Dra Helenice Rosa

22/12/2025

O Brasil, através dos cientistas e do Sistema Único de Saúde (SUS) conseguiram praticamente eliminar a transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê) graças a um conjunto de políticas públicas. As principais foram:
1. Testagem universal na gestação
HIV passou a ser testado rotineiramente no pré-natal, com repetição no 3º trimestre e no parto.
Diagnóstico precoce é decisivo para iniciar o tratamento a tempo.
2. Tratamento antirretroviral gratuito e imediato
Toda gestante com HIV recebe terapia antirretroviral (TARV) pelo SUS.
A carga viral f**a indetectável, reduzindo o risco de transmissão para menos de 1%.
3. Conduta adequada no parto
Via de parto definida conforme a carga viral materna.
Uso de antirretrovirais intravenosos durante o trabalho de parto quando indicado.
4. Profilaxia no recém-nascido
O bebê recebe antirretrovirais logo após o nascimento, por período definido em protocolo.
5. Não amamentação e fornecimento de fórmula infantil
O SUS garante fórmula láctea gratuita, evitando transmissão pelo leite materno.
6. Protocolos clínicos padronizados e vigilância ativa
Diretrizes nacionais baseadas em evidências científ**as.
Monitoramento contínuo dos casos e acompanhamento mãe–bebê.
7. Integração entre ciência, SUS e políticas públicas
Pesquisadores brasileiros, universidades e o Ministério da Saúde atuaram juntos.
Produção científ**a nacional orientou decisões rápidas e escaláveis.
Resultado:
O Brasil alcançou taxas compatíveis com a eliminação da transmissão vertical do HIV, sendo reconhecido internacionalmente como referência em saúde pública.

18/12/2025

15/12/2025

A semaglutida pode ajudar no fígado gorduroso (esteatose hepática) principalmente por:

Reduzir o peso corporal, fator central na melhora da doença

Diminuir a gordura no fígado

Melhorar a resistência à insulina

Reduzir inflamação hepática, ajudando a evitar progressão para esteato-hepatite.

O benefício é maior quando associada a mudança alimentar e atividade física.
Ela não substitui o tratamento global do estilo de vida, mas é uma aliada importante.

13/12/2025

10/12/2025

retatrutida é um medicamento experimental para o tratamento da obesidade. Atualmente em fase 2 de estudos clínicos e ainda não aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, nem pelo FDA (Food and Drug Administration) nos EUA.
O que é e para que serve?
A retatrutida, desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly, é um agonista triplo que imita a ação de três hormônios intestinais: GLP-1, GIP e glucagon. Essa ação combinada proporciona:
Maior controle do apetite e aumento da saciedade (efeito do GLP-1 e GIP).
Aumento do gasto energético e estímulo à queima de gordura (efeito do glucagon).
Em estudos de fase 2, o medicamento demonstrou resultados signif**ativos na perda de peso, chegando a reduzir em média até 24% do peso corporal em 48 semanas.
Status de Aprovação e Uso
São necessários estudos de fase 3 mais robustos para confirmar sua eficácia e, principalmente, segurança a longo prazo antes que possa ser aprovada por órgãos regulatórios.
Portanto, qualquer uso da retatrutida fora de um contexto de ensaio clínico é inadequado e potencialmente perigoso.
medicamento cagrilintide ainda não existe para comercialização. Ele é um fármaco experimental que está em fase de te**es clínicos avançados (Fase III) e ainda não foi aprovado por agências regulatórias como a FDA (EUA) ou a Anvisa (Brasil).
A cagrilintide é um análogo sintético do hormônio amilina, que ajuda a regular o apetite e o peso corporal.
Atualmente em fase experimental e seu uso é restrito a ensaios clínicos.
Combinação (CagriSema): A Novo Nordisk, farmacêutica responsável, tem focado no desenvolvimento de uma combinação de dose fixa semanal chamada CagriSema, que associa cagrilintide e semaglutida (princípio ativo do Ozempic e Wegovy).
Resultados Promissores: Em estudos de Fase III, a combinação CagriSema demonstrou resultados promissores na perda de peso e controle do diabetes tipo 2.
Previsão de Aprovação: A expectativa é que a submissão para aprovação regulatória da CagriSema ocorra no início de 2026, com potencial disponibilidade no final de 2026 ou início de 2027, se aprovado.

07/12/2025

É fundamental garantir que qualquer medicamento utilizado seja proveniente de canais oficiais e aprovados pela Anvisa, para evitar riscos à saúde associados a produtos falsif**ados ou de origem duvidosa.

04/12/2025

🌍 “A doença obesidade atinge 1 bilhão de pessoas no mundo todo”

Esse estudo analisou dados antropométricos (peso e altura) de cerca de 220 milhões de pessoas em mais de 190 países.

Além disso, o levantamento mostra que esse número aumentou drasticamente desde 1990 — na época havia muito menos pessoas obesas globalmente.

