03/10/2025
Tudo que fazemos nessa vida requer movimento e o movimento pode ser dividido em quatro padrões gerais: ceder, empurrar, alcançar e trazer para si. Na educação somática chamamos isso de ciclo da satisfação.
Esses movimentos, e, na verdade, a qualidade deles, os hábitos que advém deles, falam de como nós vamos atrás do que queremos. Chama-se ciclo da satisfação porque esses movimentos fazem parte de um ciclo: não dá para alcançar algo novo se não há uma base sólida, ao mesmo tempo em que você não pode produzir novas bases se não se impulsionar para um novo local. Quando um ciclo termina, outro começa.
Nos últimos dias eu assisti uma aula da na qual uma aluna pergunta para ela qual seria a diferença entre o ceder à gravidade e o colapsar. Achei brilhante a resposta que a Bonnie deu: ao contrário do que o senso comum pode apontar, o colapsar não seria uma entrega absoluta à gravidade. Ao contrário, no colapsar há a perda da relação com a gravidade, com o fora, com o campo de forças. No colapso nos isolamos.
O ceder à gravidade, por sua vez, nos convoca à uma receptividade ativa, ao aprendizado de receber a gravidade em nós sustentando uma diferenciação. O ceder é sobre concentrar energia, e esse concentrar se dá por meio de uma abertura, uma disponibilidade ao receber.
Me conta: você já sentiu alguns desses padrões de movimento em você?