21/08/2025
Depois de um tratamento oncológico, o que mais se ouve é que o mais difícil já passou. E sim, a cicatriz pode ter fechado. Mas o corpo inteiro carrega marcas que não são tão visíveis.
Pode ser uma rigidez que atrapalha na hora de vestir uma blusa, uma dor que não chama muita atenção, mas está sempre ali, ou um cansaço que não melhora com o descanso. Essas sensações são comuns e dizem muito sobre o que ainda precisa de cuidado.
A fisioterapia pode ajudar a lidar com esses efeitos de forma prática e respeitosa. Em alguns casos, isso começa ainda durante o tratamento oncológico, com pequenas orientações que ajudam o corpo a manter movimentos, reduzir tensões e evitar compensações. Em outros, o foco é retomar a mobilidade, aliviar dores persistentes, melhorar a respiração ou simplesmente tornar o dia a dia menos cansativo.
Não existe um padrão. Cada pessoa responde de um jeito, e o trabalho é feito a partir do que o corpo demonstra.
Mesmo com a cicatriz fechada, muita coisa ainda pode estar sensível. Ter um cuidado que considera isso faz toda diferença na sua recuperação — especialmente quando esse cuidado é contínuo, acessível e atento aos detalhes.