Psicóloga Mariana Gil

Psicóloga Mariana Gil Psicóloga atendendo online ou presencialmente em Ribeirão Preto - SP.

Não é muito meu tipo de post, mas julguei necessário um grau de objetividade pra falar disso aqui 😌HahahahaFeliz ano nov...
03/01/2023

Não é muito meu tipo de post, mas julguei necessário um grau de objetividade pra falar disso aqui 😌
Hahahaha
Feliz ano novo de novo, pessoal! ✨🥹♥️

Nós temos superstições sobre nós mesmos.Provavelmente em algum momento da nossa infância ou adolescência alguém disse qu...
07/12/2022

Nós temos superstições sobre nós mesmos.
Provavelmente em algum momento da nossa infância ou adolescência alguém disse que a gente tinha que ser assim ou assado, ou elogiou a gente por alguma coisa, ou a gente percebeu (na nossa inocência infantil não tão consciente assim) que se comportar de uma determinada forma fazia com que um conflito fosse evitado, uma bronca, uma perda de afeto.
A gente só recebia carinho quando “se comportava bem” ou acertava alguma coisa ou não colocava um limite ou oferecia ajuda pro pai.
Enfim, muitas possibilidades.

Mas como muitas coisas na vida, a gente leva isso a sério demais e vai levando pra vida sem se dar o benefício de TESTAR, de novo e mais tarde, se realmente é isso mesmo.
Se é só assim que eu vou ser amada.

E então é desse jeito que se cria essa “superstição”, assim como passar embaixo de uma escada te fará ter anos de azar, colocar limites vai fazer com que as pessoas deixem de gostar de você.
Sem saber se essa correlação é verdadeira. Se existe mesmo uma relação de causa.
A gente não passa embaixo da escada porque VAI QUE, né?

Mas aí pode acontecer de descobrirmos que a coisa que a gente ACHA que é o que faz as pessoas gostarem de nós, é justamente a mesma coisa que nos impede de criar vínculos íntimos e reais com as pessoas.
Porque a gente simplesmente sente que não tá sendo gostado de verdade.
Porque continuar agindo de acordo com a nossa superstição nos faz sentir que é só assim que a gente recebe afeto, e ao mesmo tempo que se não fosse por isso não receberíamos, ou seja, o quão real esse afeto é?

Deixar a superstição de lado e resolver testar a realidade não é fácil. É bem desafiador, na verdade.
Porque a gente se arrisca a perder, sim, algumas relações nesse caminho. Pode ser que de fato alguns “vínculos” só estejam sendo mantidos porque somos solícitos, agradáveis, sempre disponíveis…
Mas é esse o tipo de conexão que a gente quer? Isso faz sentido?
Então a gente respira fundo e se prepara pra passar por baixo da escada.

“Olha, eu já tô no fundo do poço e ainda por cima fico cavando”, é o que ela me diz.“Claro, o fundo é o único lugar de o...
29/11/2022

“Olha, eu já tô no fundo do poço e ainda por cima fico cavando”, é o que ela me diz.
“Claro, o fundo é o único lugar de onde dá pra cavar”, é o que eu respondo.

Antigamente dizíamos algo como “curtir a fossa”. Já estou triste, aí coloco músicas mais tristes ainda e fico pior. “Pior”.
Cavar tem lá sua importância.
Se você estiver do lado de fora, lá em cima, ao ar livre, cavar f**a quase impossível; ou você precisa de uma pá com o cabo grande demais. Ou você não tem nem tempo e não quer parar pra fazer isso, tem outras coisas pra se preocupar (coisas melhores).
Do fundo é que se cava.

E cavar pode ser tentar entender algumas coisas.
Tentar entender onde é que tá o problema, afinal de contas.
Tentar voltar lá atrás e resgatar situações em que chegou num fundo do poço parecido.
Pensar onde é que eu posso estar me prejudicando, em que lugarzinho eu posso estar errando que me traz até aqui.
Ou se eu não tô errando em nada e são coisas da vida, cavar pode ser se permitir sentir o que tiver pra sentir até o talo, e aí subir de novo depois pra respirar novos ares, quase uma nova pessoa.

