Flavio Maciel - Fisioterapeuta

Flavio Maciel - Fisioterapeuta Informações técnicas e científicas relacionadas à Fisioterapia Respiratória, Cardiovascular e

Poucas métricas na ventilação mecânica ganharam tanta força quanto a Driving Pressure. E a mais nova revisão sistemática...
09/12/2025

Poucas métricas na ventilação mecânica ganharam tanta força quanto a Driving Pressure. E a mais nova revisão sistemática com meta-análise publicada em 4/12/25 ajuda a entender, com mais clareza, qual é o papel dela na SDRA.

A DP ganhou destaque por traduzir, de forma simples, o estresse aplicado ao “baby lung”. E a literatura observacional tem sido consistente em mostrar que DP elevada se associa a piores desfechos.

A pergunta da revisão foi direta: usar a DP como alvo principal melhora desfechos comparado à ventilação protetora clássica?

Os 4 ECRs analisados mostram que limitar DP não reduziu mort@lid@de, não aumentou dias livres de ventilador e não reduziu tempo total de hospitalização. E um detalhe ajuda a entender isso: DP e volume corrente ficaram praticamente iguais entre as estratégias nos primeiros dias. Se o comportamento ventilatório não muda, os desfechos tendem a acompanhar essa semelhança.

A revisão também lembra que perseguir DP muito baixa pode gerar compensações fisiológicas importantes — hipercapnia, FR elevada e assincronias — que nem sempre favorecem proteção pulmonar.

Outro ponto essencial: a DP do ventilador não separa pulmão de parede torácica. Em perfis como obesidade, ascite e pós-operatório abdominal, o valor pode superestimar o estresse alveolar. Nesses casos, ΔPL (driving transpulmonar) pode ser mais significativo.

O que a meta-análise reforça é que a ventilação protetora moderna não se apoia em um único número, mas na integração entre:
• mecânica respiratória
• esforço/drive
• recrutabilidade
• heterogeneidade pulmonar
• mechanical power
• sincronismo e conforto
• fenótipo fisiopatológico

DP segue sendo um marcador valioso, mas dentro de um contexto mais amplo e individualizado. E proteger de verdade exige entender como cada pulmão responde ao que fazemos no ventilador.

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A verdade é dura:O real aproveitamento da aerosolterapia na ventilação mecânica ainda está longe do ideal.E é por isso q...
07/12/2025

A verdade é dura:

O real aproveitamento da aerosolterapia na ventilação mecânica ainda está longe do ideal.

E é por isso que, na imagem, o ventilador “ganha braços”, para lembrar que a eficiência dessa terapia depende muito mais de como operamos o sistema do que do fármaco utilizado.

A literatura é consistente: detalhes técnicos podem multiplicar a deposição pulmonar ou reduzi-la a quase nada.

E esses 7 passos são essenciais:

👉 1. Escolha do dispositivo: o nebulizador por malha vibratória é superior por entregar maior fração nominal e evitar perda por aquecimento.

👉 2. Posicionamento no circuito: 15–20 cm antes da peça Y, no ramo inspiratório, aumenta significativamente a entrega.

👉 3. Remover barreiras: HMEs reduzem muito a deposição e devem ser retirados durante a nebulização.

👉 4. Gerenciar bias flow: fluxos de base elevados aumenta a perda; reduzi-los melhora o aproveitamento.

👉 5. Promover sincronia: sincronia aumenta o aproveitamento e a efetividade.

👉 6. Ajustar parâmetros com critério: fluxos mais lentos e pausa inspiratória podem favorecer depósito distal, embora a evidência clínica ainda seja limitada.

👉 7. Reduzir perdas na VNI: evitar interfaces ventiladas e limitar a IPAP ou PS aumentam a entrega real.

No fim, a mensagem é simples:

🚨Aerosolterapia eficaz não depende apenas do tipo de nebulizador ou fármaco, depende do quanto o operador do ventilador compreende a dinâmica da terapia inalatória.

E enquanto esses 7 passos não forem rotina, continuaremos desperdiçando uma terapia que faz toda a diferença no contexto de síndromes obstrutivas, como a asma aguda grave.

Quer saber mais?

