01/12/2025
Eu nunca tinha corrido antes de janeiro deste ano. Nunca foi parte da minha rotina. Não era um esporte que eu acompanhava, nem algo que eu imaginava fazer. Em janeiro, eu simplesmente decidi tentar, sem compromisso, sem meta, sem pressa.
No começo, era difícil. Os famosos 5 km pareciam impossíveis. Eu ia devagar, parava, voltava a caminhar. Meu corpo ainda não entendia aquele movimento.
Aos poucos (bem aos poucos) fui criando ritmo. Fui ganhando fôlego, confiança, paciência. Até que um dia cheguei nos 5 km. E aquilo me deixou tão feliz que me inscrevi, em junho para a minha primeira corrida, seriam 8 km em outubro.
Comecei a treinar com mais frequência para chegar nos 8 km. E foi aí que a chave virou. A corrida, que tinha começado como hobby começou a ganhar cara de obrigação. De responsabilidade. De mais uma meta para cumprir.
Eu sei que para muita gente que corre 8 km pode parecer pouco. Mas pra mim era muito. E quando a corrida passou a ocupar o mesmo lugar de produtividade e cobrança que tantas outras áreas da minha vida, entendi que precisava colocar o pé no freio.
Foi a melhor coisa que eu fiz.
Voltou a ser leve.
Voltou a ser minha.
E eu consegui terminar os 8 km!
Em novembro fiz outra corrida, dessa vez de 10 km. Foi mais desafiadora que a de 8, mas eu consegui. E consegui de um jeito que fez sentido pra mim: respeitando o meu corpo e o meu ritmo.
Hoje, a corrida segue sendo meu hobby. Meu jeito de organizar a mente, de me conectar comigo, de viver algo que é só meu.
E eu sigo lembrando que nem tudo precisa virar performance. Que coisas boas podem continuar sendo só coisas boas.
Percebi que o problema não era correr, era a forma como eu me relacionava com isso. E no fundo, você save que eu não estou falando só sobre corrida!