanece mesmo cansado, mesmo cheio de dúvidas — porque crescimento não acontece apenas nos dias bonitos.
Permanece porque existe uma força em você que talvez nem sempre apareça, mas nunca deixa de existir.
E atravessar não é só seguir em frente; é permitir que o caminho te transforme.
É entender que cada passo firme é uma declaração de coragem.
Que mesmo quando o mundo muda de página, você continua sendo a história que merece cuidado, respeito e tempo.
O ano pode até acabar, mas você não:
você segue — inteiro, presente, mais consciente de si.
E isso, por si só, já é vitória.

03/12/2025

“Indo ou não, a vida está passando —
e ela não espera que a gente esteja pronto.
Por isso, às vezes, o maior ato de coragem
é simplesmente dar um passo, mesmo tremendo.
Porque ficar parado também é uma escolha,
e o tempo… ah, o tempo segue,
gentil ou implacável,
mas sempre sincero em nos lembrar
que viver é movimento.”

03/12/2025

O que pensam de mim não é problema meu.
E não é sobre arrogância — é sobre saúde emocional.
A gente passa metade da vida tentando ser suficiente para olhos que nunca nos enxergam por inteiro.
Tentando caber em expectativas que nem foram nossas.
Tentando agradar pessoas que, no fim, nunca terão acesso ao nosso coração por dentro.
Chega uma hora em que a consciência desperta:
perceber que o olhar do outro fala mais sobre ele do que sobre nós é libertador.
O julgamento que alguém faz é filtrado pelas dores, vivências, frustrações e referências dessa pessoa.
Não é espelho, é projeção.
Quando entendemos isso, algo dentro se reorganiza.
A gente se devolve para si.
E aprende que o verdadeiro trabalho não é controlar o que pensam,
mas cultivar quem somos quando ninguém está vendo.
Porque no final das contas, o que realmente importa
é a paz de ser quem se é — sem pedir licença, sem se diminuir,
e sem se moldar para não incomodar.
O que pensam de você não é problema seu.
Mas o que você pensa de si… isso muda tudo.

03/12/2025

02/12/2025

Ninguém oferece o que não encontra em si.
Por isso, antes de cobrar do mundo, cuide do seu lado de dentro.
A gente transborda o que cultiva — e o que sobra do coração sempre revela quem somos.
Quando há paz, escorre paz. Quando há caos, escorre pressa.
Nutrir-se é, no fim, o maior ato de generosidade com o outro.

02/12/2025

Não seja o discurso.
Seja o exemplo.
Porque, na prática, é muito fácil falar sobre paciência, mas é no cotidiano — quando algo frustra, atrasa ou foge do controle — que a paciência se revela. É simples dizer que “tudo passa”, mas é no silêncio da própria dor que a gente descobre o quanto acredita nisso. É bonito aconselhar o outro a se priorizar, mas é um ato de coragem quando você finalmente decide se priorizar também.
Na psicologia, falamos sobre coerência interna: quando aquilo que você diz conversa de verdade com aquilo que você faz. Esse alinhamento não é perfeição, é autenticidade. E autenticidade não se exige de ninguém, ela se constrói, passo a passo, escolha por escolha.
O exemplo inspira porque é vivo. Ele toca porque é real.
O discurso só convence; o exemplo transforma.
No fim, a maior prova de evolução emocional não está nas frases bonitas, mas nas atitudes silenciosas que ninguém aplaude, mas você sabe que te movem para um lugar mais verdadeiro de si mesma.

01/12/2025

Pare de se perguntar se você é boa o suficiente.
Comece a se perguntar se isso é bom o suficiente para o que você merece.
Porque às vezes o problema não está na sua entrega,
mas no lugar onde você insiste em se encolher.
A vida muda quando a pergunta muda:
não “sou suficiente?”,
mas “isso me acolhe, me expande, me respeita?”.
Quando você vira a chave, percebe —
quem duvidava de si era você,
e quem precisava provar algo
nunca foi você.

01/12/2025

A saudade não é uma só.
Ela tem camadas, temperaturas, profundidades.
E cada uma delas toca um lugar diferente dentro da gente.
Há a saudade-memória, aquela que chega suave, quase como um carinho.
Ela não dói — aquece.
É quando lembramos de algo que foi tão bonito que ainda ilumina, mesmo longe.
Existe a saudade-ausência, essa que pesa um pouco mais.
É o vazio do lugar que alguém ocupava,
o silêncio onde antes havia riso,
a rotina aprendendo a andar sem quem costumava caminhar ao lado.
Tem também a saudade-possibilidade,
que não fala do que foi, mas do que poderia ter sido.
Essa é furtiva, imaginativa, cheia de “e se…”.
É a saudade do futuro que não aconteceu.
Há ainda a saudade-identidade, que nasce quando sentimos falta de nós mesmos:
da versão corajosa que já fomos,
do brilho de um tempo que marcou,
da força que não percebemos que tínhamos.
É o coração pedindo reencontro com a própria essência.
E existe a saudade-afeto, silenciosa e profunda —
aquela que prova que a conexão foi real.
Psicologicamente, ela é o rastro emocional de vínculos que marcaram.
A saudade não significa que algo não terminou;
significa apenas que algo significou.
No fim, toda saudade é uma forma de amor em trânsito.
Um lembrete de que sentimos intensamente,
de que algo nos tocou de verdade
e deixou marcas que nem o tempo ousa apagar.

01/12/2025

Transborde.
O mundo precisa da versão de você que não se esconde por medo.
Quantas vezes nos apertamos para caber, silenciamos para não incomodar, diminuímos a luz para não ofuscar ninguém?
Mas a verdade é que nada floresce na sombra do próprio receio.
Quando nos escondemos, não protegemos nossa essência — apenas adiamos o encontro com quem realmente somos.
O medo tenta nos convencer de que ser inteiro é arriscado, mas é a autenticidade que cria ponte, laço, verdade.
Transbordar não é exagero.
É coragem.
É ocupar-se de si com presença, permitir-se existir sem pedir desculpas pelo brilho, pela sensibilidade, pela força ou pela delicadeza.
O mundo não precisa de você reduzida.
Precisa de você real.
Do seu impacto, do seu gesto, do seu afeto, da sua voz, do seu jeito único de existir.
Transborde —
porque quando você se permite ser inteira, tudo ao redor respira junto.

01/12/2025

Muita gente está ao seu lado,
mas nem todo mundo está do seu lado.
Do ponto de vista psicológico, essa frase fala sobre a diferença entre proximidade física e vínculo emocional.
Estar perto não é sinônimo de suporte. Nem toda presença é presença que sustenta.
Às vezes convivemos com pessoas que compartilham o espaço, mas não compartilham o cuidado.
E isso pode gerar uma sensação silenciosa de solidão mesmo rodeados de gente.
Reconhecer essa diferença é um ato de maturidade emocional:
é entender que vínculos verdadeiros não se medem pela quantidade de pessoas ao redor,
mas pela qualidade dos afetos, pela coerência entre gesto, palavra e postura.
Com o tempo, aprendemos a filtrar.
A perceber quem soma, quem drena, quem apenas ocupa lugar.
A escolher relações que respeitam nossa história, nosso ritmo e nossa sensibilidade.
Porque estar do lado é fácil.
Difícil — e valioso — é estar do seu lado.
E quando encontramos quem realmente está, isso muda tudo.