23/01/2018
Berenice Piana - A história de uma Lei.
"Mãe é coisa de Deus. A mais bela das criaturas traz em seu ceio todas as outras. Quando não gere ela adota, acolhe, acalenta, tranquiliza as tormentas ao redor. Sempre pergunta-se se existe um limite para o amor de mãe e nunca encontra-se uma resposta exata.
16/01/2018 em sua visita no alto sertão da Paraíba para encontro que reuniu prefeitos da Associação dos Municípios do Alto Sertão Paraibano ( AMASP), secretários de saúde , mães de filhos autista e a comitiva da REUNIDA - REDE UNIFICADA NACIONAL E INTERNACIONAL EM DEFESA DO AUSTISTAS, com intuito de discutir a possível instalação do Centro Integrado da Pessoa com Autismo, que trata-se de um implantação de do projeto de clínica - escola. para atender os 15 municípios da microrregião, nos moldes existente em Itaboraí, a primeira no Brasil.
Evento que nos deu a oportunidade ímpar para convidá-la palestrar para estudantes de Psicologia e mães de pessoas com autismo, que a mesma aceitou a proposta sem cobrar por nada.
A palestra aconteceu na Faculdade Santa Maria, aberta a toda comunidade, lotou o auditório , e caravanas de outros estados, emocionando público com sua história de luta até os dia atuais. conhecemos uma mulher cujo lema é “nunca, nunca, nunca desistam de seus filhos”. Seu nome é dra Berenice Piana, que é ativista na causa do Autismo e autora da Lei Federal aqui no Brasil, também é diretora de Divisão da Clínica - Escola do Autista em Itaboraí. e sua história de vida fornece o tom humano por trás da frieza numérica da Lei Federal 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista"
Nosso Sentimento foi de esperança. dra Berenice Piana com sua experiência nos renovou. Foi um momento incrível, memorável para quem participou, A luta dela não foi fácil, Uma mulher que transformou sua dor, seu sofrimento, sua Vitória e conquista para mais de 2 milhões de brasileiros.
NASCE OS DIREITOS DE CIDADANIA, DEVER DA FAMÍLIA, DO ESTADO E DA SOCIEDADE: A LEI BRASILEIRA DE PROTEÇÃO AOS AUTISTAS
Sancionada em 2012, a Lei Berenice Piana se tornou o primeiro caso de sucesso no senado como legislação participativa e até hoje constitui-se como objeto de estudo de advogados, juristas e estudantes de Direito. Tudo começou com o olhar materno de Berenice acerca das necessidades pelas quais seu filho, Dayan, e os outros autistas passam diariamente.“Ser mãe de um autista é ser mãe amor, mãe sentimento, mãe doação. Nós matamos vários leões por dia, pois todos os dias temos uma batalha diferente. Nós nunca sabemos quais problemas iremos enfrentar com o próprio filho e com a sociedade em geral, mas isso nos fortalece”.
Em um determinado momento, Berenice se viu tocada por essa lacuna. Até meados dos anos 2000 a legislação não considerava a pessoa autista nem como deficiente nem como pessoa sem deficiência, era como se os autistas “inexistissem” legalmente. Para Berenice essa invisibilidade era inconcebível e algo precisava ser feito para mudar essa realidade. Com o apoio de grupos de pais ela iniciou uma batalha para chamar a atenção dos políticos para a necessidade de uma lei que garantisse os direitos dos autistas.
Logo a batalha converteu-se em uma grande guerra não apenas contra o preconceito e a falta de informações sobre a síndrome, mas principalmente contra a burocracia. Armada de coragem e incentivada por seu pai, Berenice inicialmente tentou enviar e-mails para deputados e senadores com o intuito de sensibilizar os políticos.
Contudo, as primeiras tentativas caíram por terra, fracassadas. Os e-mails enviados com tantas expectativas sequer obtiveram respostas. Todavia, nada disso fez com Berenice esmorecesse, pelo contrário a luta se fortaleceu diante das adversidades. A mãe que ora se convertera em ativista , transformou-se em uma ávida espectadora das emissoras de TV do Congresso.
Nada disso era em vão. Enquanto assistia as votações em plenário, Berenice usava de psicologia. Entre um intervalo e outro na programação, ela procurava traços de humanidade nos parlamentares, seja por um olhar, um sorriso, um gesto, alguém ali seria empático o suficiente para compadecer-se da causa, ela pensava quase que intuitivamente.
O palpite estava certo. Dessa vez, um novo e-mail carregado de esperança uniu os destinos de Berenice Piana e do Senador Paulo Paim (PT/RS). Paulo, que por trás do cargo também é gente, não só respondeu o e-mail como concordou com a necessidade de criação da lei. Para tanto, o senador sugeriu que o projeto fosse uma iniciativa popular por meio da legislação participativa.
Como resultado, milhares de amigos dos autistas lotaram o plenário durante as votações da proposta. A maioria vestia peças de roupas na cor azul, símbolo da luta pela conscientização do autismo. Após a sanção da presidente Dilma Rousseff, em 27 de dezembro de 2012, muita gente pôde comemorar, soltando o grito preso na garganta há tempos.
“Não errem por negligência. Não se desiste de um filho jamais, ninguém pode desistir de seu filho, quando eu não desisto do meu eu não desisto do seu e de tantos outros por ai. Deixemos o eu de lado e coloquemos o nós na nossa vida, porque sempre que olhamos para o coletivo estamos plantando o nosso futuro a longo prazo. Não abandonem a luta, vale a pena, vale muito, e
Se você não faz nada para mudar a situação, não tem o direito de reclamar dela"
-BERENICE PIANA-