“O uso de medicamentos isoladamente como o 🖍Mounjaro não reverte a doença definitivamente”

Recentemente, a OMS divulgou novas diretrizes para o uso de terapias com agonistas de GLP-1 (classe à qual pertence o Mounjaro). Segundo as diretrizes, essas medicações devem fazer parte de um tratamento integral e de longo prazo — não podem ser usadas de forma isolada como “solução única”.

A própria OMS enfatiza que “medicamentos sozinhos não reverterão a obesidade ou melhorarão a saúde metabólica de forma duradoura”.

Em ensaios clínicos mais antigos com medicamentos para obesidade (não necessariamente GLP-1, mas úteis como parâmetro), quando associados a mudanças no estilo de vida (dieta e atividade física), a perda de peso costuma ser modesta: de 3% a 9% do peso inicial no primeiro ano, em média.

Além disso, não há evidência clara de que essas medicações reduzam signif**ativamente morbidade ou mortalidade cardiovascular.

Em outras palavras: dr**as como Mounjaro podem ajudar na redução de peso e melhorar marcadores metabólicos — mas, sozinhas, dificilmente “curam” a obesidade de modo definitivo.

26/11/2025

📌 O que é resistência à insulina?

É quando o corpo até produz insulina, mas não consegue utilizá-la direito. Resultado: o pâncreas precisa fazer cada vez mais insulina para controlar a glicose. Isso pode levar ao diabetes Melitus.

Principais causas: 👉 Excesso de gordura abdominal
👉 Sedentarismo
👉 Alimentação rica em açúcares e ultraprocessados
👉 Estresse e sono inadequado
👉 Genética e alterações hormonais

⚠️ Fiquem atentos aos sinais!
Calculo do índice HOMA-IR:

Abaixo de 1: Sensibilidade à insulina.
Entre 1 e 2,9: Resistência leve à insulina.
Acima de 3: Resistência à insulina signif**ativa.

A boa notícia é que,
com alimentação equilibrada, atividade física e cuidados médicos, é possível reverter!

25/11/2025

A conexão entre a nova imunoterapia contra o câncer e as vacinas de COVID-19 está na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), que se mostrou extremamente bem-sucedida no combate ao coronavírus. Essa tecnologia, originalmente estudada para o câncer, foi adaptada rapidamente para as vacinas de COVID-19 e, agora, seu sucesso impulsionou o desenvolvimento de novas terapias oncológicas.
A plataforma de mRNA
A tecnologia de mRNA funciona "treinando" o sistema imunológico.
Nas vacinas de COVID-19, o mRNA carrega instruções para as células produzirem a proteína spike do coronavírus. Isso ensina o sistema imune a reconhecer e combater o vírus caso ocorra uma infecção real.
Na imunoterapia contra o câncer, o conceito é o mesmo: o mRNA é programado com instruções para que as células do corpo produzam proteínas específ**as encontradas nas células cancerígenas.
Esse processo "educa" o sistema imunológico a identif**ar as células tumorais como uma ameaça e a atacá-las.
O efeito "turbo" da vacina de COVID-19
Recentemente, estudos revelaram uma descoberta surpreendente: as vacinas de mRNA contra COVID-19 podem potencializar a eficácia da imunoterapia contra o câncer.
Pesquisas mostraram que pacientes com câncer que receberam uma vacina de mRNA contra COVID-19 dentro de 100 dias do início da imunoterapia tiveram um aumento signif**ativo na sobrevida.
Esse efeito ocorre porque a vacina de mRNA induz uma resposta inflamatória que "acorda" tumores que eram resistentes aos tratamentos. Essa resposta inflamatória torna os tumores mais visíveis e vulneráveis ao ataque das células de defesa do corpo.
Aplicações no tratamento do câncer
A tecnologia de mRNA é promissora para o tratamento do câncer de várias maneiras:
Vacinas personalizadas: Ao analisar as mutações genéticas únicas de um tumor, os cientistas podem criar vacinas de mRNA personalizadas para cada paciente. Essas vacinas ensinam o sistema imunológico a mirar especif**amente nas células cancerígenas.

22/11/2025

A vacina de imunoterapia para o câncer é uma abordagem de tratamento que utiliza o sistema imunológico do próprio corpo para combater as células cancerosas. Existem diferentes tipos, como as que estimulam o sistema imune a reconhecer e atacar o tumor (como as vacinas de RNAm.
Como funciona:
Vacinas de RNAm: Usam a tecnologia de RNA mensageiro para "ensinar" o sistema imunológico a identif**ar e combater o câncer. Por exemplo, uma vacina experimental busca induzir o tumor a produzir a proteína PD-L1, tornando as células cancerosas mais visíveis para o sistema imunológico.
PD-L1: Proteína encontrada nas células cancerígenas que silenciam" a célula T, permitindo que o câncer escape ao ataque do sistema imune.

17/11/2025

Angina por espasmo.