13/04/2021
Nem anjos, nem demônios, humanx’s.
“Não vou fazer terapia, porque quem precisa de terapia é você” quem nunca ouviu essa frase que atire a primeira pedra, mas antes de atirar no outro olhe pra si.
Em uma época em que a razão de todas as nossas dores é sempre (só que não ) do outro, é importante observar quem somos dentro da relação que nos adoece, no nosso cotidiano, quando ninguém tá olhando, com a gente mesmo.. somos quem se julga o tempo todo, ou quem por achar ter sempre razão não consegue parar de julgar o outro?
Intolerantes ou praticantes da aceitação, explosivos ou pacientes, compreensivos ou juízes? De quem? De nós mesmos, do outro.. como é difícil pensar sobre o que é nosso mas gostaríamos que não fosse, porém que no outro é motivo de repúdio e revolta, acredite, também acontece comigo, já aconteceu com todo mundo em algum momento da vida... O que? Descobrir que nem sempre nós somos anjos, que também já fomos quem feriu.
“É porque tu tá falando disso aqui, pra eu me martirizar?”
Não, pra você se perdoar, pra conseguir também perdoar no seu tempo aquele outro, não porque ele mereça, mas porque ele é humano, nem anjo, nem demônio... igualzinho a você, a mim, ao restante do mundo.
Repare, olhando pra nós mesmos, conseguimos ver coisas que amamos, mas também atitudes nossas que no outro desprezamos, podemos também escolher o que fazer com isso, primeiro em nós... quanto ao outro, isso é dele, o processo dele vai ter seu tempo, ou não, mas nos foge do controle, não salvamos ninguém, mas a nós mesmos, arrisco dizer ser possível, diariamente.
Finalizo com o que Rogers disse lá atrás, mas cabe perfeitamente pros dias de hoje:
“Aceitar-se a si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína dos outros.”
Quanto de anjo e demônio há de você no mundo? Quanto disso te afeta? Será mesmo que o inferno é só o outro?
Com carinho, psicóloga Joyce Mayara Domingos.
CRP-02/22840