03/12/2025
Se o sono desregulado altera fome, saciedade e impulsividade alimentar, melhorar a qualidade do descanso é uma forma direta de fortalecer o teu comportamento alimentar.
Não é uma promessa milagrosa.
É fisiologia.
No consultório, vejo diariamente como pequenos ajustes de rotina mudam a forma como a pessoa responde à comida. Quanto mais estável o sistema nervoso, mais claro fica o sinal interno de “o que eu realmente preciso comer agora”.
Alguns pontos funcionam de maneira consistente.
Reduzir luz intensa uma hora antes de dormir ajuda a regular melatonina. Evitar telas na cama diminui a hiperestimulação do córtex, facilitando a desaceleração. Manter horários parecidos para dormir e acordar reduz o estresse fisiológico que bagunça grelina e leptina. E incluir um período breve de desaceleração, mesmo que sejam dez minutos de quietude, ajuda o corpo a reconhecer que pode entrar em modo de repouso.
Outro aspecto importante é a alimentação do próprio fim do dia. Comer tarde demais pode piorar o sono, ao mesmo tempo em que dormir com fome intensa também estimula despertares. O equilíbrio aqui é sutil e, muitas vezes, individual. Não é sobre encontrar regras, mas sobre entender o funcionamento do teu corpo para que tu possas sustentar escolhas consistentes.
Uma noite bem dormida não resolve todos os desafios alimentares, mas reduz significativamente impulsividade, vontade de compensar com comida e aquela sensação de que tudo desanda no primeiro estresse.
Se tu queres entender melhor a neurobiologia do teu comportamento alimentar e ajustar isso na prática, me chama para saber mais sobre meus atendimentos.