📚Leia: Optimising aerosolized therapies in critically ill patients. Jayesh Dhanani, Leandro U. Taniguchi and Otavio T. Ranzani. Intensive Care Med 2022, Oct;48(10):1418-1421.

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A era da ventilação protetora “igual para todos” acabou.A SDRA é um terreno de heterogeneidade extrema: baby lung com di...
06/12/2025

A era da ventilação protetora “igual para todos” acabou.

A SDRA é um terreno de heterogeneidade extrema: baby lung com dimensão diferente, complacência mutável, fenótipos diversos, recrutabilidade variável e uma resposta altamente individual às mesmas PEEPs aplicadas.

E é exatamente por isso que individualizar deixou de ser um luxo e passou a ser um imperativo fisiológico.

Nada de achar que todo paciente com SDRA é candidato a PEEP alta e manobras de recrutamento alveolar.

Trago nesse post um passo a passo para avaliação de um dos poucos índices capazes de revelar, à beira-leito, quanto do pulmão do seu paciente ainda é recrutável: a R/I Ratio.

Não é mais sobre “aumentar a PEEP ou recrutar”.
É sobre saber o que essa PEEP faz.

📌 R/I < 0,3 → você está sobredistendendo mais do que recrutando. Não vale a pena usar PEEP alta.
📌 R/I > 0,6 → existe pulmão para ser resgatado, o potencial de recrutabilidade é alto. Titule a PEEP e pense em recrutamento alveolar como estratégia de resgate da hipoxemia grave.
📌 Valores intermediários entre 0,3 e 0,6? Exigem olhar clínico atento e análise no contexto de outras variáveis como pressão de platô, driving pressure e status hemodinâmico.

É aí que nasce um estratégia ventilatória individualizada de verdade.

A mensagem é cristalina:
👉 Só existe ventilação protetora quando ela é personalizada.
👉 E só existe personalização quando você mede o que está acontecendo no interior do sistema respiratório.

Hoje você tem mais uma ferramenta para isso. Agora é com você: medir, interpretar e ajustar.

É assim que se protege o baby lung.

Esse conteúdo te ajudou? Compartilha e ajuda mais pessoas.

📚Leitura recomendada: Bedside ventilatory settings guided by respiratory mechanics in acute respiratory distress syndrome. Davide Chiumello, Silvia Coppola, Pedro Leme Silva, Giulia Lais, Patricia R. M. Rocco and Lise Piquilloud. Annals of Intensive Care 2025;15:189.

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Hoje o dia é todo dela.Aliás, quando falamos de  , a verdade é que todos os dias são dela.E por um motivo simples: ela é...
04/12/2025

Hoje o dia é todo dela.

Aliás, quando falamos de , a verdade é que todos os dias são dela.

E por um motivo simples: ela é do tipo que chega e preenche. Irradia. Organiza. Acolhe. Cuida. Transforma qualquer ambiente, e a vida de quem tem a sorte de cruzar o seu caminho.

Eu só posso agradecer: eu, e os nossos, somos imensamente sortudos por tê-la ao nosso lado.

, feliz aniversário!
Que este novo ciclo seja ainda mais leve, luminoso e generoso com você.

Te amo ♥️

A ventilação na SDRA nunca foi sobre reproduzir protocolos; sempre foi sobre entender como o pulmão do seu paciente se c...
02/12/2025

A ventilação na SDRA nunca foi sobre reproduzir protocolos; sempre foi sobre entender como o pulmão do seu paciente se comporta agora.

A revisão recente de Chiumello et al. deixa isso cristalino: a era da ventilação protetora “universal” acabou. O que protege hoje é individualização, guiada por mecânica respiratória, fenótipo, idade e recrutabilidade.

A heterogeneidade é o inimigo invisível.
Com o mesmo VC e a mesma PEEP, você pode recrutar um e sobredistender outro.
Sem medir Csr, DP, Esr, R/I Ratio e o efeito real da PEEP, você está ventilando às cegas.

Tudo começa pelo baby lung: quanto menor a área aerada, maior o risco de distensão para o mesmo VC.
Csr baixa é um alerta: “tenha cautela, sou menor do que pareço”.

Daí vem a importância da Driving Pressure (DP): não é um número, é o custo mecânico para expandir o pulmão funcional.
DP alta prediz pior desfecho, mesmo com VC “protetor”.
Se DP sobe, VC deve descer.

