16/11/2025
O filme "Frankenstein" (2025) de Guillermo del Toro na Netflix me fez refletir sobre a pergunta mais profunda que ele nos faz: afinal, o que nos torna, verdadeiramente, seres humanos?
Longe de ser apenas um filme sobre monstros, esta obra gótica e visualmente deslumbrante é um mergulho na psique humana e um convite à reflexão.
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O ambicioso Dr. Victor Frankenstein consegue realizar o impossível: criar vida a partir de partes humanas mortas. No entanto, ao se deparar com a figura de sua criação ele é tomado pelo horror e abandona o ser à própria sorte. A Criatura, movida pela dor do abandono e pela solidão existencial, embarca em uma jornada de busca por autoconhecimento, pertencimento e, por fim, vingança contra seu criador.
🤔 Quem é o verdadeiro "monstro"?
➡️ O Dr. Victor Frankenstein: Ele representa o Ego inflado e a Sombra projetada. Em sua obsessão narcísica de criar vida, Victor renega a sua "criação" por ela ser "feia", "imperfeita". Mas quem é o monstro real? Aquele que, em sua arrogância e falta de amor, abandona e rejeita o que ele mesmo gerou? Ele projeta todo o mal na Criatura, incapaz de integrar a sua própria sombra , a parte de si que é falha, egoísta e desumana.
➡️ A Criatura: É o personagem mais humano e mais próximo do Self em busca de integração. Imagine o Arquétipo da Criança Ferida que anseia por amor, reconhecimento e pertencimento. A Criatura aprende, sente, ama a natureza, busca conhecimento e, acima de tudo, sofre a solidão existencial. Sua "monstruosidade" não é inata, mas uma dolorosa resposta ao abandono e à rejeição sistemática do mundo.
💡 A Grande Questão: Onde reside nossa humanidade?
"Frankenstein" nos convida a perguntar:
* É nossa aparência?
* É nossa capacidade intelectual?
* Ou é a nossa capacidade de amar, de reconhecer, de aceitar e de nos conectar com o outro, e com as partes mais difíceis de nós mesmos?
É um convite a refletir sobre as "sombras" que rejeitamos em nós e no outro.
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