12/05/2025
Seguindo a conversa de ontem sobre ser mãe.
Pq senti que essa angústia merece ser contemplada. Ja que nossa identidade adoecida e neurótica não se cura da noite para o dia! Então precisamos falar muito a respeito da função mãe e, consequentemente, isso dará um novo lugar às nossas mães dentro de nós e aos nossos filhos/as tbm! Bora? 😉
Bem, existe um lugar social definido para a mãe.
Este é um lugar romantizado e idealizado, daquela mulher superpoderosa que move o mundo, que dá a vida e se sacrifica profundamente e que nas redes sociais está autorizada e (estimulada) a postar: "filha/o, tu és meu mundo", "vc é minha razão de viver".... E fazem isso sem qualquer maldade. "É a parte que te cabe nesse latifúndio..." Como diria a música.
Desse lugar, quanto peso está sendo colocado sobre o filho/a. Frases como essas são a prova do quanto nós mulheres somos engolidas pela identidade mãe, nos desautorizando a existir para além desse arquétipo.
O que, em consequência, embora não saibamos, está tbm desautorizando o filho/a de existir! Pq aqui cria-se uma postura simbiótica. Onde um só existe pq o outro existe. O que gera uma declaração e uma obrigatoriedade à codependência! Percebem? 😵💫
Sendo mãe, não sendo mãe, uma mulher não deveria ser percebida apenas a partir da função maternidade. Porque somos muito mais que isso, muito mais que mãe ou não mãe!
Somos consciências cindidas sim, mas não pelo filho/a, e sim pelas dores de nossas próprias mães. E está tudo certo em ser assim! Essa é a condição para sermos humanos e desenvolvermos o ego.
Buscar a completude é nosso propósito na Terra. A reintegração com o Todo! ✨
Porém, não podemos buscar essa completude em nossos filhos ou na função maternidade!
Pq esse não é um lugar de cura. A maternidade nos cura sim de mtas dores com nossas mães, mas ela não pode ser a resposta para tudo! É injusto colocar essa conta nela ou em nossos filhos.
Uma mulher precisa caminhar em busca da sua individuação, que é o reencontro com sua própria Alma, com seu Self.
E isso significa abrir mão dos condicionamentos impostos!
Se busque mulher! Se conheça e nada irá te pautar. A não ser tua própria consciência.
Concordas?
