02/02/2023
Dr**as? Um problema que os pais sempre postergam pela dificuldade de assumirem suas culpas. Claro que não há só um viés para incluir no rol da culpa dos drogados. Contudo, considerando todas as variantes uma delas se me revela como fundamental: O LIMITE que os pais não souberam dar - ou por soberba ou por incompetência. Esse limite terá ou teria que ser no tempo certo bem dentro do dito popular “é de pequeno que se torce o pepino”. Querer dar limite depois do tempo é perda de tempo. Avalio, salvo engano, que limite de filho deve ocorrer até os 15 anos. Esse “limite” se dá em cima do cotidiano mais simples como:
- responsabilizar os filhos por atribuições rotineiras como arrumar a cama, lavar os pratos, limpar o banheiro;
- determinar hora pra estudar e ver TV, bem como celular;
- dar “incertas” no horário dos filhos estarem dormindo. Se possível não dispor de TV no quarto.
- procurar saber deles, discretamente, acerca dos seus amigos. Interagir, se possível, nas reuniões da escola;
- observar se algum assunto divulgado nas redes sociais desperta interesse acima do normal nos filhos;
- estabelecer hora pra chegar em casa é um bom termômetro no estabelecimento dos limites;
- deixar sempre claro que naquele lar tem comando;
- proibir por proibir é proibido. Deve-se despertar a confiança entre pais e filhos.
- o tempo dos filhos não é o mesmo que o dos pais. Portanto, nunca busque dar aos filhos o que vc nunca teve. Seria, no mínimo, falta de visão de mundo e compreensão dele;
- compete ao pais incumbir os filhos das suas responsabilidades. Algo tipo: ensinar o certo! Mas, se o filho fizer errado assuma as consequências;
- sempre que possível e oportuno os pais devem incutir nos filhos a ideia de família no sentido plural em que os casamentos são diversos e de variadas formas. Insistir no conceito de amor;
- é salutar a convivência entre os pais dos amigos dos seus filhos;
- família não é exército. As orientações devem ser dadas (os limites) de forma subliminar ou mesmo objetivas.
- os pais não devem discutir os problemas dos filhos na frente dos mesmos. Ao desconfiar da possibilidade de um filho está se envolvendo com dr**as pode-se fazer: conversar com os professores, observar o movimento do celular, os cochichos dentro do quarto, a embora no banho, etc.
- os filhos adolescentes tendem a demorar muito no banho. Cuidado que podem estar se comunicando ao celular. Se estiverem se “tocando seu corpo” melhor. Mas não os incomode;
- não passe pro seu filho a ideia de pais carrascos. Os pais devem procurar serem justos, pra poder exercerem melhor o estabelecimento dos LIMITES.
- os pais não devem querer se passar por amigos. Amigos os filhos tem no colégio, na vizinhança, etc.;
São muitos os elementos disponíveis para os pais estabelecerem limites para seus filhos. Isso sem que passem pra os mencionados filhos a ideia de totalitarismo em que “um manda e o outro obedece”. Limites é responsabilidade. Esta não se concebe de dentro pra fora, mas de fora pra dentro. Sempre deixando claro a lógica do direito que termina onde o direito do outro começa.
Assim, sem querer estabelecer “receita” de como se estabelecer, rigorosamente, limites entre pais e filhos f**a claro: OS PAIS QUE DÃO LIMITES AOS FILHOS não pagarão caro por ver filhos envolvido em dr**as. Ou em outros tipos de “droga” como a corrupção, envolvimento em milícias, etc.
Problema é que boa parte dos pais de filhos drogados não fazem um “mea culpa” das sua atitudes equivocadas. Preferem quer dar aos filhos o que não tiveram quando adolescente. Ou não?
Recife, 2/02/23
CSENA