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Fernanda Barradas

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Brasil
Recife, PE
Fernanda Barradas

Assistência humanizada à gestação, parto e puerpério.

* Doula
* Consultora de Amamentação
*

07/02/2024

Isto é a PARTOLÂNDIA. Já ouviu falar dela?

Desencadeada pelas doses de endorfinas do final da fase ativa, muitas parturientes entram num estado alterado da consciência e chegam a falar coisas que até Jah duvida.

Aqui, devido a maior liberação de ocitocina, no geral, as contrações estão mais duradouras, intensas e com intervalos mais curtos. Em resposta - com a finalidade de fazer com que o corpo suporte - hormônios opióides são liberados. Deu pra entender o porquê desse "barato"?

Algumas xing4m, proferem palavrõ3s, outras falam coisas desconexas, dizem que vão m0rrer, umas viram comediantes e muitas nem lembram depois o que fizeram ou falaram. 😂

E você, o que falou ou o que já ouviu de pessoas na PARTOLÂNDIA?

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

06/02/2024

Cesáreas podem ser necessárias, elas existem para salvar vidas.

Quando falamos em nascimento, falamos de um evento onde pouquíssimas coisas são controláveis. O desfecho dele não poderia ser diferente.

Planejar, idealizar é normal e faz parte da nossa natureza, somos seres humanos desejantes. Mas se preparar também para as adversidades, torna o processo mais aceitável, caso a realidade que se apresente seja diferente daquela que se imaginou.

Se por ventura a cesárea se fizer necessária, saiba: você não fraquejou e nada foi em vão. Há beleza no nascer e não é a via quem determina toda potência envolvida.

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

31/01/2024

Nesses quarenta anos de vida, paro e penso em quantos motivos eu tenho para me orgulhar de mim mesma!

Sigo fazendo minha parte, errando em mtos momentos, acertando em tantos outros. Já dizia minha avó: e assim é a vida, e a vida é assim!

Não teria foto mais perfeita para representar meus acertos!

Viva la vida, com todos os seus percalços e suas doçuras! 🎉🧡

Foto:

*Postagem autorizada

15/01/2024

Se tudo estiver acontecendo dentro do esperado, que deixemos a fisiologia acontecer, sem intervir.

Preciso me enxergar como uma intervenção para não cometer o erro do excesso. Saber equilibrar minha presença, uma habilidade que sempre busco lapidar a cada experiência.

Perceber quando e como me aproximar.

Entender, também, quando recuar. Ainda assim, atenta e disponível.

Sentir o momento certo de chegar e o de dar um passo para trás.

Compreender o meu papel para não correr o risco da inconveniência.

Delimitar espaços para não invadir o do outro.

A arte de intuir, de notar, de me comunicar sem verbalizar: aptidões que nunca deixarei de exercitar.

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

08/01/2024

D0r, cada pessoa vai sentir de uma forma, cada uma tem seu limiar. A do parto, só teremos noção quando passarmos por ela. Não dá pra se basear nas outras d0res que já sentimos na vida.

➡️ Ouço muito:

"Sou resistente à d0r, faço tatuagens sem problemas."

"Aguento cólicas menstru4is fortíssimas e não reclamo."

➡️ Há também quem pense o contrário:

"Sou mole demais, acho que não aguentaria a d0r do parto."

"Vou tentar parto normal, mas sei que vou pedir logo analgesia."

A d0r do parto é real, ela existe, sim. Mas a verdade é que só saberemos como reagiremos no dia.

✴️ Meu conselho é:

Nunca se baseie na experiência de parto de ninguém, nem nas suas próprias. Você pode parir 10 vezes, todas as 10 serão diferentes. Inclusive a d0r que sentirá em cada uma delas.

Prepare-se para o parto, estude muito. Ter seu parto r0ubad0 pode d0er mais do que as d0res das contrações.

Tentar não controlar o que a gente não consegue, por mais difícil que seja. Nosso costume de manter as rédeas sempre em nossas mãos pode dificultar o processo.

Uma coisa é certa, só podemos mensurar a d0r do parto no dia que ela chegar. Antes disso, são apenas especulações e expectativas.

A exemplo desta foto, as d0res que a parturiente sentia no início da fase ativa eram nas pernas. Algumas sentem na lombar, outras no pé da barriga, no osso púbico, etc. Sem contar que elas vão mudando conforme as fases também mudam. 😉

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:
Autorizada por 🧡

04/01/2024

Se você terminou numa cesárea, saiba: tudo o que foi vivido até lá, não foi em vão.

Ter dialogado, se informado, se planejado para o parto normal, não foi em vão.

Ter investido numa doula, numa equipe para tua assistência, não foi dinheiro jogado, não foi em vão.

Ter aguardado o trabalho de parto iniciar, não foi em vão.

Ter passado por uma fase latente mais demorada, não foi em vão.

Ter sentido a intensidade da fase ativa, não foi em vão.

Viver a partolândia, perder o controle, pensar em desistir e voltar atrás, não foi em vão.

Se precisou passar por uma indução, não foi em vão.

Ter passado por cada contração desafiadora, não foi em vão.

Tudo o que foi vivido, cada escolha, tenha certeza, valeu a pena.

Não há jogo perdido e não é um desfecho contrário ao que você desejou, que vai tirar o fato de que você é a potência que é.

Acredite, nada foi em vão.

*Davi foi um bebê pélvico. A versão cefálica externa estava agendada, mas, dias antes, Paulinha entrou em trabalho de parto com bolsa rota (o que contraindica a VCE) e o desfecho mais seguro para eles foi a cesárea. Foi um dos nascimentos mais emocionantes que pude presenciar. 🧡

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

03/01/2024

Quando sou acionada para assistir um nascimento, desapego do celular e me dedico àquela assistência.