As pessoas dizem, por exemplo, que terapia não é só pra quando a gente já tá muito mal ou sofrendo muito, ou tendo altas crises de ansiedade. Que também é importante fazer terapia quando a gente tá bem.
E eu concordo. Tem todo o argumento, que faz muito sentido, de que às vezes na crise o que se faz na terapia é apenas apagar fogo.
E sim, tudo isso é verdade, e sim, tudo isso faz muito sentido.

Mas honestamente, eu já vi coisas importantes demais saírem de um momento péssimo, pra achar que isso é só desgraça. Já vi os momentos mais difíceis da vida de algumas pessoas se tornando também o momento em que as coisas parecem mais claras.
Não quero aqui romantizar o sofrimento! Ninguém tem que sofrer mais que o necessário ou até um ponto perigoso pra si, ou de maneira crônica e paralisante. Não é sobre isso.
Mas é que eu sei, hoje, que nada como um “fundo do poço” de vez em quando pra gente em algum momento, depois das mãos já sujas de terra e o suor escorrendo na testa por tanto cavar, finalmente entender que precisa olhar pra cima, pra luz, pra saída. E bolar um plano.

Eu amo filme ruim. Sabe, “aquela farofa”?E aí que já assisti ‘A culpa é das estrelas’ mais de uma vez, e chorei copiosam...
15/11/2022

Eu amo filme ruim. Sabe, “aquela farofa”?
E aí que já assisti ‘A culpa é das estrelas’ mais de uma vez, e chorei copiosamente em todas elas.
O personagem principal, Gus, tem um negócio de dizer que o maior medo dele é ser esquecido e sentir que a passagem dele pela Terra e pela vida das pessoas não foi signif**ativa.

A maior parte das pessoas que assiste a esse filme acha o Gus meio id**ta. Eu também acho.
Mas me identifico com ele.
Sei lá, às vezes não é fácil tolerar a ideia de ser esquecida, suportar o fato de que as pessoas vão seguir em frente sem a gente. De que a nossa importância na vida das pessoas tem alguns limites, de que seremos lembrados e pensados só até certo ponto. Nem sempre é fácil se sentir “esquecível” (ainda que absolutamente todo mundo seja).

Mas recentemente eu constatei que é importante que meus pacientes me esqueçam em algum momento.
Quer dizer, eles provavelmente não vão literalmente me esquecer, mas seguir a vida sem pensar em mim ou sem ter uma vontade louca de me contar quando algo acontece.
Esse pensamento me fez deparar com a ideia de que: eu escolhi uma profissão em que eu trabalho pra ser esquecida. Em que eu tô aí pra isso.
O sucesso do meu trabalho, pra mim, se mostra quando algum paciente consegue não mais precisar de mim constantemente.
A coisa que eu faço pra viver é, basicamente, tentar me tornar cada vez menos importante.

Eu tive que pensar um tanto sobre isso, no fim das contas.
Tem algo que até já escrevi sobre, que é o fato de que ninguém passa ileso pela vida de ninguém.
Tem toda a história sobre sermos uma colcha de retalhos, sobre cada pessoa deixar um pouquinho de si e levar um pouquinho de nós…
E eu acredito piamente nisso, porque também é o que eu prego como psicóloga e pessoa.

E acho que, nessa conjuntura, talvez a gente precise olhar pro fato de que cada pessoa cujo caminho já cruzamos poderia ter ido parar em um ponto totalmente diferente se não fosse pela nossa passagem. Se seria melhor ou pior, vai saber.
A gente pode tentar f**ar feliz com o fato de ter feito diferença e ter sido importante em algum ponto do caminho, mesmo que no resto da estrada caminhemos separados.

