Psicóloga ALINE Scheibel

Psicóloga ALINE Scheibel PSICOLOGIA CLINICA. Psicoterapia individual para adolescentes, adultos e idosos. Trabalho como psic

Que 2021 seja um ano próspero!Com muita saúde e paz.
22/12/2020

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Com muita saúde e paz.

29/11/2020

A Invenção do Individualismo

Até a Idade Média, a sociedade era dividida em castas. As pessoas tinham suas vidas determinadas quando nasciam através da classe socioeconômica, da família, dos papéis sociais. O grupo social em que o indivíduo estava inserido determinava a sua identidade, de modo geral, uma identidade estável e imutável. O indivíduo era um ser que adquiria sentido como parte de uma coletividade. Ou seja, se meu pai trabalha como padeiro, logo deverei seguir esse ofício herdado por minha família. Valorizava-se a tradição herdada: o presente legitimava-se pelo passado, pela manutenção dos padrões tradicionais. A individualidade surgiu como fruto da dissolução dessa tradição.

O processo de individualização – a experiência de uma interioridade – foi incitado por várias transformações ocorridas a partir do século XVI, no Renascimento, entre elas: as navegações e a troca de saberes entre as culturas; o mercantilismo e o surgimento da competitividade, estimulado pelo comércio; a igreja e o processo de interiorização, em que o indivíduo torna-se único culpado por seus pecados; a ciência que colocou o homem no centro do universo.

No entanto, essas mudanças provocaram também uma crise subjetiva nas pessoas: as perdas de referência. O que antes era fornecido pelo coletivo, agora deveria ser buscado no indivíduo, deveria ser fruto de escolhas e não imposições da tradição. O processo de individualização intensifica-se na Modernidade no século XVII. A passagem do feudalismo para o capitalismo, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial são alguns dos acontecimentos que permitem a consolidação dessas mudanças iniciadas no período renascentista, ou seja, o surgimento das individualidades.

Na Revolução Francesa, desenvolveram-se dois movimentos de grande importância. O Liberalismo, no século XVIII, com os seus ideais de liberdade, de igualdade e de fraternidade – somos todos iguais por direito, porém com interesses individuais – e o Romantismo, no século XIX, que reconheceu a diferença entre os indivíduos – somos diferentes, porém unidos por um ideal. O indivíduo torna-se independente e livre. Portanto, ele não precisa obrigatoriamente seguir os valores do grupo social a que pertence. Desta forma, a orientação para se viver não é buscada somente no plano coletivo, mas também na interioridade de cada um. O individualismo é produto de uma sociedade ocidental moderna, ou seja, uma invenção. A forma como percebemos e experienciamos a nossa existência no momento atual é fruto de diversos processos histórico-sociais ocorridos ao longo dos últimos séculos. Enfim, a nossa subjetividade se constitui não apenas no espaço privado de nossas famílias, mas no espaço público da história da sociedade.

Atualmente, o individualismo tem sido valorizado em nossa sociedade, porém também não garante a possibilidade de realizar escolhas de forma livre. Os processos histórico-sociais citados nesse texto de um certo modo continuam vigentes no cenário atual, não do mesmo modo que nos séculos passados, mas também não foram totalmente superados. As tradições ainda se encontram entre nós, colonizando corpos e vidas.

Referência: FIGUEIREDO, Luís Cláudio Mendonça. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação, 1500-1900.

Permita-se cuidar de sua mente.Atendimento para adolescentes, adultos e idosos.
18/11/2020

Permita-se cuidar de sua mente.

Atendimento para adolescentes, adultos e idosos.

28/10/2020

A Capacidade de Pensar

Pode-se dizer que a psicoterapia tem como uma de suas funções contribuir para que os pacientes possam desenvolver sua capacidade de pensar. Como abordado no artigo*, o desenvolvimento da capacidade de pensar amplia a capacidade dos pacientes pensarem sobre os seus sentimentos e suas observações em relação ao mundo, ampliando, assim, do mesmo modo a capacidade de resolução de seus problemas. Ou seja, pensar é a capacidade de resolver problemas. E o que isso significa? A aquisição de mais autonomia por parte dos pacientes.

O desenvolvimento da capacidade de pensar amplia também a possibilidade do paciente fazer escolhas mais conectadas ao seu interesse. Desse modo, a análise não tem como meta dar respostas ao paciente, mas sim desenvolver a capacidade do sujeito ter condições emocionais de encontrar as suas respostas. O pensar não é uma função meramente cognitiva, mas a possibilidade do sujeito desenvolver a sua individualidade, de se tornar cada vez mais o autor de sua vida.

*Fragmento do artigo apresentado como Trabalho de Conclusão da Pós-Graduação.

28/10/2020

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São Leopoldo, RS

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