A PEEP também mudou de paradigma: não é alta ou baixa, é adequada, e só funciona se houver recrutabilidade.
Curva PxV, EIT, TC e, sobretudo, o R/I Ratio mostram se você está abrindo alvéolos ou apenas sobredistendendo.

O algoritmo fisiológico é simples:
estime o baby lung → titule PEEP pela mecânica → avalie recrutamento → ajuste VC/FR → monitore DP → reavalie sempre.
Pulmões recrutáveis e não recrutáveis seguem caminhos distintos.

No modo assistido, o risco aumenta: ΔPL dinâmica, pendelluft, duplo disparo e esforço muscular excessivo podem transformar uma estratégia protetora em P-SILI.
Assistido só é seguro quando esforço e ΔP dinâmica estão sob controle.

Chiumello ainda reforça 3 moduladores fundamentais:
• Fenótipo inflamatório → pode demandar PEEP maior
• Morfologia focal vs difusa → risco distinto de sobredistensão
• Idosos ≥ 80 anos → DP deve ser ainda mais restritiva (≤ 11 cmH₂O)

No fim, a mensagem é direta:
➡️ Ventilar melhor não é escolher parâmetros, é entender a fisiologia antes de ajustá-los.
➡️ A única ventilação realmente protetora é a personalizada.

A revisão completa já está disponível na minha Comunidade Protagonistas, no Telegram. Acesso gratuito pelo link da BIO.

No último final de semana, quando falei sobre “Cuidar dos músculos ventilatórios da admissão à alta da UTI”, deixei uma ...
02/12/2025

No último final de semana, quando falei sobre “Cuidar dos músculos ventilatórios da admissão à alta da UTI”, deixei uma pergunta para a plateia, e agora deixo para você:

👉 Você realmente faz o necessário para prevenir o declínio funcional dos músculos ventilatórios na sua UTI?

Treinar o músculo fraco é importante.
Mas evitar a VIDD é determinante, e pouca gente sabe como.

Porque a VIDD não nasce do ventilador, mas da forma errada como ele é operado.

E é aí que entram as assincronias que precipitam miotrauma excêntrico, talvez a forma mais subestimada de agressão ao diafragma.

Durante a palestra, mostrei um ponto fisiológico central:

👉 Se o diafragma ativa durante sua fase de alongamento (expiração comandada), ocorre contração pliométrica.
O músculo quer encurtar, mas o ventilador o alonga sob tensão → desorganização sarcomérica, inflamação e queda de força.

E o que dispara essa ativação paradoxal?
1. Reverse trigger
2. Duplo disparo
3. Ciclagem prematura
4. Esforço inefetivo

Por que isso importa?

Porque leva a:
• queda de espessura e força
• desacoplamento neuromecânico
• ↑ trabalho respiratório
• ↑ risco de P-SILI
• + dias de ventilação
• + falhas no TRE
• ↑ mortalidade na UTI

Tudo começa com o que muitos ainda chamam de “curva feia”.

O protagonismo é de quem opera o ventilador.

Assincronia não se resolve sozinha.
Ela é evitada por quem domina:

✔ leitura avançada das curvas
✔ ajuste de Tinsp e critério de ciclagem
✔ titulação do suporte para não suprimir o esforço
✔ eliminação da auto-PEEP
✔ identificação precoce de reverse trigger
✔ sincronização esforço neural × ciclo ventilatório

No fim, é simples:
o ventilador não salva o diafragma, o operador salva.

Compartilhe com quem ainda subestima o impacto das assincronias no desfecho clínico.

Se tem um campo onde atualização não é um detalhe, é a ventilação mecânica, e quando falamos da SDRA, isso é ainda mais ...
30/11/2025

Se tem um campo onde atualização não é um detalhe, é a ventilação mecânica, e quando falamos da SDRA, isso é ainda mais verdadeiro.

Porque aqui, cada escolha, do volume corrente à posição do paciente, do nível de PEEP ao uso de bloqueador neuromuscular, mexe diretamente com o desfecho final. E nada disso pode ser guiado por costume ou tradição.

Só por evidência.