Eu me lembro de ter dito, algumas vezes na vida, que sentia que “eu era fraca demais pra isso aqui”.Eu era mais nova, ta...
08/11/2022

Eu me lembro de ter dito, algumas vezes na vida, que sentia que “eu era fraca demais pra isso aqui”.
Eu era mais nova, talvez adolescente até, e tudo me atingia com uma força descomunal.
E isso me fazia ter a sensação de que eu não sabia viver.
Cresci um pouco, mas tem dias em que esse pensamento ainda me acomete.
E já escutei de outras pessoas, seja na clínica ou dos meus amigos e conhecidos, que “a vida é difícil demais, parece que eu não tô preparada pra isso, porque tudo dói”.
Aparentemente são pensamentos mais comuns do que a gente imagina.

Escutamos muito por aí sobre ser forte.
Seja forte, o que não te mata te fortalece, você vai sair dessa situação mais forte, etc etc.
O que faz a gente praticamente sentir que, pra conseguir viver a vida de uma maneira plena, é necessário criar uma casca em torno de si. Quase como uma armadura. Estar pronto pra luta.

Mas é fácil de ver, na clínica e na vida, como armaduras também podem machucar.
Como elas pesam, como as pregas pegam no corpo e arranham, como fazem f**ar difícil andar, como impedem de sentir os cheiros que a gente gosta e sentir o vento na pele.

E aí que eu fui entender:
armadura não é força, é só autoproteção.
E quem se protege de coisas difíceis, se protege sem querer das coisas boas também.

Talvez o que a gente vem chamando de força, esse tempo todo, seja na verdade FLEXIBILIDADE.
Essa palavra linda e tão esquecida por nós em grande parte do tempo.
Flexibilidade pra cair e conseguir se reerguer, pra chorar e depois sorrir, pra não querer ser perfeita o tempo todo, pra se permitir não estar bem o tempo todo, pra assumir suas próprias emoções e lidar com elas.

Ser mais como o bambu que se dobra todo quando o vento passa, que parece que vai cair e chega a alcançar o chão, mas é tão flexível que depois consegue voltar a f**ar em pé, transformado, mas não quebrado.
E menos como um graveto qualquer, duro, estanque, inflexível, que o vento passa e quebra.
Um bambu, sim, parece ser forte pra vida, não é?

Andando na rua, olho pra cima pra ver sua antiga sacada.As pessoas num primeiro momento olham pra cima também, porque é ...
03/11/2022

Andando na rua, olho pra cima pra ver sua antiga sacada.
As pessoas num primeiro momento olham pra cima também, porque é o efeito social comum de quando alguém faz isso.
Depois, elas devem perceber meus olhos cheios de água.
Eu não me importo, só consigo olhar e imaginar que talvez num mundo paralelo (se é que existe o multiverso) você tá tocando violão e eu olhando os prédios enquanto penteio meu cabelo.

Dia desses os deuses me perguntaram “você tem certeza de que você quer isso mesmo? Isso que você acha que quer”.
Eu respondi que honestamente nem sei mais.
Fui pega de surpresa, porque até um tempo atrás eu responderia que sim, mas é lógico que eu quero, não é óbvio?

Acostumar (ou aprender) a querer alguém é muito louco.
Em que momento o barco de Teseu deixa de ser o barco de Teseu?
Em que momento eu deixo de ser eu, se eu sou diferente todos os dias?
Em que momento o amor deixa de ser amor? (Qual é o momento exato em que dá pra dizer que ele virou outra coisa?)
Quando deixa de ser, vira o que?
Se é que foi.
E o que é que é amor, se não for conforto e habituação?
O que é amor, se não for rotina?
O que é amor, se não for ainda achar que quer alguns anos depois?
Acostumar a amar alguém é muito louco.

Sigo andando e tento me lembrar do que vivo dizendo pras outras pessoas:
o sentimento importa pouco, se a gente consegue olhar pra realidade dos fatos. Pro que a gente quer e o que tem.
Pro que conseguem nos dar.

Acho que o que sempre recebi foi esperança.
Amor, não sei.
Talvez amor e esperança sejam irmãos que andam de mãos dadas e fazem as mesmas piadas; talvez amor e esperança sejam primos distantes que não se bicam.
Acostumar (ou aprender) a gostar de alguém é muito louco.
Qual a linha tênue entre o sim e o não? Que é que tem nesse meio todo?

