28/10/2025
A imagem é um grito que o Rio de Janeiro emite, mais uma vez. Viver sob a sombra de um confronto, onde o noticiário rotula a realidade como "Imagens de Guerra", não é apenas uma manchete; é um trauma silencioso e coletivo que se inscreve no corpo e na mente.
Para a Psicanálise, a exposição contínua ao caos e à violência impede o aparelho psíquico de elaborar o medo. Não há tempo para o luto, pois o perigo é real e constante. O resultado é um estado de hipervigilância crônica, onde a ansiedade se torna a norma e o corpo está permanentemente em modo de "luta ou fuga".
Se você está hoje no Rio de Janeiro, vivenciando ou assistindo a essa barbárie, lembre-se:
* Valide o seu medo. Sentir-se aterrorizado(a) ou exausto(a) não é sinal de fraqueza, mas sim uma resposta humana a uma situação desumana.
* Crie Micro-Refúgios: Onde houver segurança física, busque a segurança mental. Use a respiração. Não se force a assistir ao noticiário a todo momento.
* Acolha o que a Psicanálise nos ensina: Dar nome ao horror é o primeiro passo para não ser engolido por ele. O que você está sentindo tem nome.
Desejo, de coração, que todos os meus pacientes do Rio de Janeiro e suas famílias estejam seguros. Saibam que o nosso espaço de fala e elaboração permanece como um porto seguro. Vocês não estão sozinhos.
Com carinho,
Psicanalista Mayara Ramalho 🌻💛