06/09/2023
Desde que o autismo chegou em minha vida,eu decidi que lutaria por essa causa,pelo meu filho e por aqueles que precisam ser vistos,por uma que ainda os classificam de uma forma totalmente distorcida.
Esses dias,num bate papo,estava falando sobre meus filhos,e relatei que tinha outra filha,não somente o Arthur, e ouvi a seguinte pergunta: sua filha é normal ou também é autista? Confesso que se fosse ah um tempo atrás,eu teria ficado irada,mas hoje eu entendo e vejo o quanto falta de informação, e como as pessoas ainda são leigas,e hoje após todo meu processo de entendimento (que não foi fácil), a minha resposta foi... normal, os dois são, mas não, ela não é autista...ou seja, os autistas ainda são vistos como anormais, doentes,agressivos,entre outras coisas. Autismo não é doença,mas sim um transtorno de neurodesenvolvimento em que a criança tem dificuldade na comunicação social e mantém um interesse limitado e estereotipado. Isso significa que é uma alteração que ocorre dentro do cérebro no qual as conexões entre os neurônios se dão de uma forma diferente.
Eles tem suas diferenças e particularidades daqueles ditos "normais" ,mas são iguais a todos no quesito...respeito,igualdade,aceitação e inclusão. Parece até meio óbvio quando se escreve isso,claro que é um direito de todos e não deveria ser diferente com os autistas,mas a realidade é caótica. Todas as lindas leis criadas em prol dessa causa,ficam só no papel,nas escolas eles não tem espaço, os tratamentos é um privilégio de poucos. E é por isso que eu vou dar voz,fazer o que for preciso pra mudar esse cenário. Eu sei que sou uma formiguinha no meio de todo esse processo,mas aos poucos a gente vai fazendo acontecer. E hoje foi um desses momentos que precisam ser feitos,através de um convite feito pela escola do Arthur, iniciamos esse projeto de falar sobre inclusão. E quero deixar aqui,toda a minha gratidão a essa equipe que entende o que é a inclusão de fato, e que abraçou meu filho com tanto amor. Hoje foi um pequeno grupo, mas é assim que a gente vai fazendo a diferença, e que em breve esse trabalho se estenda a muitas outras escolas,precisamos falar,aprender sobre o que vai além do nosso umbigo.