27/04/2021
Muito se fala ou se "conhece" sobre outras abordagens clínicas e práticas da psicologia, como: a Psicanálise, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), Humanista-Existencial, Gestalt-Terapia, entre outras.
Porém, em uma relação temporal, a Esquizoanálise surge mais brevemente. Uma nova abordagem, ou melhor, uma nova FERRAMENTA, para pensar a clínica e as praticas psi.
Esse termo é criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Deleuze, um filósofo que dialoga com as artes, com o cinema, a política, a criação, a subjetividade; e Guattari, um psiquiatra envolvido com a reforma psiquiátrica, com a grupalidade, com a dimensão analítica, a transdisciplinaridade, entre outros.
A partir de sua obra conjunta, "O Anti-Édipo" de 1972-73 e, posteriormente, em "Mil Platôs" de 1980, eles tecem um conjunto de críticas ao manejo e a forma de conceber a Psicanálise tradicional, além de inaugurar uma nova ferramenta para pensar a subjetividade, o inconsciente, o desejo, os dispositivos de captura, etc..
A Esquizoanálise, ao longo dos anos, vem conversando, pensando, deglutindo, refletindo com outras propostas e ferramentas para pensar a clínica e as praticas psi.
Ela não se propõe fechada em si ou como uma forma de apontar maneiras certas ou não de se ver, sentir, pensar e agir, mas de pontuar e pensar "o que se pode a partir disso?", "que alternativas outras são possíveis?"...
Escrito por: .psi
REFERÊNCIAS:
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia.
JACÓ-VILEL, A. M., FERREIRA, A. A. L., PORTUGAL, F. T. (Orgs.).(2014). História da Psicologia. Rumos e percursos. Rio de Janeiro: NAU Editora. Cap. 31.