Olho pra cima.
Acho que a vida era mais simples quando estávamos ali, juntos.
Mas essa não é mais sua sacada, e nosso amor não é mais amor. Nem esperança.

Dizem que a gente não pode ter medo de se despedir das coisas, porque a cada adeus vem um novo olá.Não falam da perspect...
19/10/2022

Dizem que a gente não pode ter medo de se despedir das coisas, porque a cada adeus vem um novo olá.
Não falam da perspectiva de que cada olá também representa (ainda) mais um adeus.

É incrível conhecer novas pessoas, ter novas experiências, fazer coisas diferentes, sentir novos cheiros, visitar outros lugares.
Sentir a vida andando, o movimento natural das coisas, o fluxo da existência.
Só que quando a gente tá num processo de luto (luto por uma perda, um término, um desemprego, uma mudança importante), isso tudo também signif**a deixar algo um pouquinho mais para trás.
E um pouquinho mais para trás.
E ainda um pouquinho mais, amanhã.

Nem sempre vai dar pra f**ar só feliz pelo que chega.
Às vezes a gente sorri dizendo oi, com o coração apertado por dar tchau um pouco mais forte dessa vez.
Tchau com um pouco mais de paz e certeza, mas não sem dor.
Não sem saudade.
E a cada dia um pouquinho mais forte.

Tem “olás” que têm gosto de saudade.

Porque essa é a vida, e nem sempre é simples processar isso.
Às vezes dá a sensação de que a gente deveria só conseguir se alegrar pela novidade, e parece que não faz sentido sentir tristeza na manhã seguinte.
Ficar feliz e triste ao mesmo tempo. Mas isso é (muito) possível. Natural, até.
A cada adeus, um olá.
A cada olá, um adeus.
Não existe caminho de mão única na vida.
É aquela coisa de que “cada escolha é uma renúncia”.
Cada vivência implica em necessariamente não estar vivendo outra coisa.
Cada pele que você toca, signif**a não estar tocando outra (ou outras) naquele momento.
Cada pessoa que você deixa vir, pode te relembrar de que outra se foi.

A cada permissão que você dá pra vida seguir, você se despede com mais força de algo que ficou pra trás.
O movimento é bom, é importante, é feliz. Faz parte.
Mas é dolorido também. Faz parte.

Que a gente não se impeça de receber por medo de deixar ir.
Que a gente não se impeça de deixar ir por medo de receber.

Se você é um ser humano como eu, já deve ter percebido que sua cabeça muitas vezes te diz coisas que acabam não sendo ve...
14/10/2022

Se você é um ser humano como eu, já deve ter percebido que sua cabeça muitas vezes te diz coisas que acabam não sendo verdade.
Ter imaginado uma catástrofe que na realidade não aconteceu, imaginado que a fulana não ia com a sua cara quando nada a ver, ter pensado em coisas absurdas (tipo em jogar o seu celular pela sacada do nono andar). Ou então, imaginado uma conversa linda com o seu ex te pedindo desculpas, que também nunca aconteceu. Pensado em como seria incrível ganhar na loteria.
Pois é, não é só você. Faz parte da sua experiência de ser uma pessoa.

Nossa “mente” não é a mais realista e confiável das entidades.
Ela é mais ou menos como um liquidif**ador, que pega tudo o que você já viveu, ouviu por aí, viu na sua frente, viu na TV, ouviu da sua mãe ou do seu pai, se estrepou, se saiu bem, sua amiga te contou, o Datena falou, leu na revista, leu no instagram…
Bate tudo, e lança umas receitas que não necessariamente fazem sentido (MUITAS vezes, não fazem absolutamente sentido nenhum). A intenção, pobrezinho, é proteger a gente. É ser saudável, evitar que a gente tenha dor de barriga, ajudar a ter energia e se safar de problemas desagradáveis.
Só que a verdade é que quando você pega TODAS as informações da sua vida e mistura em combinações imprevisíveis (e até mais ou menos aleatórias), o resultado é mais atrapalhar que ajudar.

