Dr. Helder Carlos de Miranda

Dr. Helder Carlos de Miranda Clínica de psicopedagogia

18/10/2020

Olá amigos!

O TOD (transtorno opositor desafiador) é um transtorno comportamental conhecido há pouco tempo. Quem não conhece uma criança de dificil comportamento, desobediente, explosiva e que se nega a responder o comando das autoridades? Geralmente o diagnostico é feito antes dos 8 anos de idade e não precisa de exame de imagem para fechar o quadro. Essas crianças são conhecidas por características constantes de desobediência, insubordinação, são inquietas, desatentas com baixo rendimento escolar, explosivas e, muitas vezes, agressivas com os outros e com si mesmas. Elas dão empurrões, murros nas paredes, mordidas, destroem objetos e suas próprias roupas, brinquedos, etc.
Como lidar com uma criança diagnosticada com TOD? Primeiramente estudar sobre o assunto, e até mesmo antes de receber a guarda provisória, procurar um psiquiatra, neurologista ou psicólogo para se esclarecer e se preparar. O tratamento multidisciplinar será imprescindível para uma boa convivência, pois a resposta terapêutica não é previsível e dependerá de cada criança. Muitas delas evoluirão de forma positiva e outras necessitarão de tratamentos psicológicos e medicamentosos por periodo indeterminado. É bom lembrar que muitas crianças chegam com um diagnóstico de TOD e podem no decorrer da convivência serem diagnosticadas com autismo, asperger, TDAH, distúrbio bipolar e, na adolescência, o transtorno de conduta. Então é preciso abraçar o filho como bem maior e acreditar que, por mais difícil que seja, ele precisa e tem direito a conviver em familia, por isso é importante saber de todos os desafios antes de encher a criança de expectativas e dizer sim a ela.
Como lidar com crianças com TOD? Além de tratamentos específicos é necessario uma escola preparada com apoio diferenciado, longe de bullying. Os pais precisam dar ordens de forma firme em que não caiba a contestação da criança, elogie as coisas boas e as pequenas evoluções, não se prendam as atitudes negativas das crianças, façam atividades em família. Entre no mundinho de seu filho para que possam se aproximar, muito carinho e paciência, não deixe de participar diretamente da sua educação e não delegue a terceiros como babás e avós.
E, por fim, acreditem que vocês são capazes e que Deus não dá filhos trocados.
Bjs a todos.

Dra. Lara T. Neiva

Amigos de São José, já decidiram seu voto? Eu vou de Zé Vieira, um homem honesto, com experiência e que já fez muito por...
27/09/2020

Amigos de São José, já decidiram seu voto?
Eu vou de Zé Vieira, um homem honesto, com experiência e que já fez muito por nossa cidade.
🤗🤩

28/02/2020

Autismo e distúrbios da linguagem

O atraso na fala é provavelmente o sinal de alerta mais conhecido para autismo e uma das motivações mais frequentes na busca de avaliação para as crianças mais novas. Mas nem todo atraso de fala é autismo e nem todo autista tem atraso na fala, certo?

Na verdade, há uma sobreposição considerável entre as alterações da linguagem e o TEA. Um conhecimento mais aprofundado dos vários aspectos da comunicação humana é fundamental para a avaliação adequada de pessoas com dificuldades nessa área e para distinguir condições clínicas que podem se confundir. O encaminhamento da criança para terapias que vão beneficiá-la de verdade depende em grande parte da precisão dessa avaliação.

A fala pode ser entendida como um componente da linguagem, que, por sua vez, pode ser entendida como um componente da comunicação. Um problema em um desses níveis não necessariamente significa um problema no outro, embora estejam intrinsecamente relacionados. Vamos tentar entender melhor com alguns exemplos.

💬 Larissa tem 8 anos e apresenta dificuldades em se fazer entender. A produção dos sons da sua fala é muito comprometida. Apesar disso, ela tem boas habilidades de linguagem: entende tudo que dizem a ela e inclusive se expressa muito bem na escrita, com sentenças longas e complexas, além de ser capaz de usar gestos e expressões faciais para comunicar o que sente.