Por isso, separei 8 artigos que julgo de leitura obrigatória, que não são apenas clássicos, mas peças-chave para entender como a ciência construiu (e revisitou) a lógica da VM protetora e onde estamos agora, em 2025:

🔹 ARDSNet (NEJM 2000) – O estudo que fundou a era do VC baixo e mostrou que proteger o pulmão salva vidas.
🔹 Amato et al (NEJM 2015) – A driving pressure como ponte entre fisiologia e mort@lid@de.
🔹 Serpa Neto et al (Crit Care Resusc 2021) – Porque PEEP alta indiscriminada não paga a conta e como migramos para PEEP personalizada.
🔹 Ball et al (Intensive Care Medicine Experimental 2020) – A síntese definitiva pós-ART trial: recrutamento agressivo não melhora desfecho.
🔹 PROSEVA (NEJM 2013) – Prona precoce: uma das intervenções com maior impacto absoluto em mort@lid@de na SDRA.
🔹 Shao et al (BMJ 2020) – Bloqueio neuromuscular: não é rotina; é estratégia seletiva, precoce e curta, no paciente certo.
🔹 EOLIA (NEJM 2018) – Quando a fisiologia chega ao limite: ECMO como resgate em SDRA extrema.
🔹 Li et al (Critical Care 2023) – Estudo fisiológico usando EIT para comparar APRV vs ventilação convencional: APRV aumenta recrutamento dorsal, melhora V/Q e redistribui ventilação com menos heterogeneidade, reforçando a base protetora do modo.

Esses artigos contam uma história clara:
👉 ventilar a SDRA não é “ajustar o ventilador”, é tomar decisões que determinam sobrevida.
👉 o “protetor” não é um modo; é um raciocínio fisiológico orientado por evidências.
👉 e nada disso se sustenta sem leitura, crítica e atualização contínua.

Todos os artigos estarão disponíveis na minha Comunidade Protagonistas no Telegr@m. Acesso gratuito pelo link da BIO.

Em 2025, a discussão sobre drive e esforço inspiratório deixou de ser um detalhe fisiológico e se tornou um determinante...
27/11/2025

Em 2025, a discussão sobre drive e esforço inspiratório deixou de ser um detalhe fisiológico e se tornou um determinante central do cuidado ao paciente crítico.
E o motivo é simples: não basta ventilar. É preciso entender como o paciente tenta ventilar junto com você.

A revisão de Tonelli et al. (Critical Care, 2025) mostrou que os extremos do esforço mudam completamente o rumo clínico:

🔹 Esforço elevado → grandes quedas de pressão pleural, pendelluft dorsal, Vt gerado pelo próprio paciente mesmo sob suporte, maior custo de O₂, risco de P-SILI e deterioração mecânica progressiva.
🔹 Esforço insuficiente → atrofia diafragmática precoce, desacoplamento neuromecânico, fraqueza adquirida na UTI e desmame lento.

O recado é claro: manter ventilação assistida ou espontânea não é aceitar qualquer nível de esforço — é modular esse esforço.

E embora EAdi e ΔPes sigam como padrões-ouro, o artigo mostra como ferramentas acessíveis — P0.1, ΔPocc, PMI, TFdi, ΔPnose, BREF, Vt, EIT e até dispneia — tornam a beira-leito mais inteligente e menos “cegamente assistida”.

A síntese é poderosa:

✔ Drive alto ≠ esforço alto (há dissociação).
✔ Esforço alto nem sempre aparece nas curvas.
✔ Ajustar PEEP e PS = ajustar carga muscular, não só conforto.
✔ Nenhum método, sozinho, resolve.
✔ Tendências > valores isolados: drive e esforço mudam minuto a minuto com assistência, mecânica, ansiedade e metabolismo.

Dominar essas leituras faz você parar de intubar cedo demais ou postergar o inevitável, reduz risco de P-SILI, evita fadiga, identifica sobreassistência e conduz um suporte mais fisiológico.

Esse é o tipo de conhecimento que muda prática, segurança e desfechos.

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A beira-leito agradece.

📚 Tonelli R, et al. Assessing inspiratory drive and effort in critically ill patients at the bedside. Critical Care. 2025;29:339.