Mas a gente confia demais nesse liquidif**ador aleatório. A gente realmente toma o suco, se esbalda com o suco, toma banho com o suco, deixa de conversar com alguém por causa do suco, não sai de casa por causa do suco, recusa uma oportunidade por causa do suco, vai dormir triste por causa do ma***to do suco.
Pior: toma muitas decisões na nossa vida baseadas no que o liquidif**ador tá trazendo.

Mas é possível aprender a separar o que nos serve e o que não.
É possível aprender a conviver com as frases e imagens e fantasias que o nosso liquidif**adorzinho joga na nossa “cara” sem querer silenciá-lo (porque a verdade é que isso não dá pra fazer).
É possível dizer: “Oi, obrigada, tchau”.
É possível tomar as nossas decisões apesar dele, nos baseando no caminho que queremos seguir na vida e no que faz verdadeiro sentido pra nós.

Do alto dos meus privilégios, ontem eu consegui (ainda que por breves momentos) achar muita coisa tão bonita. Domingo fo...
04/10/2022

Do alto dos meus privilégios, ontem eu consegui (ainda que por breves momentos) achar muita coisa tão bonita.

Domingo foi f**a.
Quase perdi a esperança, mesmo.
Me afundei na cama, eram dez horas da noite, comi minha pizza e agarrei o cobertor, querendo sumir.
E o mundo (o país, vai) tá uma desgraça.
Tem muito desrespeito, muita fome, muito medo, muita miséria, muita injustiça rolando.
E parece que tudo bem alguém debochar de pessoas morrendo com falta de ar.

Só que ontem eu percebi, na verdade me ajudaram a perceber, que cinquenta e sete milhões, duzentos e cinquenta e nove mil pessoas (e mais uns quebrados) estão do meu lado.
Eu não tô sozinha. Não estamos!
Eu fui pra um sambinha e lembrei que a vida também pode ser bonita.
Tem mulher sendo eleita, tem indígena e pessoa transexual conquistando cargos no governo.
A vida tem coisa boa, sim. Tem milhões de pessoas boas por aí, sim.

Sei que é fácil falar isso dentro de uma casa quentinha nesse dia mais gelado e tendo o PRIVILÉGIO (a que ponto chegamos!) de fazer todas as refeições no dia, e tendo dinheiro pra viajar e comprar as coisinhas que eu quero.
Mas a questão é que a consciência tá limpíssima, transparente.
De uns anos pra cá tenho me tornado uma pessoa que se questiona muito. Naquela vibe de “tô sendo a pessoa que quero ser?”, será que eu sou uma pessoa boa, será que eu tô lutando pelas coisas certas?
Alguém me disse que “se você reclama tanto então vá lá e faça alguma coisa”. Eu faço. Eu voto a cada dois anos.
(E mais algumas coisas que dá pra fazer aí nesse meio tempo, é claro).

Eu estudei muito nessa vida (novamente, porque tive esse privilégio), e talvez pela primeira vez na minha vida eu não me questione…
Quer dizer, me questiono porque isso tá sempre presente, mas consigo me auto-responder automaticamente, sem precisar de muito esforço e sem dúvidas:
Sim, NÓS estamos do lado certo da história.
Que é o lado que quer que as pessoas possam continuar se questionando. Que possam continuar escolhendo a pessoa que querem ser. Com liberdade (e barriga cheia) pra isso.

Utilidade quase pública ✨
27/09/2022

Utilidade quase pública ✨

Esse tem sido um tópico recorrente nas minhas conversas ultimamente: a vida adulta e suas dores.Em parte das situações, ...
12/09/2022

Esse tem sido um tópico recorrente nas minhas conversas ultimamente: a vida adulta e suas dores.
Em parte das situações, a questão é o “se sentir sozinho”.
Ou o medo de.

A gente cresce com essa coisa da escola, de estar sempre rodeado de gente e de as pessoas estarem ali todos os dias porque elas TÊM que estar, assim como nós.
Não dizendo que não existem sentimentos de solidão e processos difíceis de socialização na infância e adolescência, mas pensando no geral…
a vida adulta exige muito mais esforço ativo.

