RAS Clínica de Psicologia

29/08/2022

Olhar para fora é uma viagem. Olhar para dentro é voltar a viver.

09/11/2021

O que podemos chamar hoje de alienação parental e como podemos identif**ar?

A Alienação parental é quando um dos pais por se sentir traído, enganado, trocado, dá inicio a uma sabotagem na relação de amor entre pai e filho.
Faz com que o filho comece a sentir as mesmas repugnâncias que sente a mãe ou o pai, destruindo o amor do filho pelo genitor.
Outra tática é quando o genitor é acusado de abuso. Nesses casos, o juiz proibirá qualquer tipo de aproximação com o filho, até que seja averiguada a veracidade da acusação. Enquanto isso, o genitor alienado ganha tempo para deixar o pai afastado do filho. Durante o processo f**a difícil para o juiz chegar a um consenso, porque o filho está tão doente quanto o seu genitor, e por isso f**a difícil saber se o fato é realmente verdadeiro ou não.
Em dado momento, f**a muito difícil para a pessoa alienada conseguir se dar conta do que é verdade do que não é.
O genitor, pai ou mãe, alienado faz tudo o que puder para que seu filho se volte contra o genitor, pai ou mãe, sem pensar no grande mal que está causando ao filho. Nesse momento, ele está tão doente quanto o seu genitor, mas amanhã, quando estiver adulto, sofrerá perdas irreparáveis, não terá os ensinamentos, o carinho, o passear juntos, e, não terá como voltar atrás. Sentir-se-á culpado por aliar-se ao genitor doente e cometer tantas injustiças. Esse processo trará diversos problemas psicológicos, entre eles, desvio de condutas.
Já entrou em vigor a regulamentação da chamada Lei da Síndrome da Alienação Parental. A mesma deixa claro que pais ou mães, que colocarem seus filhos contra seus ex-parceiros, poderão receber multas, advertências e também perder a guarda dos filhos. Estão incluídos também os avós ou tios, ou qualquer pessoa que tenha a guarda dos menores.
Algumas formas de Alienação Parental:
a- Presença do ato de desqualif**ar a conduta do ex-marido ou da ex-mulher;
b- Ação praticada com intenção de dificultar o contato com pai ou com a mãe;
c- Alteração das regras da investigação da paternidade. Faltando apenas a sansão presidencial;
d- Quem se recusar a fazer o teste de DNA será considerado pai.
Esse Projeto de Lei foi aprovado para garantir a punição dos pais que não zelarem pela proteção, segurança e melhoria de vida das crianças e adolescentes, direitos já previstos no (ECA). Estatuto da Criança e do Adolescente.

Raquel Aparecida Silva.
Revisão gramatical e ortográf**a
Suely Aparecida dos Santos Silva

09/11/2021

Seu filho está falando em trabalho? Em sair de casa?

O filho começou a trabalhar? Não precisa mais de você para pagar suas contas? Ele está se tornado independente? Está falando em sair de casa? É isso mesmo! O seu filho deixou de ser criança. Ele se tornou um adulto.

Em qualquer momento da vida, o filho adulto vai lembrar-se dos pais, dos seus ensinamentos, e, nas horas difíceis, vai lembrar e vai colocar em prática tudo que internalizou desses ensinamentos.

Vai juntar os ensinamentos dos pais com os quais ele aprendeu com, os que descobriu com as próprias experiências, e vai viver a sua própria vida.

A necessidade da elaboração psíquica

Em qualquer uma dessas fases, tanto para os pais quanto para os filhos, faz-se necessária a elaboração dos lutos, ou seja, é preciso elaborar as perdas.

Quando o bebê nasce, é preciso elaborar a perda da barriga que não existe mais. O bebê já quer mamar sozinho, não quer mais ajuda. Na infância, acha que já é gente grande, quer se vestir sozinho, tomar banho sozinho, acha que já não precisa mais da ajuda dos pais. Acha que os pais dos amigos são sempre melhores que os seus. Na adolescência, o filho começa a namorar, tem vergonha de que os pais o levem à escola, tem vergonha de abraçar os pais na frente dos amigos, já não quer mais seguir nada do que os pais lhe ensinaram, e, quando adultos, internalizam os pais, colocam-nos dentro dele e segue seu curso.
Para os pais é importante que seja feita essa elaboração para que a seus filhos seja permitido o crescimento, o desenvolvimento e sejam preparados para seguir o curso natural da vida. Para os filhos deve ocorrer o mesmo, terão que passar pelos lutos e perdas que ocorrerão ao longo da vida. Essa fase lhes permitirá a mudança, o crescimento, à maturidade necessária para aprender sempre.