A parte mais perigosa da ventilação mecânica, em 2025, não é mais a tecnologia. É o que fazemos com ela.O artigo que ana...
25/11/2025

A parte mais perigosa da ventilação mecânica, em 2025, não é mais a tecnologia. É o que fazemos com ela.

O artigo que analisei neste carrossel mostra uma verdade dura:
até 23% dos pacientes ventilados desenvolvem nova lesão pulmonar, e parte desse dano não vem da doença, vem do ajuste errado do ventilador.

E isso acontece por cinco mecanismos bem documentados:
barotrauma, volutrauma, atelectrauma, biotrauma e, agora, com muita força,
energytrauma, o excesso de energia/minuto entregue ao pulmão (mechanical power).

Quando esses fatores se combinam, surge um cenário que você já viu à beira-leito:
hipoxemia progressiva, complacência despencando, driving pressure disparando, opacificações difusas e a sensação de que “o quadro está piorando”.
Mas nem sempre é a doença.
Às vezes, somos nós.

O artigo reforça algo que venho ensinando há anos:
não basta “ventilar”.
É preciso proteger.

E o que realmente protege?
🔹 Volume corrente guiado por driving pressure < 15 cmH₂O
🔹 PEEP individualizada, nem demais, nem de menos
🔹 Prona precoce e prolongada
🔹 Bloqueio neuromuscular nas primeiras 48h (quando indicado)
🔹 Balanço hídrico conservador
🔹 Sincronia e esforço controlado, para evitar P-SILI

Tudo com comprovação, sem achismo.

Além disso, o artigo já aponta o futuro imediato da prática:
ventilação personalizada pela morfologia pulmonar, PEEP guiada por tomografia de impedância elétrica (atualmente um sonho para maioria de nós), estratégias ajustadas por pressão transpulmonar (outra coisa pouco usual) e mechanical power, e sistemas closed-loop apoiados por IA.

A mensagem central?
VALI é real, previsível e, principalmente, prevenível.
E o profissional que domina esses conceitos entrega mais do que parâmetros corretos:
entrega sobrevivência, segurança e ciência aplicada.

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A decisão que você toma hoje muda sua prática no plantão de amanhã.

👩🏼‍⚕️”PEEP zero na asma é um absurdo!”🤔Eis a mensagem que me enviaram.Perguntei: 🤷🏽‍♂️Por que?A resposta: 😡Porque produz...
23/11/2025

👩🏼‍⚕️”PEEP zero na asma é um absurdo!”
🤔Eis a mensagem que me enviaram.

Perguntei: 🤷🏽‍♂️Por que?
A resposta: 😡Porque produzirá colapso alveolar, atelectrauma e VILI.

Daí questionei:🙋🏽‍♂️Vc aha mesmo que isso ocorrerá em um paciente com HIPERinsuflação dinâmica, AUTO-PEEP considerável, AUMENTO patológico da CRF, com DP elevada por SOBREDISTENSÃO?

🫩Esperei, esperei, por uma resposta…
E ela veio: 😤”Vc e suas modinhas. PEEP 5 é fisiológico.

Aí foi eu que silenciei…
Mas minha vontade era dizer:
Vc precisa estudar “um pouquinho mais”. Sabe de nada inocente!

Quando uma seguidora me enviou direct questionando um post anterior sobre ventilação mecânica na exacerbação da asma aguda grave, expressando que “PEEP zero na asma era absurdo”, até tentei trocar uma ideia.

Mas percebi que seria difícil trocar alguma ideia ali.

No asmático grave, a lógica é tão gritante, mas ainda há uma imensidão de gente que não alcança isso.

Esses pacientes já chegam com hiperinsuflação dinâmica, auto-PEEP elevada e aumento patológico da CRF.
Ou seja: o pulmão já está inflado demais.
Adicionar PEEP externa não “abre alvéolo”; empurra ainda mais ar para um sistema que não consegue esvaziar.

Quando reduzimos a PEEP para zero nesses casos, o que pode acontecer?
• Maior debito aéreo expiratório
* Melhor esvaziamento expiratório
• Maior VC exalado
• Menos sobredistensão
• Menos aprisionamento dinâmico
• Menor risco de colapso hemodinâmico
• Queda real da driving pressure
• Menor risco de VILI

Nada disso é modinha.
É fisiologia pura.

