Dra. Judy Botler

Dra. Judy Botler Endocrinologia e Diabetes. Consultas com hora marcada.

18/11/2025

A média de horas de sono da população adulta é entre 7-8horas, mas de fato existem pessoas, por questões genéticas (e não por “costume”) que podem necessitar de mais ou menos horas de sono, e ao redor de 1-2% da população pode ser considerada “pequena-dormidora”, ou seja, precisaria em média de menos de 6hs de sono por noite, e dormiria essas poucas horas independente do ritmo de vida e trabalho, sem consequências à saúde.

👉Acontece que, em estudos epidemiológicos, o número de pessoas que dorme menos de 6hs pode chegar a até 30% e embora alguns reconheçam que dormem pouco e sentem falta, outros tantos acreditam que estão bem, e seriam esses “pequeno dormidores”. Assim, poderíamos dizer que a cada 10 pessoas que digam ser esses com pouca necessidade de sono, apenas 1 de fato seja! E todos os outros podem sofrer consequências da privação crônica de sono, uma das grandes epidemias do mundo moderno.

👉A privação de sono está associada a redução da expectativa de vida, aumento de risco cardiovascular, diabetes, obesidade, redução de imunidade, capacidade cognitiva e o que mais quiser.

👉Dormir é uma das mais importantes atividades do corpo e não é à toa que passamos quase 1/3 das nossas vidas dormindo.

👉Como endocrinologista, recebo cada vez mais pacientes com queixas de cansaço crônico, acreditando ter questões hormonais, e muitas vezes, é apenas privação de sono, ou sono de má qualidade, também associado a excesso de tela e luz noturna e trabalho até tarde

👉Se você dorme mais horas no final de semana do que dorme durante a semana já é um indicativo que tem algum grau de privação, e se dorme mais de 2horas a mais, é sinal de privação seria! Claro que há muitas nuances e variáveis individuais (inclusive horário de acordar se você é matutino ou vespertino), mas devemos valorizar nosso sono!

👉Ninguém se “acostuma” a dormir poucas horas por sempre dormir pouco, do mesmo jeito que ninguém aprende a respirar debaixo d’água se f**ar colocando a cabeça em um balde! Existem características humanas que não podem ser modicáveis!

Ref: Ashbrook. Genetics of the human circadian clock and sleep homeostat. Neuropsychopharmacology 2020

21/10/2025

Todos os dias eu recebo pacientes que acreditam ter o metabolismo lento, pois engordam mesmo “não exagerando”, ou tentam emagrecer e não conseguem.

👉Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que, sim, há pessoas que tem mais facilidade de engordar que outras, e a influência genética na obesidade é fortíssima. Entre os vários fatores que influenciam a genética estão alguns aspectos relacionados ao metabolismo, embora mais de 80% dos genes relacionados à obesidade está no cérebro. É raríssimo, porém, encontrarmos alguma causa metabólica ou hormonal única e pontual que levou ao ganho de peso (mesmo alterações tireoidianas tem influência pequena, na maior parte das vezes).

👉Devemos lembrar que hoje, mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e quase 30% com obesidade. E que perder peso é anti-natural, e temos mecanismos de defesa, de tal forma que “tentar emagrecer” é algo que um número enorme de pessoas faz todo ano e quase sempre é mal-sucedido (você só f**a sabendo dos casos de sucesso).

👉Porém, como existe uma “sabedoria popular” que perder peso é fácil, ou mesmo existem muitas recomendações para perda de peso que não tem base científ**a nenhuma, muita gente, ao não conseguir, “culpa” alguma alteração metabólica desconhecida.

👉Volto a reiterar que sim, existem pessoas que não tem problemas com a balança e talvez tenham um “metabolismo” melhor, ou uma genética melhor. Mas hoje, são a exceção. A maior parte das pessoas pesa mais do que gostaria, e tem grande dificuldade para emagrecer, pois é muito difícil por mecanismos biológicos e ambientais, e não porque tem alguma alteração, que, se descoberta, resolverá tudo! Uma ajuda profissional para te esclarecer dúvidas e montar estratégias e metas não é nenhum demérito e pode te ajudar muito!

