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Dr. Paulo Sadala, Avenida Itatiaia 427, Ribeirão Prêto (2025)

30/11/2025

Elamipretide (SS-31): o que é e por que está chamando atenção?

🔬 O que é?
Elamipretide, também chamado de SS-31, é um peptídeo desenvolvido para agir diretamente nas mitocôndrias, as “usinas de energia” das células.

⚙️ Como age?
• Liga-se à cardiolipina, um lipídio essencial da membrana mitocondrial.
• Estabiliza a estrutura da mitocôndria.
• Reduz estresse oxidativo.
• Aumenta a produção de ATP (energia celular).
• Protege contra danos relacionados ao envelhecimento ou a doenças mitocondriais.

💊 Para que serve hoje?
Em 2025, a FDA aprovou o elamipretide para tratar a síndrome de Barth, uma doença rara marcada por fraqueza muscular e disfunção mitocondrial.

🚀 E no futuro?
Pesquisas sugerem potencial para:
• Outras doenças mitocondriais
• Doenças cardíacas
• Neuroproteção
• Estratégias de longevidade e saúde celular

⚠️ Pontos de atenção:
• Muitas indicações ainda estão em estudo.
• Custo elevado e uso via injeção.
• Eficácia a longo prazo ainda precisa ser confirmada

Quer saber mais sobre esse peptídeo ??? Marque sua consulta

29/11/2025

Treino em 2 períodos . Na areia e depois treino de força e resistência
Obrigado e

24/11/2025

CREATINA na perimenopausa e menopausa. O que diz o estudo CONCRET-MENOPA publicado recentemente???

✅O que a ciência atual diz:
1.Há uma revisão importante: Creatine Supplementation in Women’s Health: A Lifespan Perspective-
✔️Nessa revisão, os autores destacam que as mulheres têm entre 70-80% menos creatina armazenada que os homens, o que faz a suplementação particularmente relevante para várias fases da vida feminina, inclusive a perimenopausa e a pós-menopausa.
2. Estudo recente (2025) com creatina HCl / éster
✔️Um estudo recente (CONCRET-MENOPA 2025) avaliou 36 mulheres perimenopáusicas ou menopáusicas, randomizadas em 4 grupos:
• creatina hydrochloride (HCl) baixa dose (750 mg/dia)
• creatina HCl média (1.500 mg/dia)
• creatina HCl + creatina éster etílico (CEE) (800 mg/dia)
• placebo
• Duração: 8 semanas.
• Resultados principais:
• A dose média de creatina HCl (1.500 mg/dia) melhorou tempo de reação em te**es cognitivos.
• Aumentou os níveis de creatina no cérebro (medido por espectroscopia).
• Mudanças favoráveis nos lipídios sanguíneos (perfil lipídico).
• Redução da severidade das oscilações de humor na dose média de HCl.
• Esses achados são importantes porque sugerem efeitos cognitivos e metabólicos da creatina, mesmo sem necessidade estrita de treino de força para esses benefícios.
3. Mecanismos possíveis
• A creatina pode ajudar a manter a massa muscular quando os níveis de estrogênio caem — porque o hormônio tem papel na manutenção de músculos e ossos.
• No cérebro, a creatina pode dar mais “reserva energética” para neurônios, ajudando em função cognitiva (memória, processamento).
• Para a saúde óssea: se combinada com exercício resistido, pode potencializar ganhos ósseos, porque musculatura mais forte “puxa” mais no osso, estimulando a remodelação.

✅Conclusão prática (com base no que se sabe até agora)
• A creatina parece ser uma intervenção promissora para mulheres na perimenopausa / menopausa, sobretudo para melhorar função cognitiva, humor, e também para preservar massa muscular e densidade óssea.

21/11/2025

Emagrecer pode subir a testosterona mais do que o próprio uso de dela ?

Isso acontece porque existe um ciclo metabólico entre obesidade, inflamação e queda hormonal — e é esse ciclo que precisa ser tratado.
A obesidade provoca uma sequência de alterações hormonais e inflamatórias:
aumento da massa gorda e da gordura visceral, redução da massa muscular, resistência à insulina e maior atividade da aromatase.
Tudo isso culmina em um quadro chamado hipogonadismo secundário relacionado à obesidade (MOSH).
A boa notícia é que esse ciclo pode ser revertido.