Claro, não posso esquecê-lo completamente (até queria) porque têm outras gestantes que podem precisar de mim. Nesses casos, quando há algo mais urgente, meu combinado com elas é: me liga, não manda mensagem no WhatsApp. E sempre saio da sala de parto ou da cirúrgica para fazê-lo.

Acho que isso deveria ser aplicado não somente para os profissionais da assistência, mas aos acompanhantes, também. Celular faz barulho, tem luzes, nos tira a atenção. Atenção que aliás deveria ser depositada com foco em quem está tentando parir ou vai passar por uma cesárea.

Que saibamos nos dedicar - profissionais e acompanhantes - com inteireza ao que fomos destinados a fazer. Que foquemos unica e exclusivamente ao que importa.

*Flagra de uma dessas horas em que eu não pude deixar de retornar a chamada.

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

23/12/2023

O trabalho de parto e suas nuances.

D0r, gritos, gemid0s, vocalizações, suor, calor, frio, fluidos corporais, c0cÔ. Por vezes, náuseas, vÔmit0s, choro.

Você está preparada para viver isso? E seu acompanhante de parto, também tem essa ciência?

Vocês têm assistido somente vídeos editados de parto, onde cenas como esta da foto são excluídas ou também acessam registros mais realistas?

Sim, tudo isso faz parte e precisamos mostrar mais esse contexto.

É necessário saber sobre o que pode-se enfrentar. Ao mesmo tempo, entender que tudo isso faz parte do processo natural que trará vida, nascimento e não s0friment0.

Por mais retratos reais como este.

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

21/12/2023

Você achou que o s**o amniótico era constituído de apenas uma camada? 🤔 Enganou-se. 😁

Com a função de proteger o feto contra traumas ocasionados por impactos mais fortes, o s**o amniótico possui DUAS membranas. O âmnio (membrana interna que contém o líquido amniótico) e o córion (membrana externa).

A foto 2 mostra bem. Arrasta pro lado. 👉🏼

Incrível, né? 😊

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto 1:
Foto 2:

12/12/2023

Sim, é possível parir após ter passado por uma ou mais cesáreas.

Brenda, mãe dessas 5 crianças da foto, é exemplo disto: teve 3 partos normais após 2 cesáreas.

"Uma vez cesárea, sempre cesárea". Certamente, você já deve ter ouvido essa frase. Mas não, não é bem assim. O parto vaginal após cesariana (VBAC) é possível, sim.

A maior ameaça de um VBAC é a rotura uterina, que é quando o útero se rompe - normalmente na cicatriz da cesariana anterior - e pode causar danos. Hipóxia fetal e hemorragia são alguns deles.

E o que dizem as evidências?

➡️ Para pessoas que já tiveram uma cesárea anterior, o risco do útero romper é bem baixo: aproximadamente 0,1 a 0,2%.

➡️ Para as que têm 2 cesáreas anteriores sobe para 0,6%. Ainda assim, um número considerado baixo.

➡️ Para as que se submeteram a 3 cesáreas, aumenta para 2,5%. Mesmo baixo, há que se discutir com a equipe de assistência sobre tal risco.

Individualizar cada caso é preciso.

Não tem como prever a rotura uterina e, mesmo com baixos riscos, ter uma assistência vigilante e preparada é obrigatoriedade.

O VBAC é possível e o que você mais precisa para consegui-lo é ter por perto profissionais atualizados, atentos, que te mostrem as reais ameaças e que banquem contigo e teu desejo, dentro das possibilidades.

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto via:

11/12/2023

Como já havia dito algumas vezes aqui, bebês nascem roxo.

O útero tem baixa oxigenação e o feto ficou sob essas condições, em média, nove meses. Somente alguns segundos depois que nasce, quando seus pulmões enchem de ar e seu sangue começa a oxigenar, é que a cor da sua pele vai estabilizando. Cada recém-nascido terá seu tempo de transição.

Sabendo disso - mesmo considerando que cada bebê tem seu tempo - você arriscaria dizer qual o gêmeo número 1? O da direita da mulher ou o da esquerda? 🤔

Na segunda foto podemos observar os dois com a cor da pele estabilizada. 😊

Texto: Nanda Barradas .doula
Foto:

06/12/2023

Costumamos comparar as contrações com ondas. 🌊

Elas vêm, vão ficando mais intensas, alcançam o pico e, na sequência, a dor vai declinando.

É o pico - que dura alguns segundos - o momento mais desafiador.

Saber que as contrações são intermitentes (há intervalos entre elas) pode nos ajudar a lidar com a dor. Ao final de cada onda, haverá sempre uma pausa para descansar e se preparar para a próxima que virá.

Agora, vem cá que eu vou te propôr um exercício: imagine que você está numa praia caminhando ao encontro do mar. Chega à beira dele e, aos poucos, vai adentrando. Você ainda consegue ver seus pés. Quando não dá mais, levanta sua vista e se depara com ela: a onda. Ficar ali parada ou simplesmente virar as costas na tentativa de fugir, não é o mais inteligente. Um caldo seria certeiro, né mesmo? Logo, você para, respira, mergulha, deixa que ela venha e passe sem te arrastar. Permanece algum tempo lá embaixo, até que percebe que ela já não está mais ali. Levanta, encontra a superfície, olha para trás e vê que ela se foi. Respira e se prepara para o próximo mergulho, para a próxima onda que virá.

Lembre-se: nesse percurso, cada contração vencida é uma a menos. Cada onda que se vai, traz seu filho pra mais perto de você, do seus braços. 🌊😉

* Na sequência de fotos (autorizadas) conseguimos perceber essa dinâmica - subida, pico, declínio e descanso.

Texto: Nanda Barradas .doula
Fotos: .frias_

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