07/12/2025
Há uma linha muito fina entre permanecer por maturidade e permanecer por carência — e quase sempre ela aparece nos detalhes do dia a dia.
Suportar por maturidade acontece quando você conhece o seu valor e sabe o que está escolhendo.
Como dizia Viktor Frankl, o ser humano encontra força quando percebe sentido no que faz.
Nesse caso, você permanece porque faz sentido:
• você conversa antes de explodir;
• impõe limites mesmo amando;
• respira fundo e responde, em vez de reagir;
• sabe dizer “isso me machuca”, sem medo de perder o outro.
É um movimento interno guiado por consciência, não por medo.
Já suportar por carência afetiva tem outro tom.
Aqui, como descreve Bowlby em seus estudos sobre vínculos, o medo de perder substitui a capacidade de escolher.
E isso aparece em gestos muito comuns:
• você tolera comentários que sempre te ferem para não provocar afastamento;
• diz “tudo bem” quando, por dentro, nada está bem;
• aceita pouco porque teme não receber nada;
• se molda ao outro para não sentir o vazio da rejeição.
Nesse cenário, você permanece, mas se diminui no processo.
Uma boa pergunta para se fazer é:
“Estou sustentando a relação ou estou me sustentando nela?”
A resposta costuma revelar de onde vem o esforço: da maturidade ou da carência.
💛 Se fez sentido, compartilhe com alguém que também precisa entender essa diferença.