29/08/2017
Dados alarmantes sobre o consumo do cigarro e obesidade!!!
Fumo e obesidade podem reduzir a expectativa de vida em mais de 13 anos
Hoje é Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto. Estudos realizados nas últimas décadas apontam para o risco de obesidade associada ao fumo. Pesquisadores analisaram dados de 3.500 voluntários em Framingham, Massachusetts, EUA, entre 1948 e 1990, e descobriram que pessoas com obesidade, aos 40 anos, podem ter a expectativa de vida reduzida em até 6,7 em homens, em comparação com homens com peso normal e não fumantes. Entre mulheres, a combinação é mais dramática, responsável por uma redução de até 13,3 anos, em comparação a mulheres magras e não fumantes. O estudo foi publicado na revista Anais de Medicina Interna. No início dos anos 2000, um estudo holandês apontou para uma redução média de sete anos, considerando homens e mulheres. E o mais alarmante é que mesmo que a pessoa perca peso mais tarde, o risco de morrer mais cedo continua em comparação a uma pessoa que sempre esteve dentro da faixa de IMC normal. Já mulheres obesas não fumantes perdem em média 7,1 anos e homens morrem 5,8 anos mais cedo.
A audição também pode ser afetada pela dupla fumo e obesidade, com danos permanentes, segundo estudo realizado pela Universidade da Antuérpia, na Bélgica, que teve financiamento parcial do Royal National Institute for the Deaf (RNID). Segundo o estudo, tanto o fumo como a obesidade podem ameaçar o fluxo de sangue ao ouvido, e a seriedade dos danos está diretamente associada ao nível de obesidade e à duração do hábito de fumar. A pesquisa considerou 4.083 mil homens e mulheres com idades entre 53 e 67 em sete países europeus. Todos os participantes passaram por um teste de audição e responderam perguntas sobre seu estilo de vida e trabalho. O estudo foi publicado no Journal of the Association for Research into Otolaryngology.
Fumo emagrece ou engorda?
Ao contrário do que se imagina, o fumo pode levar ao ganho de peso porque o cigarro dificulta a percepção do sabor de alimentos doces e gordurosos, comprometendo a sensação de saciedade em relação a esse tipo de alimentos.
Segundo o artigo foi publicado em 2008 na revista Obesity, as mulheres que fumam anseiam mais por alimentos gordurosos do que as que não fumam. E existiria, inclusive, uma relação entre o consumo do cigarro e o desejo por alimentos ricos em carboidrato e gordura. As mulheres ainda são influenciadas a continuar fumando pelo risco de ganhar peso ao pararem. Os autores do estudo alertam que os fumantes não ganham menos peso corporal ao longo dos anos em comparação a pessoas que na fumam. E existem vários estudos que mostram que o fumo está relacionado ao aumento de obesidade central - melhor preditor de morbidade e mortalidade do que o IMC. Participaram do estudo 47 mulheres, que foram divididas em quatro grupos: 14 obesas fumantes, 11 obesas que nunca fumaram, 10 fumantes com peso normal e 12 mulheres com peso normal e não fumantes.
Outros estudos mostram que, normalmente, o fumo está associado a outros hábitos pouco saudáveis, incluindo a alimentação. Em regra, os fumadores seriam menos conscientes da sua saúde, sendo mais mais vulneráveis ao ganho de peso.