20/06/2025
🔸Afirmativa A – Correta. A mão chega a coçar para marcarmos essa opção; não é? Mas cuidado; é uma via de acesso bem diferente do que vínhamos fazendo até pouco tempo. Os Guidelines de 2025 trazem 3 evidências de nível 1a sobre este tópico. Campbell 13ed. também entra nesse mérito e cita uma revisão sistemática e metanálise em que os autores mostraram que o uso de antibióticos não afetou as já baixas taxas de sepse (0,05% vs. 0,08%; p = 0,2) ou infecções gerais (1,35% vs. 1,22%; p = 0,8). É isso: a biópsia transperineal apresenta baixas taxas de infecção, e a profilaxia antibiótica pode ser omitida sem impacto significativo sobre a ocorrência de infecção ou sepse.
🔸Afirmativa B – Correta. Considerando as diretrizes europeias não há contraindicação formal, embora o seguimento deva ser mais cauteloso nesses casos. Campbell é mais restritivo e conservador nesse ponto, reconhece que pacientes com mutação BRCA2 têm maior risco de progressão, com taxa de upgrade em 80% após 10 anos, mas também afirma que com um acompanhamento muito rigoroso e um excelente compliance, um período inicial de vigilância pode ser razoável.
🔸Afirmativa C – Correta. A RNM multiparamétrica da próstata tem baixa sensibilidade para detectar extensão extraprostática microscópica (focal), o que limita seu o uso no estadiamento local de pacientes de baixo risco. Aquele exame pode ter sim, papel na estratégia terapêutica, mas não para o estadiamento T clínico nesses casos.
🔸Afirmativa D – Incorreta. Está verdadeiro quanto à maior sensibilidade e acurácia diagnóstica do PSMA PET/CT. Mas falso quanto a ganho comprovado de sobrevida com base no uso dessa imagem como guia terapêutico. O mesmo pode ser dito sobre a RNM de corpo inteiro (WB-MRI); tem boa sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de focos metastáticos; mas nenhum dos guidelines ou Campbell 13ª edição apontam estudos que mostrem melhora de sobrevida global ou sobrevida câncer-específica com estratégias terapêuticas guiadas especificamente por essa ferramenta de rastreio.
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