31/08/2020
Como saber a medida do cuidado? As figuras de referência da criança, normalmente os pais, são responsáveis por avaliar os fatores riscos e criarem fatores de proteção à criança. Porém quando exageram nos fatores de proteção levando em consideração não os riscos reais aos quais a criança está exposta, mas fantasias de riscos que só existem em sua imaginação, essa proteção excessiva se torna um risco para a criança e começa a impedir o seu desenvolvimento normal. Esse adulto, figura de referência, começa muitas vezes, sem se dar conta, a restringir a criança não apenas dos estímulos e vivências desagradáveis, mas também dos agradáveis, colocando a criança em uma bolha. Essa superproteção impede a criança de aprender a lidar com emoções desagradáveis que fazem parte da vida, a impedindo de desenvolver esse recurso emocional. A proteção excessiva sinalizada consciente ou inconscientemente a falta de confiança na capacidade do filho em lidar com as adversidades da vida ou mesmo o desejo de mantê-lo dependente. O impacto disso no futuro da criança pode ser uma pessoa apaticas, pouco pro ativa, "cheias de si" esperando que as coisas venham a ela, baixa tolerância a frustração, desregulação emocional e comportamentos auto-lesivos. Educar um filho não é fácil e ninguém nasce sabendo, aprendemos errando, mas olhar para os próprios comportamentos, refletir, cuidar da saúde mental e se informar pode ajudar nesse processo. Quando educamos um filho ter saude mental faz toda diferença😉.
Karina Kasai Lopes
Psicóloga
CRP 06/86151
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