20/11/2025
Maconha e Esquizofrenia: o que a ciência da The Lancet nos mostra
Nos últimos anos, o uso de maconha aumentou em diversos contextos, seja recreativo, medicinal ou como parte da cultura jovem. No entanto, pesquisas publicadas em periódicos de alto impacto, como The Lancet, vêm reforçando um ponto importante: o uso de cannabis, especialmente em doses altas ou produtos de alta potência (ricos em THC), está associado a um maior risco de desenvolver esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.
Os estudos apontam que:
🔹 Quanto maior a potência do THC, maior o risco. Usuários frequentes de cannabis de alta concentração apresentam probabilidade signif**ativamente maior de desenvolver sintomas psicóticos.
🔹 Início precoce aumenta vulnerabilidade. Quando o consumo começa na adolescência — fase em que o cérebro ainda está em maturação.
🔹 Não é “Causa Única”, mas é um fator relevante. A esquizofrenia é multifatorial: genética, ambiente, traumas e neurodesenvolvimento contam muito. O uso de cannabis Não “cria” esquizofrenia sozinho, mas pode funcionar como um gatilho em pessoas vulneráveis.
🔹 Há relação dose–resposta. Pesquisas da The Lancet Psychiatry mostram que a frequência e intensidade do consumo estão diretamente ligadas ao aumento de risco — ou seja, quanto mais uso, maior a probabilidade.
Por que esse tema é importante?
Porque ainda circula a ideia de que a maconha é uma substância totalmente “leve” ou “inofensiva”. Embora tenha aplicações medicinais válidas, os dados mostram que não é uma substância sem riscos, especialmente para jovens, pessoas com histórico familiar de transtornos psicóticos e indivíduos que utilizam produtos com altas concentrações de THC.
E o que podemos levar para a prática?
✔ Incentivar informação baseada em evidências, sem moralismo.
✔ Orientar especialmente adolescentes e jovens adultos sobre riscos reais. Você já pensou sobre esse assunto?