✅O que fazer ?
A) Estilo de vida — dieta e exercício físico são a base do tratamento para obesidade e
MOSH.
B) GLP-1 e GLP-1 + GIP (Wegovy ®
Mounjaro ® ) - demonstram melhora da testosterona e da qualidade do es***ma, embora ainda faltem estudos de longo prazo.
C) Cirurgia bariátrica - melhora os níveis hormonais e a testosterona circulante, mas pode reduzir a concentração espermática.
Os estudos também mostram que a perda de peso melhora marcadores metabólicos, inflamação e eixo hormonal - e, em vários cenários, sobe a testosterona mais do que o uso isolado de testosterona.

Em apenas 2 meses de tirzepatida, por exemplo, houve redução de peso, redução de gordura corporal, aumento de massa magra, melhora da compulsão alimentar e aumento de LH, FSH, SHBG e testosterona total, livre e biodisponível.

O futuro é cardiometabólico.
A perda de peso melhora os hormônios e o metabolismo — mas ainda não sabemos exatamente se o ganho reprodutivo vem da perda de peso em si ou do tipo de tratamento.
A ciência aponta para um novo paradigma:
Cuidar da fertilidade masculina é cuidar da saúde metabólica.
E personalização, acompanhamento e estilo de vida são tão importantes quanto o uso do medicamento.

17/11/2025

"Níveis Suprafisiológicos de Anabolizantes: Os Riscos Reais”

O que níveis suprafisiológicos de anabolizantes podem causar?

1-Colapso hormonal
• Supressão quase total da testosterona natural
• Atrofia testicular
• Infertilidade
• Possível hipogonadismo prolongado

2-Riscos cardiovasculares graves
• LDL ↑ e HDL ↓ intensamente
• Aterosclerose acelerada
• Risco elevado de infarto, AVC e arritmias
• Aumento do hematócrito → sangue mais viscoso

3-Danos hepáticos
• Hepatotoxicidade severa
• Colestase e icterícia
• Adenomas hepáticos
• Raramente carcinoma

4-Saúde mental afetada
• Irritabilidade extrema (“roid rage”)
• Impulsividade e episódios de mania
• Ansiedade marcada
• Depressão profunda na retirada

5-Danos renais
• Lesão renal aguda ou crônica
• Glomeruloesclerose
• Aumento de pressão arterial

6-Efeitos físicos intensos
• Acne severa
• Queda acelerada de cabelo
• Estrias profundas
• Maior risco de rupturas tendíneas

✅Conclusão

Doses altas ≠ mais saúde.
O dano pode ser rápido e irreversível.

Níveis suprafisiológicos de anabolizantes elevam drasticamente os riscos para coração, fígado, rins, eixo hormonal, saúde mental e estrutura física.
A longo prazo, podem causar infertilidade, depressão, arritmias, lesão hepática e danos permanentes.

Lembre : " o corpo perfeito NÃO é saudável"

14/11/2025

A relação entre obesidade e coenzima Q10 (CoQ10) é bem interessante e envolve aspectos metabólicos, inflamatórios e energéticos.

🧬 1. O que é a Coenzima Q10

A CoQ10 (ou ubiquinona) é uma substância natural presente em todas as células, essencial para:
• Produção de energia (ATP) nas mitocôndrias
• Ação antioxidante, protegendo as células do estresse oxidativo

⚖️ 2. O que acontece na obesidade

Pessoas com obesidade costumam apresentar:
• Maior estresse oxidativo (excesso de radicais livres)
• Inflamação crônica de baixo grau
• Disfunção mitocondrial (menor eficiência na produção de energia)

Esses fatores aumentam o consumo e reduzem os níveis circulantes de CoQ10.

📉 3. Níveis de CoQ10 em pessoas obesas

Estudos mostram que:
• Indivíduos com obesidade tendem a ter menores concentrações plasmáticas e teciduais de CoQ10, mesmo após corrigir pelo peso corporal.
• Essa deficiência relativa está ligada à resistência insulínica, fadiga, e aumento do risco cardiovascular.

💊 4. Suplementação de CoQ10 e obesidade

Alguns estudos apontam que suplementar CoQ10 pode trazer benefícios:
• Melhora da sensibilidade à insulina
• Redução de marcadores inflamatórios (como TNF-α e IL-6)
• Aumento da capacidade antioxidante

Diante disso , a CoQ10 pode potencializar os efeitos dos agonistas GLP-1 (Tirzepatida, Semaglutida). O benefício é metabólico e celular, não estético.

E você faz suplementação de Coenzima Q10 ?

12/11/2025

O momento certo é importante ...