19/08/2025

O efeito da menopausa sobre a composição corporal é bem conhecido (principalmente por mulheres que vivem essa fase), e pode começar até 8-10 anos do início da menopausa em si; embora o ganho de peso em si não seja tão pronunciado, na média, há um aumento de massa gorda é gordura visceral e uma discreta redução de massa magra; efeitos da falta de estrogênio e do aumento do FSH podem explicar boa parte das mudanças.

👉Dito isso, no afã de verem melhora, muitas mulheres perguntam e desejam fazer reposição hormonal; nesse sentido, é importante dizer que estudos com diferentes formas de reposição não mostraram nenhum efeito em perda de peso, embora uma pequena redução de gostos visceral seja observada; assim, não há indicação de uso de reposição somente por esse efeito- embora se houver por conta de outros (como fogachos, disfunção sexual, alterações Neuro-psíquicas, etc), esse pode ser um pequeno benefício adicional.

👉Devemos lembrar que a reposição hormonal quando bem indicada é transformadora e excelente, mas há alguns cuidados em pessoas com obesidade e doença metabólica, com formas não orais preferíveis, na maioria dos casos (mas há muitas nuances que não cabem em um post único). Testosterona para melhorar massa magra também não é recomendado por nenhuma diretriz, pois os riscos superam os benefícios

👉Um ponto positivo também para quem não pode fazer TRH é que mudanças de estilo de vida tiveram a mesma eficácia em mulheres com e sem reposição, e estudos recentes com novas medicações mostram que a perda de peso após a menopausa foi semelhante a antes da menopausa; ou seja, as alterações existem, mas é sim possível estratégias não hormonais para melhorá-las!

Ref: Kim. S*x steroid levels and response to WL interventions among postmenopausal women in the DPP. Obesity 2014

04/08/2025

A idéia de acelerar o para ajudar na perda de peso é muito sedutora por, na teoria, gerar resultados sem a necessidade de um controle alimentar maior. Mais ainda quando muitos acham que esses termogênicos, vendidos sem bula ou como fitoterápicos, são “naturais”, e portanto, menos agressivos. Pois a realidade é um pouco diferente.

👉Ao longo do século XX diversas substâncias termogênicas foram propostas para a obesidade e todas elas se mostraram pouco seguras, por aumentar frequência cardíaca, pressão arterial e efeitos adversos ainda mais graves. Alguns exemplos: efedrina, DNP, aminorex, fenilpropilamina... inclusive parte da fama de medicação para obesidade não serem seguras vem dessa sucessão de histórias de riscos no passado com os termogênicos. Aumentar o metabolismo artificialmente não se mostrou boa ideia ao longo dos anos (inclusive muitos estudos de em animais mostram que o caminho para o “envelhecimento saudável” vem em reduzir o metabolismo, gerando menos estresse oxidativo).. . outros exemplos de termogênicos: cocaína, nicotina.

👉Por outro lado, há ervas, alimentos e fitoterápicos que se vendem como termogênicos, mas revisões mostram que o efeito máximo é bastante limitado. Talvez o mais estudado seja o chá verde que, em doses altíssimas (e com risco de lesão hepática) levam a perdas de menos de 1kg a mais em 6 meses (é só em q não costuma tomar café). A ́na é um estimulante, mas tem poder termogênicos pequeno. Ou seja, a ideia que seu emagrecimento será mais fácil com essas substâncias é, digamos, ingênua.

👉Lembrando q muitos termogênicos vendidos por aí contém substâncias não declaradas, e é uma das maiores causas de busca a Pronto-Socorro nos EUA (e provavelmente aqui tb).

👉O futuro talvez seja encontrar opções que impeçam que nosso metabolismo caia ao emagrecermos: ou seja, mais do que acelerá-lo, seria uma forma de evitar a adaptação que tanto atrapalha a manutenção do peso perdido!

Ref: Bray. Medical treatment of obesity. Past, present, future. Best Pract Gastroent 2014

08/05/2024
Trabalhar com alegria torna tudo mais leve. Ajudar a quem precisa com o nosso conhecimento é uma grande benção.
21/03/2024

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