A produção da fala pode ser afetada por problemas estruturais ou motores que atingem os órgãos que produzem o som (disartria). Geralmente, casos assim também são acompanhados por outros prejuízos físicos ou neurológicos (ex.: paralisia cerebral). O desenvolvimento da fala também é afetado quando a percepção do som está alterada (desordem fonológica), como ocorre na surdez. Em outros casos, a criança consegue pronunciar bem sílabas isoladas ou palavras curtas, mas não palavras mais longas ou sentenças. É o que chamamos apraxia de fala, que é uma situação que envolve tanto dificuldades no planejamento motor (controle neuromuscular) quanto fonológicas. Toda criança com problemas na fala precisa passar por exames de acuidade auditiva e investigação do seu histórico em relação a dificuldades de sucção, mastigação ou babar.
A disfluência (gagueira) e as alterações de prosódia (ritmo da fala, tom de voz, inflexões da voz para dar ênfase a algumas palavras ou mudar a conotação da frase) também são consideradas alterações da fala. Até 47% dos indivíduos oralizados no TEA apresentam alterações na prosódia.

💬 Matheus, 6 anos, não tem nenhuma dificuldade em pronunciar palavras com clareza. Entretanto, suas habilidades de linguagem são limitadas: a construção de frases é imatura e simplificada, com vocabulário pobre e pouco domínio gramatical. Ao invés de “Mãe, estou com sede. Me dá um copo de água?” pode elaborar apenas “Quer água”. Mesmo assim, embora com sentenças curtas e restritas, o objetivo de transmitir a mensagem desejada é alcançado com sucesso.

De forma simplificada, o termo comunicação refere-se à troca de mensagens entre duas ou mais pessoas. A linguagem pode ser descrita como um código por meio do qual a mensagem é transmitida. A linguagem oral é a mais utilizada na comunicação humana. A construção plena da linguagem oral envolve o domínio de quatro níveis: o fonológico (a distinção dos sons de letras e sílabas que vão compor as palavras), o semântico (atribuição de significado às palavras), o sintático (a ordenação das palavras formando uma sentença coerente) e o pragmático (o uso da linguagem com propósito comunicativo, dentro de um contexto social). A linguagem expressiva de um indivíduo (habilidade de utilizar-se do código para elaborar e emitir sua mensagem) é geralmente mais fácil de ser avaliada que a receptiva (habilidade de “decifrar” a mensagem recebida), porém déficits na linguagem receptiva podem causar problemas de aprendizagem, interação social e comportamento e também merecem toda atenção.

Identificamos um transtorno da linguagem quando a criança apresenta desenvolvimento normal das demais áreas, exceto da linguagem. É essencial diferenciar dos casos em que há déficit auditivo. Outro diagnóstico diferencial é a Síndrome de Landau-Klefner, uma condição em que a criança desenvolve a linguagem normalmente durante os primeiros anos e depois ocorre uma deterioração dessas habilidades principalmente da compreensão da fala.

💬 Pedro, 5 anos, é capaz de produzir frases complexas, fluentes e bem articuladas, porém sem alcançar uma comunicação eficaz para interagir socialmente. Na hora da roda na escola infantil, enquanto seus colegas, a pedido da professora, relatam o que fizeram durante o final de semana, interrompe-os a todo momento, contando tudo que sabe sobre planetas e espaço sideral.

Num sentido amplo, a comunicação envolve muito mais que o domínio da fala e da linguagem. O conteúdo daquilo que se diz tem que estar dentro de um contexto de troca entre duas ou mais pessoas, tem que ser funcional. Basta imaginar uma situação mais extrema, como um delírio psicótico, para entender o que chamamos de funcional: a pessoa pode dizer frases completas e inteligíveis, mas sem coerência ou significado para os outros. Em situações mais sutis, pode ser difícil para alguns profissionais reconhecer a falta de coerência ou funcionalidade de um discurso. A criança fala tão bem, como pode ter um problema de comunicação? É preciso preparo e experiência clínica para perceber essa dificuldade, que afeta grande parte dos autistas.

Muitas vezes, na prática clínica, faz-se necessário diferenciar um caso de autismo de um distúrbio de linguagem. Embora as duas condições possam compartilhar muitas das dificuldades descritas, algumas alterações são típicas do TEA, tais como ecolalia, inversão de pronomes, baixa atenção compartilhada e falhas na reciprocidade. Além disso, no TEA observamos maior prejuízo na interação social e na comunicação não verbal. Devemos também estar sempre atentos a dificuldades que não fazem parte da área da comunicação, como interesses restritos e comportamentos repetitivos/ ritualísticos.




Texto originalmente escrito para o Lagarta Vira Pupa

14/02/2020

O que conhecemos como maturidade possui diversos aspectos. Há a maturidade emocional, a física, a moral, a social e a intelectual. Todas são importantes na vida das crianças para que se tornem pessoas independentes e responsáveis, com suas próprias opiniões e prontas para ajudar os outros. E ...