Quando começar a terapia hormonal na perimenopausa ou menopausa? Isso pode mudar completamente o futuro da saúde da mulher.
Um novo estudo (retrospectivo e com todos os vieses de um estudo desse tipo, mas que sempre gera hipóteses) apresentado na Menopause Society's Annual Meeting 2025 em Orlando trouxe dados impressionantes sobre o que chamamos de "Timing Hypothesis", a hipótese do tempo.
Segundo a pesquisa, o momento de início da terapia faz toda a diferença.
Mulheres que iniciaram o uso de estrogênio até 10 anos antes da menopausa tiveram redução de cerca de 60% no risco de câncer de mama, infarto e AVC, em comparação com quem começou depois ou nunca usou.
Ou seja, quanto antes o tratamento for iniciado, na janela certa, maiores os benefícios e menor o risco.
O tempo certo é mais do que detalhe, é estratégia clínica.

Claro, a terapia hormonal não é igual para todas.
Deve ser individualizada, respeitando histórico, sintomas e objetivos de cada mulher.
E se você está na faixa dos 40, a conversa sobre perimenopausa deve começar agora.
Porque estudos como esse mostram que quando o assunto é saúde feminina, o tempo importa e muito.

11/11/2025

🚨🚨🚨O MAIS IMPORTANTE do CONGRESSO
Estudo GoFresh Randomized Clinical Trial (GoFresh) — denominado “Groceries for Black Residents of Boston to Stop Hypertension”

✅Principais aspectos do estudo
• O objetivo do estudo era avaliar se a entrega de mantimentos em casa, organizados segundo o padrão DASH diet (Dietary Approaches to Stop Hypertension) com aconselhamento dietético, reduziria a pressão arterial (PA) em adultos negros vivendo em comunidades com escasso acesso a supermercados (“food deserts”).
• Foi realizado em Boston (EUA), incluindo 180 participantes autodeclarados negros, idade média ~46 anos, PA sistólica entre 120 e

10/11/2025

🚨🚨🚨Estudo DECAF
A relação entre consumo de café e arritmias, principalmente fibrilação atrial (FA), é bastante controversa. Enquanto alguns estudos, na maioria observacionais, mostram relação de aumento de arritmias com o consumo de café, outros mostram redução da sua ocorrência.

Assim, foi feito um novo estudo com objetivo de tentar esclarecer esta dúvida, o DECAF, apresentado no segundo dia do congresso da American Heart Association.

✅Métodos do estudo e população envolvida

Esse estudo incluiu pacientes com pelo menos 21 anos, FA sustentada, cardioversão elétrica planejada, consumo de, pelo menos, uma xícara de café por dia nos últimos cinco anos e capacidade de suspender o consumo do café.

Os pacientes foram randomizados para manter o consumo de, pelo menos, uma xícara de café por dia ou para permanecerem abstinentes da bebida e de produtos que continham cafeína.

O desfecho primário era recorrência clínica de FA ou flutter atrial por pelo menos 30 segundos após 6 meses e os desfechos secundários eram recorrência separada de FA ou flutter atrial e ocorrência de eventos adversos como MACE, procura ao pronto socorro, internações e morte.

✅Resultados

Foram randomizados 100 pacientes para cada grupo. No grupo consumo de café, a idade média era de 68,2 anos, 76% eram do s**o masculino, 74% eram brancos, 9% tinham doença coronária. Já no grupo abstinência de café, a idade média era de 70,4 anos, 65% eram do s**o masculino, 85% brancos e 16% tinham doença coronária.

Ao se avaliar o desfecho primário, pacientes que mantiveram o consumo de café tiveram risco de recorrência de arritmia em seis meses 39% menor, com HR 0,61 (IC95% 0,42-0,89) e p=0,01. Os resultados foram semelhantes para as análises secundárias e consistentes para a maioria dos subgrupos.

✅Comentários e conclusão

O estudo é bastante interessante, mas com um número limitado de pacientes, sendo uma dificuldade relatada conseguir pacientes que relatassem ter consumido café .

Apesar disso, esse estudo sugere que o consumo do café resultou em menor ocorrência de FA e flutter comparado a abstinência à substância.

