01/12/2025
O Brasil mantém atenção constante sobre os índices de infecção por HIV, apesar dos progressos significativos nas últimas décadas, tanto na prevenção quanto na terapia antirretroviral. Hoje, a prevenção primária deve ser baseada no uso consistente de métodos de barreira. Para pessoas com dificuldade de adesão a esses métodos ou com maior risco de exposição, contam com a PrEP, que é a profilaxia pré-exposição realizada com o uso de antirretrovirais antes da exposição à relação sexual.
Sobre a evolução dos tratamentos, a terapia antirretroviral se transformou profundamente. Os esquemas atuais, como tenofovir, lamivudina e dolutegravir, são eficazes, com baixa ocorrência de efeitos adversos e geralmente administrados em apenas dois comprimidos ao dia. Isso melhorou de forma extraordinária a qualidade e a expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV.
O diagnóstico precoce e a introdução imediata da medicação são decisivos para impedir a progressão da doença e manter a saúde dos pacientes. O HIV, quando tratado, torna-se uma condição crônica manejável. O tratamento reduziu drasticamente as complicações cardiovasculares, hepáticas e imunológicas, além de contribuir de forma importante para a queda da transmissão vertical.
A importância da informação, da testagem regular e da redução do estigma que ainda envolve as infecções sexualmente transmissíveis. Enquanto a sífilis ainda apresenta desafios importantes e não registrou avanços significativos na redução da transmissão vertical, o cenário do HIV é bastante diferente. No caso do HIV, houve um progresso expressivo na prevenção da infecção em crianças, evitando que recém-nascidos desenvolvam a doença, condição que pode ser especialmente grave no período neonatal e pediátrico. Sem dúvida, o diagnóstico precoce associado ao início imediato do tratamento transformou radicalmente o curso da infecção pelo HIV, garantindo melhor qualidade de vida às pessoas que convivem com o vírus.
Fonte: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/2286-hiv-aids-especialista-da-febrasgo-comenta-avancos-na-prevencao-e-no-tratamento