É preciso respeitar o tempo e o ser criança
13/02/2020

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Criança usando esmalte, maquiagem, participando de concurso de beleza não é bonito e faz muito mal ao crescimento delas.

12/02/2020
12/02/2020

Estudos recentes afirmam que o fornecimento de brinquedos demais para as crianças pode afetar negativamente o desenvolvimento e a felicidade dos pequenos em casa. Clair Lerner, pesquisadora em desenvolvimento infantil, disse que quando os pais banham seus filhos em brinquedos e jogos, eles começam...

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10/02/2020

Os transtornos de aprendizagem, ou distúrbios de aprendizagem,“envolvem uma incapacidade de adquirir, reter ou usar habilidades ou informações gerais, o que resulta de dificuldades com a atenção, com a memória ou com o raciocínio e afeta o desempenho acadêmico.”

Quanto mais estímulos seu filho tiver, mais rápido e melhor ele irá se desenvolver. Para atendimento psicopedagógico na ...
10/02/2020

Quanto mais estímulos seu filho tiver, mais rápido e melhor ele irá se desenvolver.
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Estamos realizando atendimentos psicopedagógicos em Cruzeiro do Sul na Clínica Top Saúde. Agendem uma consulta.
08/02/2020

Estamos realizando atendimentos psicopedagógicos em Cruzeiro do Sul na Clínica Top Saúde. Agendem uma consulta.

07/02/2020

Vira e mexe, estou às voltas com pais preocupados em não deixar que o filho neurodiverso use sua condição como “muleta”. Eles falam do receio de que o diagnóstico vire desculpa para se acomodar numa situação de dependência ou para justificar comportamentos manipuladores. Alguns escondem ou adiam excessivamente o momento de compartilhar informações sobre o diagnóstico com base nesse argumento, mesmo quando a idade, a maturidade e a capacidade de compreensão da pessoa já permitem essa conversa.

Sem dúvida, essa preocupação aparece muito mais nos casos de deficiências “invisíveis” (TDAH, autismo “leve”, dislexia, discalculia, etc.) e justamente naqueles momentos em que as expectativas de desempenho frente a situações banais do cotidiano são frustradas. O senso comum grita: “Como pode uma pessoa ser capaz de fazer X, mas não consegue fazer Y?”.

Acho importante discutir alguns conceitos (e preconceitos) por trás dessa questão.

Existem dificuldades e limitações reais enfrentadas pelas pessoas neuroatípicas, de ordem sensorial, motora, cognitiva, comunicativa, embora sejam imperceptíveis para os outros - como já falamos em vários outros textos. Essas dificuldades afetam, em graus muito variáveis, as interações sociais, a realização de atividades, a capacidade de se adaptar a ambientes e situações variadas. Não reconhecê-las não vai fazer com que desapareçam.

Muitas vezes, quando a pessoa atípica verbaliza que não consegue fazer o que é pedido ou esperado dela em determinada circunstância, ou não consegue se controlar ou não consegue entender algum contexto, ela não está “se fazendo de coitada”. Ela está comunicando sua dificuldade. Frases do tipo “é claro que você consegue” - quando não acompanhadas de direcionamento, suporte ou acomodação correspondente - são vazias e frustrantes.

Pior ainda quando são usadas aquelas histórias de superação que vemos na mídia como argumento de que “basta ter vontade”, como se fosse uma simples questão de se esforçar mais. Comparar pessoas diferentes, com particularidades orgânicas e trajetórias de vida diferentes, é tremendamente injusto e cruel.

Vamos deixar bem clara a intenção deste texto: não, não se trata de “amolecer”, permitir que a lamentação tome o lugar da ação. Estamos falando de validar a expressão da dificuldade, a maneira que a pessoa percebe sua limitação. É um momento para empatia e consolidação de vínculo. É dar a mão e oferecer apoio para buscar soluções.

Informar-se a respeito das nuances de qualquer condição é um passo importante para que o indivíduo e todos que o cercam compreendam melhor as dificuldades existentes e participem ativamente do processo terapêutico.

Histórias de superação podem acontecer a todo momento. A começar de nós mesmos.

A felicidade é uma das melhores aliadas ao aprendizado de criança...Uma criança feliz aprende mais.Papai e mamães, estim...
07/02/2020

A felicidade é uma das melhores aliadas ao aprendizado de criança...
Uma criança feliz aprende mais.
Papai e mamães, estimulem a felicidade de seus filhos 😉🤗👨🏼‍🏫📝🖌️

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Telefone

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Categoria

Psicopedagogo Helder Carlos de Miranda

Focado no tratamento de desenvolvimento de aprendizagem.