05/03/2021
Hoje vou começar uma série sobre diagnósticos psiquiátricos infantis. E o primeiro que falarei aqui é sobre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção). Hoje ele é considerado o transtorno mais comum na infância e na adolescência, com prevalência estimada de 3 a 5%. Definido como transtorno neurobiológico, tem início na infância e pode ou não acompanhar na vida adulta.
Muitos adjetivos são usados para descrever pessoas com TDAH de forma errônea, como “avoado”, “estabanado”, “preguiçoso”, “relaxado”. É fundamental destacar que a pessoa não tem intenção o culpa. É muito comum atender pais que se queixam da criança ter dificuldade em acompanhar a escola mas que é ótima em jogar videogame, por exemplo. Ou que se comporta bem em certa situação social, e em outras não para quieto. Isso reflete muito a característica do transtorno de que a pessoa foca em situações que geram mais prazer, que são agradáveis, e isso não é intencional.
Os sintomas mais característicos são relacionados a:
- Desatenção
- Inquietude
- Impulsividade
Dentro do quadro, podemos descrever e:
Predominantemente Desatento: são os pacientes que apresentam dificuldade maior de se concentrar, organizar atividades, seguir instruções e costumam pular de uma atividade para outra sem acabar. Tem dificuldade a se aterem a detalhes – o que pode levar a prejuízos escolares, por exemplo.
Predominantemente Hiperativo: são os pacientes que tendem a serem inquietos agitados e falarem muito. Costumam ser mais impacientes, agirem sem pensar e não conseguirem aguardar sua vez de falar. São facilmente descritos como os que importam em sala de aula, e com dificuldade em respeitar regras impostas.
Gostaram do conteúdo? Semana que vem falarei mais a respeito do tratamento multiprofissional para esse transtorno