21/11/2025
Na tarde da última segunda-feira (17), a Asfoc-SN esteve na Residência Oficial da Fiocruz para discutir estratégias e ações de mobilização antecipada contra possíveis abusos do chamado Plano de Reocupação Territorial do governo do estado do Rio de Janeiro, que prevê novas “megaoperações” armadas em grandes complexos como Cidade de Deus, Rocinha e, pelo menos, mais oito favelas.
A reunião foi presidida por Valcler Rangel, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e por Zelia Profeta, assessora de Relações Institucionais e coordenadora da Agenda de Enfrentamento à VIolência Armada no Rio de Janeiro, grupo interinstitucional que a Asfoc integra.
Mais de trinta representantes de movimentos sociais, associações de moradores, redes e organizações atuantes nas comunidades no estado compareceram. As lideranças denunciaram a rotina de medo e privação de infraestrutura mínima de saúde e educação impostos pela violência banalizada tanto pelo crime quanto pela polícia.
Os moradores também cobraram das autoridades presentes - conversaram diretamente com assessores das ministras Anielle Franco e Macaé Evaristo, vereadores, deputados estaduais e deputados federais do Rio de Janeiro - o compromisso urgente de investimentos em políticas públicas, segurança jurídica e ações coordenadas para a garantia de direitos e de legalidade da ação policial.
Entre as estratégias alinhadas pelo grupo, está a necessidade de uma comunicação integrada para as ações, defendida por Luiza Silva, diretora de Comunicação do sindicato: “Combater as narrativas que defendem extermínio como uma espécie de mal necessário é a chave”, afirmou.
O sindicato vai coordenar estratégias e táticas para dar visibilidade e voz ao coletivo. As propostas serão apresentadas já na próxima reunião, na segunda-feira (24).