14/04/2022
Pessach significa “passar por cima” ou “passar sobre”. É a "Páscoa judaica". Pessach celebra a transição do cativeiro para a libertação, pois a verdadeira liberdade somente foi adquirida pelo Povo Judeu 50 dias após o Êxodo, quando eles se postaram no Monte Sinai.
Simbolicamente, trata-se de um recomeço, a chegada à Terra Prometida. A cada geração, cada judeu deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. O Seder de Pessach nos faz lembrar quem somos – de onde viemos e para onde planejamos seguir como nação – e transmite nossa identidade e herança às futuras gerações. Cada item da mesa do Seder tem sua razão de ser. A Matzá se tornou o principal símbolo de Pessach. Pão sem fermento aprontado às pressas. O Maror (ervas amargas) simboliza tanto a escravidão quanto a liberdade. Comemos Maror para recordar a amargura sofrida. Durante o Seder, todos os participantes têm que tomar quatro taças de vinho. Ainda se come o Carpás e água salgada. Essa água salgada usada durante o Seder recorda as lágrimas derramadas por nossos antepassados: o sofrimento que tiveram que suportar enquanto escravos. Ao mesmo tempo, simboliza o Mar de Juncos,– em hebraico, Yam Suf – e sua milagrosa divisão ao meio. O Charosset, pasta adocicada, simboliza a lama que nossos ancestrais usavam na olaria. A aparência do Charosset claramente nos remonta ao árduo trabalho a que eram sujeitos nossos antepassados. A Mesa do Seder inclui ainda o Zeroá e o Beitzá – um ovo duro. O Zeroá é um osso de carne de carneiro ou galinha, tostado, que celebra o Corban Pessach, o sacrifício ofertado no Templo Sagrado de Jerusalém. O ovo celebra o outro sacrifício ofertado no dia que antecede a noite do Seder – o Corbán Chaguigá. Um ovo obviamente não é carne animal, portanto, diferentemente do Zeroá, é costume comê-lo, pois não pode ser confundido com o Corbán Chaguigá.