13/11/2025
O estado de dívida consigo mesmo é um sentimento recorrente em quem carrega o medo — medo da solidão, do abandono, da insegurança.
Ele surge quando aquilo que sabemos sobre nós já não é suficiente para nos definir, quando o reflexo no espelho não dá conta de representar tudo o que somos.
Nesse momento, o medo de assumir nossa própria grandeza se manifesta, e, diante dele, encolhemos.
Encolhemos quando escolhemos enterrar nossos talentos em vez de cultivá-los; é quase como amputar uma parte viva de nós mesmos, renunciar a algo que possuímos e que é bom.
O lado bom existe, sempre existiu. Porém, expandi-lo exige um movimento de coragem — e esse movimento envolve renúncia.
Não a renúncia do que há de valioso em nós, mas daqueles comportamentos repetidos, desgastados, dos velhos hábitos e vícios do comodismo.
Quando renunciamos ao que realmente precisa ir embora, abrimos espaço para reconhecer a nossa grandeza.