05/11/2025
Quantas são as mulheres que realizam absolutamente tudo?
Se pensarmos bem, sabemos que muitas não têm rede, nem suporte.
E o tudo vira o universo.
Mas dentro desse universo, somos um grão de areia,
minúsculas diante das próprias demandas.
O tudo não dá espaço para respirar.
Nem para sentir a cama quando deitamos nela.
As vozes críticas e exigentes tomam conta,
sussurrando que ainda não é suficiente.
É como estar com dores nas pernas e dizer:
“Vou sentar um pouco, preciso descansar.”
E logo depois ouvir uma voz silenciosa,
que quase te empurra de volta:
“Vai ficar sentada até quando?
Ninguém vai fazer nada por você.”
E lá vai você, cansada, mas resolutiva.
Com dores e com pressa.
O corpo dói, o humor oscila, a irritação e a tristeza ocupam o espaço do prazer.
E sem perceber, o cansaço vira modo de existir.
Mas pausa também é forma de cuidado.
Não precisa ser viagem cara nem 30 dias de férias.
Pode ser um banho demorado com um cheiro que te acalma.
Uma refeição saboreada com presença.
Um minuto inteiro de silêncio, só seu.
Essas pausas pequenas despertam o adulto que cuida
e acolhem a criança que sempre precisou de descanso.
O corpo não mente.
Ele só pede aquilo que a mente tenta ignorar:
tempo e ternura.
Me conta nos comentários:
Qual pausa simples tem te feito bem ultimamente?