30/10/2025
Os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro trazem à tona consequências que vão muito além do imediato. Diante de tantos episódios de violência e insegurança, é importante compreendermos também os impactos emocionais e psicológicos que tudo isso causa em cada um de nós.
Viver ou testemunhar situações de violência urbana não fere apenas corpos — fere também a mente, deixando marcas emocionais silenciosas. Cada sirene, cada notícia, cada sensação de insegurança prolongada se acumula e fragiliza o nosso bem-estar.
O ser humano não foi feito para viver em estado constante de alerta. Quando o medo se torna parte da rotina, mente e corpo reagem: surgem insônia, ansiedade, irritabilidade, tristeza e o receio de sair de casa. São reações naturais de um organismo que tenta se proteger e encontrar estabilidade em meio ao caos.
Na Gestalt-terapia, compreendemos que o indivíduo está sempre em relação com o ambiente que o cerca — e, por isso, contextos de violência e instabilidade impactam diretamente a forma como sentimos, pensamos e nos conectamos.
Falar sobre o impacto da violência urbana é, antes de tudo, um ato de cuidado coletivo. Precisamos acolher o medo, validar o que sentimos e, juntos, buscar caminhos para reconstruir o sentido, o pertencimento e a esperança.
💙 Cuidar da saúde mental, fortalecer redes de apoio e promover espaços de escuta e acolhimento são, hoje, formas potentes de resistência, solidariedade e amor — especialmente em tempos de tanta insegurança.💙