03/05/2024
Minha jornada começou em 2013, durante um período em que ainda era casada. Experimentei sensações avassaladoras - palpitações, náuseas, medo. Entrei em um ciclo de consultas com psiquiatras e o uso de medicamentos controlados potentes, mas a situação parecia insuportável.
Em um momento de desespero, cheguei ao ponto de tentar contra minha própria vida. Após um coma de quatro dias, retornei à consciência, mas uma semana se passou sem que eu lembrasse do que tinha acontecido. O neurologista que me atendia alertou que, se não recuperasse as funções normais, eu viveria em estado vegetativo pelo resto da vida. O diagnóstico: Transtorno Borderline.
O divórcio turbulento que se seguiu, há três anos, me levou a um relacionamento com um homem narcisista que me tratava de maneira desumana. Foi nesse ponto que conheci a TRG. Ao longo de quatro intensos meses de terapia, descobri que meus problemas não residiam no presente, mas sim nas profundezas do meu passado, especialmente na infância - uma dor persistente de abandono, rejeição e escassez.
As sessões foram marcadas por lágrimas e dores na alma, mas à medida que eu me entregava à respiração e compartilhava minhas angústias, algo notável acontecia: gradualmente, a intensidade dos sentimentos diminuía. Aprendi a lidar com o passado, compreendendo que hoje posso viver de maneira mais racional. Quando pensamentos negativos tentam dominar minha mente, recorro à respiração, fornecendo oxigênio ao cérebro e permitindo que eu raciocine antes de ceder ao pânico.
Graças a Deus, desde o ano passado, estou livre de todos os medicamentos. Consigo dormir tranquilamente, sem depender de substâncias para enfrentar meus problemas. Minha abordagem diante de desafios mudou; penso antes de agir. Medos que antes me paralisavam, como enfrentar conversas difíceis ou entrevistas de emprego, foram substituídos por uma autoaceitação profunda. Hoje, me amo e me respeito em primeiro lugar, algo que antes parecia inalcançável. A TRG não apenas transformou minha vida, mas me deu as ferramentas para viver plenamente o presente, libertando-me das amarras do passado.