Aliás, a vida adulta exige mais da gente em TANTOS sentidos.
E aí de certa forma é quase como se a vida inteira tivesse sido um treino pra esse momento chegar, mas ele chega de um jeito meio torto; e as sensações estão ali de repente.
E os boletos pra pagar também.
E se você não manda mensagem pra sua amiga pra marcar algo, talvez vocês não se vejam nunca.

Mas é importante questionar sobre o quanto esse “treino pra vida” é mal feito.
A gente não tolera, como tantas vezes escrevi, sentir coisas difíceis e acolher esses sentimentos. A gente acha de verdade que tem que estar feliz o tempo todo e que tem que se sentir amado e amparado cem por cento do tempo.
E, não tolerando sentir a solidão do adulto, a gente entra no estado de desespero.
E onde há desespero não há espaço pra ações que façam verdadeiro sentido pra gente.

É aí que muita gente se escora totalmente num relacionamento amoroso e esquece do resto; aí que muita gente não aguenta passar um fim de semana mais quietinho pensando na vida; aí que muitas vezes a gente sufoca o outro.

Talvez faça sentido tentarmos olhar pra isso do jeito mais cru possível:
sim, somos adultos. E sim, adultos às vezes sentem que estão por si sós.
Mas o que pensamos/sentimos não é sempre verdade.
O mundo segue apinhado de pessoas que podem te fazer companhia e conversar.
Mas agora a gente precisa ir até elas. É preciso buscarmos uns aos outros. Ou mesmo só lembrar que elas estão ali.
E tem dia que não vai ter ninguém disponível porque tá cada um seguindo um caminho e tentando resolver os próprios B.Os. Isso não signif**a que não somos amados.
E tudo bem se sentir sozinho de vez em quando. Faz parte do combo da vida.

Uma das tarefas mais árduas que temos como adultos é entender que nossos pais (ou avós, tios, cuidadores, etc.) nos dera...
30/08/2022

Uma das tarefas mais árduas que temos como adultos é entender que nossos pais (ou avós, tios, cuidadores, etc.) nos deram o que tinham. Fizeram o que podiam.
E entender que, quando crianças, a gente não tinha condição nenhuma de compreender isso como agora.

É um exercício de perdoá-los (se acharmos que merecem perdão), e nos perdoar ao mesmo tempo.
Porque é comum sentir que somos ingratos, ou nos fazerem sentir assim. “Mas você sempre teve tudo”.
Para uma criança, comida e roupa lavada não pode ser tudo.

Entender que se/quando tivermos nossos filhos, não seremos perfeitos também.
Entender que cada um expressa afeto do jeito que dá conta.
Que eles deram absolutamente o que tinham condições de dar. E nada mais. E nada menos.

E que, como humanos, também erraram e erram muito.
Assim como nós, que erramos tanto.
Que erramos com nossos amigos, com nossos romances, com nossos pais, com nossos filhos.
Que também não damos conta de expressar amor do jeito que a gente queria, ou do jeito que os outros esperariam da gente.

Tá tudo bem ter suas feridas em relação a isso. Você provavelmente tem alguma, assim como eu e como quase todo mundo.
Fala disso, cuida disso. O máximo que você puder.
É que provavelmente o melhor caminho é o da aceitação. Não conformidade, aceitação mesmo. Aquela que vem do fundo do coração.
E de compreensão de que você não precisa definir toda a sua vida a partir do que fizeram de você. Que hoje dá pra tentar entender a coisa de outro jeito. Que você pode escolher suas relações a partir daqui, e como você quer tratar e ser tratada. Que você pode tentar ser diferente. Que você pode tentar se expressar de outras formas. Que você, hoje, não precisa f**ar condicionada a isso apenas achando que não foi amada e não merece amor.

Nossos pais são (ou foram) humanos também.
São crianças crescidas.
São como a gente, talvez um pouco mais velhos (ou no caso de muitos, mais novos que nós quando nos tiveram).
Assim como nós fazemos o tempo todo, tentaram fazer o melhor que puderam com o que tinham à disposição.
E tentar olhar pra isso com um pouco mais de compreensão faz parte do processo de crescer.

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