A elaboração dos lutos não pode ser considerada como uma situação de tranquilidade. Nessa fase perdemos o que não vamos recuperar nunca mais, por isso é uma fase de sofrimento, dor e angústia. Tem-se a impressão de que se vai morrer, não vai aguentar tanto sofrimento.

Às vezes, os pais querem passar pelo sofrimento no lugar dos filhos, tentando protegê-los dos perigos da vida, sem saber o mal que estarão lhes causando, pois estarão impedindo que eles passem pela angústia, pelo sofrimento que são responsáveis pelo desenvolvimento, pelo crescimento psíquico necessário para dar parâmetros de enfrentamento das realidades da vida.
Os pais têm muitas dificuldades em aceitar que precisam preparar os filhos para a vida porque não estarão aqui para sempre.

Não tem como uma pessoa passar por outra essa fase porque somente passando por ela consegue-se elaborá-la.

A elaboração do luto é atemporal, ou seja, cada um vai elaborar no seu próprio tempo, não num tempo real, mas no tempo mental, psíquico de cada um.

Raquel Aparecida Silva.

09/11/2021

Seu filho está rebelde? Se sentido onipotente?

Se o filho está desobediente, rebelde, se sentindo onipotente, é porque ele está entrando na fase tão temida pelos pais que é fase da adolescência.

Esta é uma fase pela qual o adolescente tem que passar, mesmo contra a sua vontade. É uma etapa de evolução, de maturação, de crescimento. Nessa fase, o adolescente é engolido por transformações com as quais não consegue lidar. Transformações físicas, biológicas, orgânicas e psíquicas.

De repente, ele começa a crescer demais e seus sentidos sensoriais não acompanham esse crescimento, acarretando ao adolescente a falta de espaço temporal, daí as piadinhas: Cuidado! Não está vendo este móvel? Parece que está tonto. É lerdo mesmo! Presta atenção! Parece que está dormindo! Já outros não crescem, e começam a se sentir diferentes em relação aos outros adolescentes.

Os meninos começam a engrossar a voz, mas para chegar a esse ponto, passam pelo ajustamento das cordas vocais. Uma hora afina, outra engrossa. Durante uma conversa, isso se alterna muitas vezes, provocando muito constrangimento e vergonha aos adolescentes. Começam nascer espinhas nos jovens e nas jovens. A menstruação chega para as meninas. Os seios crescem. Começam a crescer pelos pubianos e os hormônios explodem.

Nessa fase é tudo muito intenso: o amor, os sentimentos, a vontade e a certeza de que podem mudar o mundo, a vontade de viver. Eles têm muita coisa pela frente para viver, mas querem viver tudo agora.

Essa é uma fase difícil para os pais, porque nessa fase os filhos não querem mais obedecê-los. Eles começam a fazer tudo ao contrário do que os pais lhe ensinaram, mas isso é porque eles precisam construir a própria identidade.

Os adolescentes, nessa fase, acham que podem mudar o mundo, sentem-se onipotentes. Fazem coisas sem pensar, arriscam suas vidas, sempre achando que nada de mal lhes acontecerá. Para os pais, essa fase é muito dolorosa, porque é o momento em que os filhos começam a se afastar do convívio familiar.

Os pais costumam dizer a eles que não têm idade para fazer certas coisas porque ainda são crianças, e, ao mesmo tempo, dizem que já não são mais crianças e podem fazer sozinhos outras coisas.

Nesse momento os filhos estão querendo crescer, fazer as coisas que acham ser corretas. Do jeito deles, não do jeito que os pais os ensinaram. Querem descobrir maneiras diferentes. Não querem mais ser "o filhinho do papai", mas sim fazer as coisas por eles mesmos, tomar suas próprias decisões.

Os filhos querem ter autonomia, ser responsável pelas suas coisas, mas ao mesmo tempo, têm muito medo de deixar, o lugar de proteção e de segurança que tem no lugar de filhos. É uma fase de muito conflito deles para com os pais, e deles para com eles mesmos.

Devemos entender a dificuldade que é para os pais passar por essa fase dos filhos, mas precisamos entender também como é difícil para os filhos passar pela mesma fase.

Esse é um momento de grande sofrimento para os dois lados.

Nesse momento, tanto os pais quanto os filhos deveriam buscar ajuda profissional, aprendendo maneiras de lidar melhor com as situações que forem surgindo.

Raquel Aparecida Silva

31/05/2021