10/11/2025

Mais um estudo do congresso americano de cardiologia 2025 (AHA 2025 )

O estudo “Short Dual Antithrombotic Therapy after PCI in Patients with Atrial Fibrillation: OPTIMA-AF trial”

• Em resumo: em pacientes com fibrilação atrial (FA) que passaram por intervenção coronária/percutânea (PCI) com stent, o braço de 1 mês de terapia dupla (um anticoagulante oral + inibidor de P2Y₁₂) seguido de apenas anticoagulante por 11 meses foi comparado ao braço de 12 meses de terapia dupla antes de passar para monoterapia.
• Resultados principais:
• Composto de óbito, infarto, trombose de stent, AVC ou embolia sistêmica: 5,4 % no grupo de 1 mês vs 4,5 % no grupo de 12 meses. Foi atendido o critério de não-inferioridade.
• Sangramentos maiores ou clinicamente relevantes (critério International Society on Thrombosis and Haemostasis): 4,8 % no grupo 1 mês vs 9,5 % no grupo 12 meses.
• O estudo foi conduzido no Japão, em 75 centros, com mais de 1.000 participantes (≈1.100) entre outubro de 2019 e setembro de 2024.

⚠ Limitações & considerações
• A taxa de eventos foi menor do que o esperado quando o estudo foi planejado — isso limita um pouco a firmeza das conclusões.
• População do estudo: predominantemente pacientes japoneses (o que pode limitar generalização para outras regiões).
• Apenas ~20 % mulheres no estudo — atenção à aplicabilidade para mulheres.

🔍 Conclusão

Parece que a estratégia de encurtar a duração da terapia dupla antitrombótica para 1 mês em pacientes com FA que receberam stent pode ser tão eficaz quanto duração de 12 meses, com menor risco de sangramento .

10/11/2025

Medicação para colesterol 🚨
Estudo VESALIUS-CV teve como foco avaliar o impacto de Evolocumabe (marca Repatha) — um inibidor da PCSK9 — em pacientes que têm alto risco cardiovascular, mas que não haviam tido previamente infarto do miocárdio ou AVC.
Ou seja: tratamento de prevenção primária (ou prevenção de primeiro evento), e não apenas secundária (já com evento prévio).
Além disso, todos os participantes estavam em utilização de terapias para baixar colesterol já otimizadas (estatinas, etc) antes da randomização.

Desenho do estudo
• Tipo: ensaio clínico fase 3, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
• População: mais de 12.000 pacientes (≈12.257 em um reporte) com doença aterosclerótica ou diabetes de alto risco, sem infarto ou AVC prévio.
• Critérios de inclusão principais: LDL-C ≥ 90 mg/dL ou não-HDL-C ≥ 120 mg/dL ou ApoB ≥ 80 mg/dL; uso otimizado de terapia de redução de lipídios.
• Intervenção: Evolocumabe 140 mg via subcutânea a cada 2 semanas ou placebo + terapia de base.
• Seguimento mediano: ~4,5 anos (≈4,6 anos em alguns relatórios)
• Endpoints primários (duais):
1. Morte por doença coronariana + infarto do miocárdio + AVC isquêmico (composite 3-pontos)
2. O anterior + revascularização arterial guiada por isquemia (composite 4-pontos)

Principais resultados
• Na população randomizada (~12.257): idade mediana ~66 anos, cerca de 43% mulheres.
• Redução do risco:
• No endpoint de 3 pontos: risco reduzido em ~25% com evolocumabe vs placebo (HR ~0,75).
• Segurança: não foram observados novos sinais de segurança relevantes além do já conhecido para evolocumabe.

Implicações clínicas
• Este estudo fornece evidência de que, mesmo em pacientes que ainda não tiveram evento cardiovascular maior (infarto ou AVC), a adição de evolocumabe a terapia padrão pode reduzir o risco de primeiro grande evento.
• Reforça a importância de uma meta agressiva de LDL-C, talvez visando níveis próximos de ~40-45 mg/dL em pacientes de risco elevado.
• Abre caminho para que a indicação de inibidores de PCSK9 (como evolocumabe) seja considerada antes de um evento, não só após.

09/11/2025

Publicado ontem na revista New England ( uma das mais importantes do mundo ) o resultado do estudo PISCES Trial que avaliou a suplementação de óleo de peixe (ômega-3) em pacientes em hemodiálise e encontrou redução significativa em eventos cardiovasculares.
Lembrando que pacientes dialiticos são de ALTO RISCO para eventos cardiovasculares

Principais achados
• Foram incluídos ~1.228 pacientes em hemodiálise.
• Suplementação com ~4 g/dia de ácidos graxos n-3 (1,6 g de EPA + 0,8 g de DHA, conforme o relato) vs placebo.
• O desfecho primário (composto de eventos cardiovasculares graves) teve taxa de ~0,31 por 1.000 dias-paciente no braço ômega-3 vs ~0,61 por 1.000 dias-paciente no placebo → hazard ratio ~0,57 (95% CI 0,47-0,70; p

Dr. Paulo Sadala

30/11/2025

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