19/09/2025
Uma equipe da UFRJ, liderada pela pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio, desenvolveu uma proteína chamada polilaminina, criada em laboratório a partir de laminina extraída de placenta humana, que vem mostrando resultados muito promissores no tratamento de lesões na medula espinhal. Estudos em animais demonstraram que essa substância consegue estimular a regeneração de neurônios adultos, promovendo a formação de novos axônios — estruturas essenciais para a comunicação nervosa — e possibilitando o retorno parcial ou total dos movimentos em cães com paralisia.
Em humanos, os resultados iniciais também surpreendem: em protocolos experimentais, pacientes que sofreram lesões sérias — como tetraplegia após acidente — recuperaram movimentos de membros, tronco ou funções motoras anteriormente comprometidas, alcançando uma melhora signif**ativa na autonomia. Um dos casos mais emblemáticos é o de Bruno Drummond de Freitas, que, após receber o tratamento com polilaminina, passou de um quadro grave de paralisia a retomar atividades como caminhar, praticar esportes e fazer trilhas. Apesar dos avanços animadores, a polilaminina ainda aguarda aprovação da Anvisa para uso clínico mais amplo, sendo necessários novos ensaios, validações de segurança e comprovação em grupos maiores de pacientes.