E a propósito: PEEP 5 é fisiológico para quem e por que?

Em ventilação espontânea a pressão ao final da expiração é ZERO.

PEEP 5 pode até ser necessária, mas jamais será fisiológica, necessária ou suficiente.

Devia ter dito para ela aproveitar a BLACK CVFM e se inscrever na minha Formação em Ventilação Mecânica Adulto - A TRILHA e no meu Curso de Fisiologia Pulmonar Aplicada à Terapia Ventilatória com 75% de desconto e acesso VITALÍCIO.

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Quando adulto e pediátrico/neonatal se encontram diante do mesmo desafio — SDRA/PARDS — a fisiologia mostra o quanto ess...
22/11/2025

Quando adulto e pediátrico/neonatal se encontram diante do mesmo desafio — SDRA/PARDS — a fisiologia mostra o quanto esse “mundo dividido” sempre deveria ter sido complementar.

Eu e pegamos a revisão mais recente sobre as novas definições (28/10/25) e ficou claro: entender essas diferenças muda a conduta de verdade — do adulto séptico com P/F 140 ao neonato com IO subindo sob MAP elevada.

Porque SDRA não é rótulo.
É fisiologia aplicada e decisões que salvam.

🔍 O essencial do artigo:
• No adulto (Berlim 2.0), P/F segue central, agora integrando CNAF, S/F e LUS.
• No pediátrico, IO/ISO revelam algo que o adulto não mede: o custo ventilatório (MAP). Isso redefine gravidade, prognóstico e timing de intervenções.

👉 O ponto é simples:
O que cada métrica revela sobre a mecânica, a fisiologia e o risco daquele paciente específico?

📌 Adulto: P/F “ok” pode enganar se PEEP, FiO₂ ou posição mudam.
📌 Pediatria: IO subindo = alerta vermelho, mesmo com P/F estável.
📌 Neonatal: pequenas variações de MAP mudam tudo.

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Porque quem domina ventilação mecânica de verdade cresce, decide melhor e transforma vidas.

📚Acute Respiratory Distress Syndrome Definitions in Adults and Children: A Comparative Narrative Review. Gonzalez-Pizarro, P.; Suarez-Sipmann, F. J. Clin. Med. 2025:14,;7644.

Em um plantão em uma determinada UTI, Ana chamou Paulo e Júlia no posto:“Vamos alinhar as indicações de CNAF, CPAP e Bil...
21/11/2025

Em um plantão em uma determinada UTI, Ana chamou Paulo e Júlia no posto:

“Vamos alinhar as indicações de CNAF, CPAP e Bilevel? Muitos pacientes utilizaram suporte não invasivo nos últimos dias.”

E a revisão começou exatamente como acontece na vida real.

🫀 EAP cardiogênico
Paulo: “CNAF entra quando?”
Ana: “CPAP e Bilevel são primeira linha. CNAF só se não houver tolerância ou para suporte prolongado.”

🫁 IRpA hipoxêmica não EAP
Ana: “CNAF é primeira linha, independentemente de C@V!D ou imunossupressão. CPAP/Bilevel? Sem recomendação clara.”
📚 Maior conforto, menor drive, menor risco de P-SILI.

🔥 DPOC exacerbada com acidose
Ana: “Bilevel é primeira linha absoluta. CNAF só se houver intolerância. CPAP? Não recomendado.”
📚 Evidência sólida: Bilevel reduz intubação e mortalidade.

😴 Pós-extubação
Ana: “Baixo risco: CNAF sugerido.
Alto risco: Bilevel — cardiopulmonares, idosos, obesidade, VM prolongada, etc.”
📚 CNAF + Bilevel alternados reduzem reintubação em alto risco.

E a frase que encerra a HQ, resume o que faz a diferença em 2025:
“Não existe melhor modalidade. Existe o ajuste certo para cada fisiologia.”

Essa clareza muda condução, reduz erro e melhora desfechos.

Leia a revisão publicada em 19 de novembro e que tá citada no último CARD.

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Endereço

Santevie Centro De Saúde E Bem Estar, Rua General Joaquim Ignácio, 830, Empresarial The Plaza, Salas 1507 A 1510
Recife, PE
50070-495

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