08/01/2024
“Filho não planejado significa que a vida sabia do que você eu precisava antes mesmo que eu soubesse”. Essa frase me marcou quando estava grávida do Valentim.
Eu tinha 23 anos, terminando a faculdade e noiva, cheia de expectativas sobre a vida e nenhuma delas envolvia um bebê. E mesmo assim, lá estava eu sentada no banheiro da casa de uma amiga com um positivo nas mãos.
Passei várias noites com a mão no ventre, os pensamentos voando, os cenários futuros se moldando e se encaixando. Foi difícil, nem sei dizer quantas dessas noites eu chorei tanto que cobria meu rosto com o travesseiro para ninguém saber que eu estava sofrendo. Afinal, já era difícil demais sentir que eu tinha “estragado tudo”, não queria ter que admitir isso aos outros também.
Conforme a barriguinha crescia eu continuava estudando, terminando meu TCC, concluindo meus estágios da faculdade e percebendo que até ali estar grávida não tinha mudado de fato minha vida. Foi quando o sentimento de perseverança se instalou em mim e comecei a pensar que teria um filho, me formaria, iria dedicar alguns anos da minha vida para esse bebê, mas isso não significava que eu iria guardar meu diploma na gaveta e passar o resto da vida lamentando pelo futuro que eu poderia ter tido. Conclui a faculdade, colei grau me sentindo realizada e enorme, rs, nem a barriga me impediu de usar um salto 15 🙃.
E não é que a vida sabia mesmo do que eu precisava antes mesmo de eu saber?!
Ser mãe me trouxe clareza na profissão, me fez uma mulher mais forte, madura e resiliente. Me salvou do abismo de viver só por mim, trouxe significados maiores para minha vida, me deu a família da qual eu agradeço a Deus todos os dias por ter.
Faz apenas 4 anos que me tornei mãe e já fiz tanto profissional e pessoalmente, meu filho não me impediu de nada, muito pelo contrário, ele me trouxe clareza de quais caminhos seguir, me ajudou a fazer escolhas mais assertivas e me fez uma pessoa melhor.
Certo dia minha irmã mais velha me disse que a maternidade me caiu bem, e não é que cai mesmo!
Me conta aqui nos comentários, o que seu filho(a) fez por sua vida?